Virou
rotina a cada evento da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), a “retórica” de que a
confraria do apito saiu fortalecida em torno da entidade, sobretudo, para solicitar
as reivindicações necessárias e almejadas pelos homens de preto, objetivando
auxiliar a arbitragem a ter melhores condições para exercer o seu mister.
No congresso
da Anaf realizado em Brasília neste final de semana, a palavra de ordem
foi similar às anteriores: “Fortalecer a Anaf e os sindicatos”.
Aqui está estabelecido o primeiro paradoxo da Anaf entre o
discurso e a prática. Se há determinação em fortalecer os sindicatos, por que nos
últimos seis anos, apenas um estado, o CEARÁ, conseguiu a Certidão de Registro Sindical de Árbitro
de Futebol (Carta Sindical?) - e, por questão de coerência, cito o que é
público e notório que foi por interferência pessoal do líder sindical Ciro Camargo
(RS), que o CEARÁ
conseguiu a (Carta Sindical).
O segundo paradoxo da Anaf entre o discurso e a prática no
fortalecimento dos sindicatos, é ainda mais grave: a Anaf numa atitude de
extrema afronta
a Constituição Brasileira e a (CLT), ao invés de reconhecer o Sindicato Profissional dos
Árbitros de Futebol Paraná,
detentor da (Carta Sindical) há mais de uma década, como representante da
categoria do apito paranaense, reconhece e convida para os congressos e
reuniões de trabalho a associação dos árbitros do Paraná.
Aliás, em se tratando de sindicato de arbitragem, são detentores
da Certidão de Registro Sindical de Árbitro de Futebol (Carta Sindical) - os estados do CEARÁ, PARANÁ, RIO G. DO SUL e SÃO PAULO. Os
demais não podem se intitular sindicatos e sim associações de árbitros de
futebol, porque não possuem a (CARTA SINDICAL).
Quanto a ideia de fortalecer a Anaf até o final da atual gestão, em detrimento da criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol,
é mais um passo gigantesco rumo a mesmice e sem nenhuma perspectiva de qualquer
conquista à categoria dos homens que manejam os apitos e as bandeiras do
futebol brasileiro, nos próximos anos.
PS: Pelo
andar da carruagem, os participantes do congresso em tela não leram ou não
entenderam o item (4), do relatório à parte da CPI do futebol, que sugere uma
arbitragem independente no futebol brasileiro. Independência que somente se
viabilizará no futebol pentacampeão, a partir da fundação da FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS
ÁRBITROS DE FUTEBOL. Entidade com capilaridade jurídica, reconhecida
pelo ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pela (CLT) e a Constituição do
Brasil. Dado o conteúdo postado no site da Anaf, tudo leva a crer que as coisas
[CONTINUARÃO TUDO COMO
DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES.]
PS (2):
Dado que a Anaf tem-se reunido
sistematicamente duas vezes ao ano, sendo uma vez na reunião de trabalho e outra
no congresso da entidade, pergunto: Quais foram os resultados e/ou conquistas objetivas, proporcionadas
nas reuniões pela Anaf e associações à arbitragem, que compõe a Relação
Nacional de Árbitros de Futebol (RENAF) nos últimos seis anos?.
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