domingo, 27 de novembro de 2016

ANAF: DO DISCURSO À PRÁTICA A DIFERENÇA É ABISSAL

                                                                  Foto: CONMEBOL


Virou rotina a cada evento da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), a “retórica” de que a confraria do apito saiu fortalecida em torno da entidade, sobretudo, para solicitar as reivindicações necessárias e almejadas pelos homens de preto, objetivando auxiliar a arbitragem a ter melhores condições para exercer o seu mister.

No congresso da Anaf realizado em Brasília neste final de semana, a palavra de ordem foi similar às anteriores: “Fortalecer a Anaf e os sindicatos”.  

Aqui está estabelecido o primeiro paradoxo da Anaf entre o discurso e a prática. Se há determinação em fortalecer os sindicatos, por que nos últimos seis anos, apenas um estado, o CEARÁ, conseguiu a Certidão de Registro Sindical de Árbitro de Futebol (Carta Sindical?) - e, por questão de coerência, cito o que é público e notório que foi por interferência pessoal do líder sindical Ciro Camargo (RS), que o CEARÁ conseguiu a (Carta Sindical).

O segundo paradoxo da Anaf entre o discurso e a prática no fortalecimento dos sindicatos, é ainda mais grave: a Anaf numa atitude de extrema afronta a Constituição Brasileira e a (CLT), ao invés de reconhecer o Sindicato Profissional dos Árbitros de Futebol Paraná, detentor da (Carta Sindical) há mais de uma década, como representante da categoria do apito paranaense, reconhece e convida para os congressos e reuniões de trabalho a associação dos árbitros do Paraná.

Aliás, em se tratando de sindicato de arbitragem, são detentores da Certidão de Registro Sindical de Árbitro de Futebol (Carta Sindical) -  os estados do CEARÁ, PARANÁ, RIO G. DO SUL e SÃO PAULO. Os demais não podem se intitular sindicatos e sim associações de árbitros de futebol, porque não possuem a (CARTA SINDICAL).

Quanto a ideia de fortalecer a Anaf até o final da atual gestão, em detrimento da criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol, é mais um passo gigantesco rumo a mesmice e sem nenhuma perspectiva de qualquer conquista à categoria dos homens que manejam os apitos e as bandeiras do futebol brasileiro, nos próximos anos.

PS: Pelo andar da carruagem, os participantes do congresso em tela não leram ou não entenderam o item (4), do relatório à parte da CPI do futebol, que sugere uma arbitragem independente no futebol brasileiro. Independência que somente se viabilizará no futebol pentacampeão, a partir da fundação da FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL. Entidade com capilaridade jurídica, reconhecida pelo ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pela (CLT) e a Constituição do Brasil. Dado o conteúdo postado no site da Anaf, tudo leva a crer que as coisas [CONTINUARÃO TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES.] 


PS (2): Dado que a Anaf tem-se reunido sistematicamente duas vezes ao ano, sendo uma vez na reunião de trabalho e outra no congresso da entidade, pergunto: Quais foram os resultados e/ou conquistas objetivas, proporcionadas nas reuniões pela Anaf e associações à arbitragem, que compõe a Relação Nacional de Árbitros de Futebol (RENAF) nos últimos seis anos?.  

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