Da esquerda para a direita José Maria Marin e Marco Polo Del Nero
Ricardo Teixeira comandou a CBF por mais de duas décadas e foi
vice-presidente do Comitê
de Arbitragem da FIFA, por mais de dez anos. Acusado de vários crimes e
investigado pelo (FBI-EUA), em 2012, Teixeira renunciou – saiu pela porta dos
fundos da entidade que comandou durante anos.
Apesar da longevidade nos dois cargos nominados, e da fortíssima
influência que exercia, a arbitragem do futebol detentor de cinco Copas do
Mundo teve avanços medíocres.
Assumiu em seu lugar o comando do futebol brasileiro, José Maria
Marin, que nada de concreto fez em benefício na melhora da qualidade da arbitragem
brasileira. O "ápice" de Marin como dirigente máximo do nosso futebol, aconteceu
em 2015 - no Congresso da FIFA em Zurique, quando o (FBI-EUA), invadiu o hotel
onde se realizava o aludido congresso – e, por determinação da Justiça americana,
prenderam vários cartolas que faziam parte do Comitê Executivo da entidade
internacional, entre eles Marin.
Aliás, Marin foi deportado da Suíça para os EUA - onde está preso
em prisão domiciliar e seu julgamento está marcado para os primeiros dias do
mês de novembro do ano em curso.
Com a prisão de José Marin, foi alçado ao posto de presidente da
CBF, Marco Polo Del Nero, que também é investigado pela Justiça dos EUA.
Sob a regência de Del Nero, esperava-se transformações de impacto
no futebol brasileiro, sobretudo na arbitragem. Ledo engano. Del Nero que era
um dos vices de Teixeira, manteve no comando da arbitragem nacional os mesmos
dirigentes da gestão de Ricardo Teixeira e José Maria Marin. E, por conseguinte, nunca apresentou um projeto com o escopo de qualificar os homens que manejam os apitos e as bandeiras do futebol pentacampeão.
E, para emperrar de vez a situação no setor do apito - Del Nero
trocou a direção da CA/CBF, que era presidida pelo ex-árbitro Sérgio Corrêa,
por Marcos Marinho. Marinho nunca foi árbitro e sequer dirigiu uma partida de futebol
de menino de conjunto habitacional. Além do continuísmo na direção da CBF, o responsável maior
pela Comissão de Árbitros, nunca exerceu a atividade de árbitro de futebol.
Saímos da CBF e chegamos até as federações de futebol. Nessas
entidades, o modus operandi
é similar ao da CBF. Presidentes das federações de futebol e das comissões de arbitragens só deixam seus
postos, quando atingidos por doença grave, por morte ou então por decisão da
Justiça.
Diante do cenário desolador que você acaba de ler, exigir da confraria
do apito brasileiro, tomadas de decisões no campo de jogo próximas da
uniformidade das REGRAS DE FUTEBOL, ou como queiram de melhor qualidade, é utopia. Ou melhor: “SÓ NO DIA DE SÃO NUNCA”!
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