sábado, 14 de outubro de 2017

ARBITRAGEM: INSEGURANÇA, INCOMPETÊNCIA OU COMPLÔ?

   CA/CBF em recente reunião na sede da entidade - Foto: CBF

A sequência de erros de interpretação e aplicação das REGRAS DE FUTEBOL, perpetrados pela arbitragem, rodada após rodada no Campeonato Brasileiro de Futebol da CBF, nesta temporada, nas Séries (A e B), dá margem ao título desta matéria. É clarividente que o árbitro é humano, não uma máquina. Por isso tem o direito de errar. Porém, a arbitragem ultrapassou os limites do tolerável.

O que se viu no prélio Paraná Clube 2 x 1 Criciúma/SC - na sexta (13), em Curitiba, não é aceitável numa competição do futebol detentor de cinco Copas do mundo. Além dos erros notórios de interpretação do árbitro Igor Junio Benevenuto (MG), as cenas de indisciplina dos atletas no campo e fora dele contra a arbitragem, mostradas pela SportTV para todo o Brasil e pela GloboSat internacional, atestam de maneira irrebatível que a arbitragem brasileira atingiu o fundo do poço.

A ausência de concentração e controle emocional, exibiram o açodamento e a insegurança do árbitro Igor Benevenuto – sobretudo, no momento de intervir para cumprimento das regras e, especialmente, do seu espírito que é punir o infrator na partida que dirigiu.

Nominar as trapalhadas do árbitro Junio Benevenuto na mencionada peleja, tornam-se desnecessárias - porque o país já tomou conhecimento – o problema é que Benevenuto já tinha se envolvido em situação similar a de ontem, na 15ª rodada da Série (B), no Internacional/RS 1 x 0 Luverdense/MT.

Naquele jogo, além da paralisação de mais de cinco minutos e de ter “acertado” na sinalização, segundo a CA/CBF, Junio Benevenuto e demais componentes da arbitragem, dado o “furdúncio” e a invasão dos reservas e comissão técnica da Luverdense/MT, foram “conduzidos pelos invasores à pista do estádio BEIRA-RIO. Ninguém foi punido!

Mas os erros da arbitragem como dissemos acima, não ficam circunscritos apenas na Série (B) -  considerada a “menina dos olhos” da CBF - a Série (A), nas últimas cinco rodadas teve equívocos da confraria do apito em vários jogos.

Na 24ª rodada, no Corinthians/SP x Vasco da Gama, tivemos o gol consignado com a mão pelo atacante Jô. Na 25ª, São Paulo x Corinthians, a equipe do Morumbi foi prejudicada pela arbitragem. Coritiba x Botafogo, também teve erros. Sport x Vasco, a arbitragem errou e depois de uma enorme confusão consertou o erro. Bahia x Grêmio, Luiz Flavio de Oliveira errou e errou feio contra o Tricolor dos Pampas, na marcação de pênalti que não existiu. Na 26ª, Bahia x Coritiba, Pericles Bassol Cortes, deixou de assinalar pênalti indiscutível à equipe paranaense. Na 27ª, Atlético/PR x Atlético/GO, novamente a arbitragem errou – e no Corinthians x Coritiba, outra vez a “mão” que vai contra a essência do futebol, foi utilizada em benefício do time do Parque São Jorge.

Gostem ou não, com a narrativa dos diferentes erros da arbitragem e os consequentes prejuízos ao futebol brasileiro, é imperativo uma mudança de comportamento da CA/CBF, em relação a escolha dos apitos e bandeiras nesta reta final do Campeonato Brasileiro.
  
Já imaginaram se for feita uma compilação dos erros da arbitragem desde o início do Brasileirão, e os prejuízos que esses erros proporcionaram às equipes das Séries (A e B)?

Perguntar não ofende: A Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf/CBF), está insegura, é incompetente ou quer derrubar a CA/CBF?

ad argumentandum tantum – Alicio Pena Junior, Ana Paula Oliveira, Cláudio Cerdeira, Manoel Serapião, Nilson Monção e Sérgio Corrêa da Silva - exerceram a atividade de árbitro de futebol e teem consciência da bagunça que está acontecendo no setor do apito. Diante da debacle que solapa a arbitragem brasileira, irão tomar providências sobre os acontecimentos ou irão ficar taciturnos? 


[Reproduzo parte do texto que me foi enviado pela notável personagem da arbitragem brasileira, professor Gustavo Rogério Caetano,  ex-diretor da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol e ex-membro da Conmebol,  leitor do nosso Blog].  “Bicudo, este é o estágio atual de nossa arbitragem e nos perguntamos: É comodismo, é medo, é má formação, é má qualidade, é desconhecimento por má orientação? Que belo exemplo numa Primeira Divisão se está dando aos árbitros mais jovens que aos jogos assistem para aprendizado. Se numa Primeira Divisão do Brasileirão se vê coisas deste tipo, imaginem o que não acontece nas divisões menores”...

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