O
desempenho de Júlio Bascuñan (FIFA/Chile), o árbitro do primeiro
prelio decisivo da Libertadores da América, entre Grêmio/Brasil 1 x
0 Lanus/Argentina, sofreu restrições contundentes dos atletas de
ambas as equipes, dos cartolas e, principalmente, da mídia
esportiva.
Confesso que fiquei um tanto perplexo com a reação dos diferentes segmentos do nosso futebol, porque, as intervenções de Bascuñan na nominada partida, com raríssimas exceções, apresentou conteúdo qualitativo de “pobreza”, similar aos que vivenciamos há várias décadas no futebol brasileiro e, por extensão, na América do Sul. Tem muito “gaiato” que pegou carona e opinando sem entender patavina nenhuma.
Quando
Wilson Luiz Seneme, foi anunciado em [4/2/2016) - como o presidente
do Comitê de Árbitros da (CONMEBOL) - escrevi aqui neste espaço
que, o principal desafio que iria enfrentar na nova função, seria
superar o SUBDESENVOLVIMENTO da arbitragem Sul-americana.
Julio Bascunãn ao centro com a bola - Crédito: CONMEBOL
Subdesenvolvimento
que é não privilégio do árbitro brasileiro - mas, uma
característica com raríssimas exceções, de todos os homens de
preto da América do Sul. Subdesenvolvimento que ficou caracterizado
quando do teste YO-YO, dias antes do Mundial no Brasil, quando um contingente de apitos e bandeiras da CONMEBOL, foi reprovada no aludido teste.
Subdesenvolvimento
que fica evidenciado a cada divulgação dos melhores apitos do
planeta, pela (IFFHS) Federação Internacional de História e
Estatística do Futebol - entidade reconhecida internacionalmente
pela sua idoneidade.
Subdesenvolvimento
que ficou explícito quando os árbitros Enrique Osses (Fifa/Chile) e
Wagner Reway (Fifa/Brasil), entrevistados por este colunista,
expuseram a estrutura que vivenciaram por ocasião do Workshop que
participaram na UEFA, em Nyon, (Suíça).
Subdesenvolvimento
que é explicitado na arbitragm da (CSF), todas as vezes que apitos e
bandeiras do quadro da FIFA da Conmebol, inclusos os da CBF -
submetidos ao “temível” teste físico da entidade internacional,
sob os olhares “imutáveis” de instrutores europeus são
reprovados.
Subdesenvolvimento
que é exposto na ausência de intercâmbio entre árbitros e
dirigentes da arbitragem Sul-americana com a europeia.
Não
se vê por exemplo aqui no Brasil ou na Conmebol, seminários e/ou
painéis, com a presença de personagens da arbitragem mundial, como
Mike Riley da Premier League. Pierluigi Collina (foto), presidente do Comitê
de Árbitros da FIFA, Massimo Busacca, diretor de arbitragem da FIFA.
David
Ellaray, diretor do Centro de Excelência de Formação de Árbitros
(CORE) da UEFA e diretor do Painel Técnico Consultivo do (The IFAB)
ou do professor Werner Helsen, P.h.D. em educação física e
instrutor dos árbitros da FIFA e da UEFA.
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