sexta-feira, 4 de maio de 2018

“NO BICO DO CORVO”

    Marcos Marinho, presidente da CA/CBF - Crédito: CBF 

Quem apitou futebol e acompanha o dia a dia da arbitragem, tem na ponta da língua, a resposta para a queda da produção qualitativa, que, assola a confraria do apito brasileiro há mais de dois anos.

Os vinte e seis anos de Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, acusados de diferentes delitos quando estiveram à frente do comando da CBF, frequentando as páginas policiais, em âmbito nacional e internacional, enfraqueceram paulatinamente todos os setores do nosso futebol, sobretudo, a arbitragem
  
Lembro que independente dos atos da trempe nominada- todas as vezes que, a arbitragem brasileira vivenciou algum tipo de crise, ao invés de a CBF elaborar um projeto de alto nível de médio e longo prazo, para mudar o conceito e formato da comissão de arbitragem; da escola nacional de árbitros e sua dinâmica de funcionamento em âmbito nacional e junto as federações de onde a CBF toma emprestada os árbitros; na seleção dos árbitros e assistentes do quadro nacional e na escolha dos analistas e/ou observadores, a CBF anunciou e adotou medidas imediatistas. Medidas que não tiveram continuidade.

Além do exposto, o continuísmo que vem prevalecendo em todos os setores da arbitragem na CBF, acoplado a ausência de cursos (com menos teoria e mais praticidade a todos os apitos e bandeiras da Senaf) – a falta de intercâmbio com instrutores da UEFA e da FIFA – falo dos europeus, e o baixíssimo investimento financeiro na base, ou seja, na formação e requalificação do árbitro que sai das federações, também teem contribuído para o estágio lastimável, que chegou a arbitragem brasileira.

ad argumentandum tantum (1) – Li nesta sexta (4), no site da Anaf, que o (STJD) Superior Tribunal de Justiça, está atento as manifestações dos atletas nas redes sociais, contrárias a algumas arbitragens, que atuaram nas três primeiras rodadas da Série (A) do Campeonato Brasileiro desta temporada.

ad argumentandum tantum (2) – Se quiser agir de acordo com o (CBJD), basta o (STJD) requisitar o teipe das rodadas iniciais do Brasileirão. Onde constatará uma sequência de erros e omissões de árbitros e assistentes no cumprimento das regras, e uma avalanche de atos de indisciplina dos atletas em função dos erros crassos dos homens de preto.

ad argumentandum (3) -  A criação da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol, é o caminho para a arbitragem romper o casulo de submissão que a impede de ter vida própria. A manutenção da rota que vem sendo trilhada vai colocar o apito brasileiro, definitivamente no “BICO DO CORVO”.  

Perguntar não ofende: Quem fim levou a comissão criada pela Anaf, para resolver a documentação dos estados que estavam irregulares na solicitação da Carta Sindical?   

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