Marcos Marinho, presidente da CA/CBF - Crédito: CBF
Quem apitou futebol e acompanha o dia a dia da arbitragem, tem
na ponta da língua, a resposta para a queda da produção qualitativa, que,
assola a confraria do apito brasileiro há mais de dois anos.
Os vinte e
seis anos de Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero,
acusados de diferentes delitos quando estiveram à frente do comando da CBF,
frequentando as páginas policiais, em âmbito nacional e internacional, enfraqueceram
paulatinamente todos os setores do nosso futebol, sobretudo, a arbitragem.
Lembro que independente dos atos da trempe nominada- todas as vezes
que, a arbitragem brasileira vivenciou algum tipo de crise, ao invés de a CBF
elaborar um projeto de alto nível de médio e longo prazo, para mudar o conceito
e formato da comissão de arbitragem; da escola nacional de árbitros e sua dinâmica
de funcionamento em âmbito nacional e junto as federações de onde a CBF toma
emprestada os árbitros; na seleção dos árbitros e assistentes do quadro
nacional e na escolha dos analistas e/ou observadores, a CBF anunciou e adotou
medidas imediatistas. Medidas que não tiveram continuidade.
Além do exposto, o continuísmo que vem prevalecendo em todos os
setores da arbitragem na CBF, acoplado a ausência de cursos (com menos teoria e
mais praticidade a todos os apitos e bandeiras da Senaf) – a falta de
intercâmbio com instrutores da UEFA e da FIFA – falo dos europeus, e o
baixíssimo investimento financeiro na base, ou seja, na formação e requalificação
do árbitro que sai das federações, também teem contribuído para o estágio
lastimável, que chegou a arbitragem brasileira.
ad argumentandum tantum (1) – Li nesta sexta (4), no site da
Anaf, que o (STJD) Superior Tribunal de Justiça, está atento as manifestações
dos atletas nas redes sociais, contrárias a algumas arbitragens, que atuaram
nas três primeiras rodadas da Série (A) do Campeonato Brasileiro desta
temporada.
ad argumentandum tantum (2) – Se quiser agir de acordo com o
(CBJD), basta o (STJD) requisitar o teipe das rodadas iniciais do Brasileirão. Onde
constatará uma sequência de erros e omissões de árbitros e assistentes no
cumprimento das regras, e uma avalanche de atos de indisciplina dos atletas em
função dos erros crassos dos homens de preto.
ad argumentandum (3) - A
criação da Federação
Brasileira de Árbitros de
Futebol, é o caminho para a arbitragem romper o casulo de submissão que a
impede de ter vida própria. A manutenção da rota que vem sendo trilhada vai colocar o apito brasileiro, definitivamente no “BICO DO CORVO”.
Perguntar não ofende: Quem fim levou a comissão criada pela Anaf, para resolver a documentação dos estados que estavam irregulares na solicitação da Carta Sindical?
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