Rodolpho Toski Marques - Crédito - JULIA ABDUL HAK/FPF
A
arbitragem brasileira passa por um processo de renovação. Uma nova
geração está surgindo e já rende bons frutos. Uma justificativa
de tal afirmação é Rodolpho Toski Marques. Paranaense, o
árbitro entrou para o quadro da FIFA neste ano de 2017, aos 29 anos.
Conhecido por ter um perfil disciplinador, ele revela que a
arbitragem apareceu cedo na sua vida.
– Na
realidade comecei a apitar com 13 para 14 anos. Tentei jogar futebol
e o meu pai logo cedo disse: 'Meu filho, você com a bola não vai
ter jeito de ganhar dinheiro. Só tem uma maneira, vai ser árbitro
de futebol!' Eu disse a ele: 'Você é maluco! Como vou ser
árbitro com 13 anos de idade? Eu quero é jogar bola!' Aí ele foi
lá, comprou um livro de regras, uma roupa de árbitro e fez eu
decorar todas as regras. Enquanto eu não decorasse, ele todo dia
vinha e falava: 'Qual é a regra 10? E a 8, é qual?' Eu errava e ele
não me deixava ir pro campo ainda. Quando consegui acertar tudo, ele
me botou para apitar um jogo de um clube da região metropolitana de
Curitiba, fui muito bem nessa partida e daí comecei a me destacar
nos campeonatos amadores.
Me formei muito cedo pela Federação Paranaense de Futebol, com 17 para 18 anos, e fui fazendo jogos, treinando, me aprimorando, tentando sempre buscar o melhor para crescer dentro da arbitragem. Cheguei ao quadro da CBF e, neste ano, foi contemplado ao quadro da FIFA – destacou.
Me formei muito cedo pela Federação Paranaense de Futebol, com 17 para 18 anos, e fui fazendo jogos, treinando, me aprimorando, tentando sempre buscar o melhor para crescer dentro da arbitragem. Cheguei ao quadro da CBF e, neste ano, foi contemplado ao quadro da FIFA – destacou.
Ao
todo, Rodolpho Toski já fez 68 partidas em competições da CBF.
Nesta quinta-feira (5), ele irá para o seu primeiro jogo de
Eliminatórias da Copa do Mundo, na função de quarto árbitro do
duelo entre Venezuela e Uruguai. Se um dia o paranaense
disse que o pai, Ademar Marques, era louco por sugerir o ofício da
arbitragem, hoje ele não se enxerga em outra função.
– De
maneira nenhuma! Por começar cedo acabei pegando muito gosto. E a
arbitragem me deu tudo. Estudo, formação de caráter, de
homem... Conheci pessoas que me ajudaram muito e agradeço tudo
que eu tenho hoje pela iniciativa do meu pai no início e
todas as pessoas que me apoiaram e deram todo o suporte para que
eu conseguisse desenvolver essa atividade – acrescentou.
Nos
últimos dias, Rodolpho participou do curso de capacitação do
Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) da CBF, em Águas de Lindóia
(SP). Buscando sempre evoluir na carreira, ele falou sobre o
contato com a tecnologia.
– É
de suma importância esse aprimoramento com o Árbitro de Vídeo. É
uma coisa nova no futebol e vai acrescentar muito nas questões
claras de erro da arbitragem. O VAR vai corrigir equívocos
do árbitro, acrescentará e minimizará bastante os erros. Vamos
torcer para que dê tudo certo. Como os profissionais estão nos
aprimorando, passando todos os protocolos, acredito que se forem
cumpridos da maneira que o professor Serapião (Manoel, instrutor de
VAR), o professor Sérgio Corrêa (líder do projeto de VAR no
Brasil) e a FIFA pedem, terá o maior sucesso desde o início –
finaliza.
Fonte:
CBF
Nossa
Opinião - Rodolpho Toski Marques foi revelado pelo ex-árbitro e
ex-diretor da arbitragem da Federação Paranaense de Futebol (FPF),
Nelson Orlando Lehmkhul, em 2004. De lá para cá, apesar dos
inúmeros cursos realizados pela (FPF), não sabemos o que aconteceu
que a entidade paranaense não conseguiu revelar mais ninguém.
Nossa
opinião (2) – No cenário nacional, Toski Marques foi descoberto,
via o diretor do projeto do Árbitro de Vídeo da CBF, Sérgio Corrêa
da Silva. Ressalto também a participação na promissora carreira do
indigitado árbitro, do instrutor José Mocelin (RS), e de toda a
CA/CBF.
Nossa
opinião (3) - Em âmbito internacional, Rodolpho Marques vem sendo
acompanhado, orientado e observado pelo membro do Painel Técnico
Consultivo do (The IFAB), Manoel Serapião Filho, do instrutor da
FIFA e membro da comissão de árbitros da CONMEBOL, Oscar Ruiz e do Comitê de Arbitragem da (CSF), presidido por Wilson Luiz Seneme.
Ad
argumentandum tantum - Carlos Eugênio Simon, o melhor árbitro de
todos os tempos do futebol pentacampeão mundial, me disse que:
“Rodolpho Marques se lapidado com carinho pela CBF e a CONMEBOL -
será em curto espaço de tempo, um dos melhores apitos da América
do Sul”.
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