segunda-feira, 1 de maio de 2017

“1º de maio, expõe o descaso e o atraso”

              Crédito das fotos: Geraldo Bubniak

A epígrafe que dá título a este articulado, sintetiza com precisão a verdadeira situação do árbitro de futebol do país detentor de cinco Copas do Mundo. O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, teve a sua atividade reconhecida como profissional em 2013 – parou aí.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, mesmo sendo de fundamental importância dentro do contexto de um jogo de futebol, por ineficiência e descaso dos seus representantes na área sindical, não conseguiu viabilizar uma legislação que lhe proporcionasse um mínimo de garantias.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, vive a rotina incansável e humilhante de “brigar” por escalas tal qual um náufrago em alto mar. O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, continua fazendo da arbitragem “um bico” – “bico” que serve de sobrevivência para um contingente expressivo de apitos e bandeiras.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, ainda  é utilizado como mercadoria de troca entre o status quo que comanda o futebol pentacampeão – e, em alguns casos, gostem ou não, é tratado como gado no “CURRAL”.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, em troca de algumas escalas e viagens de avião, submete-se a usar vestimenta repleta de patrocínios de multinacionais que, rendem lucros astronômicos à CBF. Neste caso específico, a arbitragem não recebe um único centavo na participação dos lucros. É o tipo da situação análoga à escravidão.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, não tem uma entidade com estofo jurídico e político para reivindicar e defender seus interesses.
O árbitro no Brasil, apesar de estarmos no século 21, dado o aqui exposto, enquanto não tiver a  acuidade  de escolher uma liderança, que não esteja comprometida com o sistema que comanda o futebol pentacampeão, vai continuar “patinando” tal qual um carro atolado no “banhado”.

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