Em função das constantes críticas
que faço aqui neste espaço contra o sindicalismo meia-boca,
que é praticado pelas associações e os
quatro sindicatos de árbitros de futebol detentores da Carta Sindical - (CEARÁ,
PARANÁ, RIO.G do SUL e SÃO PAULO, tenho recebido algumas correspondências
eletrônicas contrapondo o nosso ponto de vista. O contraditório sempre foi e
será respeitado, porque, a verdade absoluta só DEUS tem.
Agora, os argumentos daqueles
que julgam ser inviável concretizar as proposições que temos sugeridas e nos
foram enviados via e-mail e WatsApp, são frágeis e não se sustentam em hipótese
alguma.
Sem vontade e com a atual
equipe de sindicalistas com fraquíssima representatividade, e forças ocultas
atuando diuturnamente contra os interesses da categoria, é óbvio que não haverá
condições de conquistas substanciosas em hipótese alguma. Pelo contrário: a classe
vai continuar ad aeternum
vinculada as escalas e no subdesenvolvimento.
Observem o que poderia
acontecer se os árbitros primassem pela organização: 1) Se a arbitragem fosse
organizada, o Projeto de Lei Nº 6405/2002, que contemplava a profissionalização
do árbitro de futebol do Brasil em 100%, não teria perambulado onze anos por
diferentes comissões do Congresso Nacional. 2) Se a arbitragem fosse organizada,
a Lei Nª 12.867/2013, que reconheceu a atividade do árbitro de futebol como
profissional, mas deixou de regulamentá-la, não teria sido aprovada da forma
como foi. 3) Se a arbitragem fosse organizada, a atividade do árbitro de
futebol no Brasil já teria sido regulamentada pelo Congresso Nacional. O poder do árbitro é inimaginável. 4) Se a
arbitragem fosse organizada, as federações de futebol e suas respectivas
comissões de árbitros, não utilizariam os homens de preto como mercadoria de
troca com a cartolagem dos clubes. 5) Se a arbitragem fosse organizada, a
formação e a consequente capacitação dos apitos e bandeiras pelas federações de
futebol, em conjunto com as escolas de formação não seriam precárias como são.
6) Se a arbitragem fosse
organizada, as federações de futebol e comissões de árbitros não fariam um encontro de dois dias
como fizeram neste início de 2017, e não anunciariam com a maior cara de pau que
fizeram a pré-temporada. 7) Se a arbitragem fosse organizada, não teríamos
apenas quatro sindicatos de árbitros de futebol no Brasil, sendo que o PARANÁ é preterido em
detrimento da associação dos árbitros paranaenses. 8) Se a arbitragem fosse
organizada, o quinto sindicato já teria sido criado e, por extensão, fundada a FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL, independente
da vontade ou não das forças ocultas que gravitam contra nos labirintos do
futebol pentacampeão. 9) Se a arbitragem fosse organizada, assim que criada a
FEDERAÇÃO, entidade de segundo grau no sindicalismo brasileiro, reconhecida
pela (CLT), ministério do Trabalho e Emprego, buscaria os caminhos adequados
para a classe conseguir gradativamente, a independência em relação a CBF e as
federações, o direito de arena, o direito de imagem, melhores condições de
trabalho (com melhorias nas taxas de arbitragem e diárias). 10) Se a arbitragem
fosse organizada, e com o advento da FEDERAÇÃO DOS ÁRBITROS, daria fim na vergonhosa
exploração das propagandas que estão alocadas no uniforme de todos os membros
da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (RENAF). Propagandas que rendem
milhões de reais a CBF e nenhum centavo à arbitragem.
11) Se a arbitragem fosse
organizada, procuraria saber quem são as forças ocultas que conspiram contra a
criação da FEDERAÇÃO BRASILEIRA
DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL, em benefício das associações de árbitros. 12) Se
a arbitragem demonstrasse um mínimo de vontade de saber o conceito de
organização, o caminho para obter a regulamentação e a respeitabilidade dos
atletas, dirigentes, imprensa e do torcedor a respeito do seu labor no campo de
jogo, seria totalmente diferente do que temos nos dias atuais.
PS: O que foi exposto aqui não exige mágica e
nenhum milagre. Basta não usar subterfúgios, ter vontade de se organizar e
comprometimento com as verdadeiras causas da arbitragem.
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