sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Ah, SE A ARBITRAGEM BRASILEIRA FOSSE ORGANIZADA

                                                                     Crédito: CBF
 

Em função das constantes críticas que faço aqui neste espaço contra o sindicalismo meia-boca, que é praticado pelas associações  e os quatro sindicatos de árbitros de futebol detentores da Carta Sindical - (CEARÁ, PARANÁ, RIO.G do SUL e SÃO PAULO, tenho recebido algumas correspondências eletrônicas contrapondo o nosso ponto de vista. O contraditório sempre foi e será respeitado, porque, a verdade absoluta só DEUS tem.

Agora, os argumentos daqueles que julgam ser inviável concretizar as proposições que temos sugeridas e nos foram enviados via e-mail e WatsApp, são frágeis e não se sustentam em hipótese alguma.

Sem vontade e com a atual equipe de sindicalistas com fraquíssima representatividade, e forças ocultas atuando diuturnamente contra os interesses da categoria, é óbvio que não haverá condições de conquistas substanciosas em hipótese alguma. Pelo contrário: a classe vai continuar ad aeternum vinculada as escalas e no subdesenvolvimento.

Observem o que poderia acontecer se os árbitros primassem pela organização: 1) Se a arbitragem fosse organizada, o Projeto de Lei Nº 6405/2002, que contemplava a profissionalização do árbitro de futebol do Brasil em 100%, não teria perambulado onze anos por diferentes comissões do Congresso Nacional. 2) Se a arbitragem fosse organizada, a Lei Nª 12.867/2013, que reconheceu a atividade do árbitro de futebol como profissional, mas deixou de regulamentá-la, não teria sido aprovada da forma como foi. 3) Se a arbitragem fosse organizada, a atividade do árbitro de futebol no Brasil já teria sido regulamentada pelo Congresso Nacional.  O poder do árbitro é inimaginável. 4) Se a arbitragem fosse organizada, as federações de futebol e suas respectivas comissões de árbitros, não utilizariam os homens de preto como mercadoria de troca com a cartolagem dos clubes. 5) Se a arbitragem fosse organizada, a formação e a consequente capacitação dos apitos e bandeiras pelas federações de futebol, em conjunto com as escolas de formação não seriam precárias como são.

6) Se a arbitragem fosse organizada, as federações de futebol e comissões de árbitros não fariam um encontro de dois dias como fizeram neste início de 2017, e não anunciariam com a maior cara de pau que fizeram a pré-temporada. 7) Se a arbitragem fosse organizada, não teríamos apenas quatro sindicatos de árbitros de futebol no Brasil, sendo que o PARANÁ é preterido em detrimento da associação dos árbitros paranaenses. 8) Se a arbitragem fosse organizada, o quinto sindicato já teria sido criado e, por extensão, fundada a FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL, independente da vontade ou não das forças ocultas que gravitam contra nos labirintos do futebol pentacampeão. 9) Se a arbitragem fosse organizada, assim que criada a FEDERAÇÃO, entidade de segundo grau no sindicalismo brasileiro, reconhecida pela (CLT), ministério do Trabalho e Emprego, buscaria os caminhos adequados para a classe conseguir gradativamente, a independência em relação a CBF e as federações, o direito de arena, o direito de imagem, melhores condições de trabalho (com melhorias nas taxas de arbitragem e diárias). 10) Se a arbitragem fosse organizada, e com o advento da FEDERAÇÃO DOS ÁRBITROS, daria fim na vergonhosa exploração das propagandas que estão alocadas no uniforme de todos os membros da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (RENAF). Propagandas que rendem milhões de reais a CBF e nenhum centavo à arbitragem.

11) Se a arbitragem fosse organizada, procuraria saber quem são as forças ocultas que conspiram contra a criação da FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL, em benefício das associações de árbitros. 12) Se a arbitragem demonstrasse um mínimo de vontade de saber o conceito de organização, o caminho para obter a regulamentação e a respeitabilidade dos atletas, dirigentes, imprensa e do torcedor a respeito do seu labor no campo de jogo, seria totalmente diferente do que temos nos dias atuais.

PS: O que foi exposto aqui não exige mágica e nenhum milagre. Basta não usar subterfúgios, ter vontade de se organizar e comprometimento com as verdadeiras causas da arbitragem.

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