Crédito das fotos: Geraldo Bubniak
A epígrafe que dá título a este articulado, sintetiza com
precisão a verdadeira situação do árbitro de futebol do país detentor de cinco
Copas do Mundo. O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, teve a
sua atividade reconhecida como profissional em 2013 – parou aí.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, mesmo
sendo de fundamental importância dentro do contexto de um jogo de futebol, por
ineficiência e descaso dos seus representantes na área sindical, não conseguiu
viabilizar uma legislação que lhe proporcionasse um mínimo de garantias.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, vive a
rotina incansável e humilhante de “brigar” por escalas tal qual um náufrago em alto mar. O árbitro
no Brasil, apesar de estarmos no século 21, continua fazendo da arbitragem “um bico” – “bico” que serve
de sobrevivência para um contingente expressivo de apitos e bandeiras.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, ainda é utilizado como mercadoria de troca entre o status quo que comanda o futebol
pentacampeão – e, em alguns casos, gostem ou não, é tratado como gado no “CURRAL”.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, em troca
de algumas escalas e viagens de avião, submete-se a usar vestimenta repleta de
patrocínios de multinacionais que, rendem lucros astronômicos à CBF. Neste caso
específico, a arbitragem não recebe um único centavo na participação dos
lucros. É o tipo da
situação análoga à escravidão.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, não tem
uma entidade com estofo jurídico e político para reivindicar e defender seus
interesses.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, dado o
aqui exposto, enquanto não tiver a acuidade
de escolher uma liderança, que não esteja comprometida com o sistema que
comanda o futebol pentacampeão, vai continuar “patinando” tal qual um carro
atolado no “banhado”.
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