domingo, 22 de outubro de 2017

“SÓ NO DIA DE SÃO NUNCA”

    Da esquerda para a direita José Maria Marin e Marco Polo Del Nero

Ricardo Teixeira comandou a CBF por mais de duas décadas e foi vice-presidente do Comitê de Arbitragem da FIFA, por mais de dez anos. Acusado de vários crimes e investigado pelo (FBI-EUA), em 2012, Teixeira renunciou – saiu pela porta dos fundos da entidade que comandou durante anos.

Apesar da longevidade nos dois cargos nominados, e da fortíssima influência que exercia, a arbitragem do futebol detentor de cinco Copas do Mundo teve avanços medíocres.

Assumiu em seu lugar o comando do futebol brasileiro, José Maria Marin, que nada de concreto fez em benefício na melhora da qualidade da arbitragem brasileira. O "ápice" de Marin como dirigente máximo do nosso futebol, aconteceu em 2015 - no Congresso da FIFA em Zurique, quando o (FBI-EUA), invadiu o hotel onde se realizava o aludido congresso – e, por determinação da Justiça americana, prenderam vários cartolas que faziam parte do Comitê Executivo da entidade internacional, entre eles Marin.

Aliás, Marin foi deportado da Suíça para os EUA - onde está preso em prisão domiciliar e seu julgamento está marcado para os primeiros dias do mês de novembro do ano em curso.

Com a prisão de José Marin, foi alçado ao posto de presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que também é investigado pela Justiça dos EUA.

Sob a regência de Del Nero, esperava-se transformações de impacto no futebol brasileiro, sobretudo na arbitragem. Ledo engano. Del Nero que era um dos vices de Teixeira, manteve no comando da arbitragem nacional os mesmos dirigentes da gestão de Ricardo Teixeira e José Maria Marin. E, por conseguinte, nunca apresentou um projeto com o escopo de qualificar os homens que manejam os apitos e as bandeiras do futebol pentacampeão. 
  
E, para emperrar de vez a situação no setor do apito - Del Nero trocou a direção da CA/CBF, que era presidida pelo ex-árbitro Sérgio Corrêa, por Marcos Marinho. Marinho nunca foi árbitro e sequer dirigiu uma partida de futebol de menino de conjunto habitacional. Além do continuísmo na direção da CBF, o responsável maior pela Comissão de Árbitros, nunca exerceu a atividade de árbitro de futebol.

Saímos da CBF e chegamos até as federações de futebol. Nessas entidades, o modus operandi é similar ao da CBF. Presidentes das federações de futebol e das comissões de arbitragens só deixam seus postos, quando atingidos por doença grave, por morte ou então por decisão da Justiça.

Diante do cenário desolador que você acaba de ler, exigir da confraria do apito brasileiro, tomadas de decisões no campo de jogo próximas da uniformidade das REGRAS DE FUTEBOL, ou como queiram de melhor qualidade, é utopia. Ou melhor: “SÓ NO DIA DE SÃO NUNCA”!      

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