segunda-feira, 17 de outubro de 2016

PANDEMIA DE EQUÍVOCOS



Quando anunciou a troca no comando da Comissão de árbitros, a CBF trabalhou com dois cenários: a pressão que era exercida contra a entidade por alguns cartolas, contrários a continuidade de Sérgio Corrêa iria diminuir e, por extensão, a mudança provocaria uma oxigenação no setor do apito da CBF em todos os níveis. Deu “Chabu”.

Se com Sérgio Corrêa, determinados erros de interpretação e aplicação das Regras do Jogo eram toleráveis em determinadas situações, após sua saída, a escalada de equívocos da confraria dos homens de preto no Campeonato Brasileiro teve um aumento descomunal - e a reprovação contra as decisões da confraria do apito que labora nos torneios da instituição que comanda o futebol pentacampeão, atinge níveis insuportáveis rodada após rodada.

Neste universo de erros perpetrados pela arbitragem em todos os campeonatos da CBF, principalmente na Série (A), tem surgido as mais absurdas opiniões e/ou sugestões - e há até quem proponha soluções a curto prazo, visando diminuir os equívocos nas tomadas de decisões dos apitos do futebol brasileiro. As mais sugeridas são a profissionalização do árbitro e a implantação da tecnologia.

Pergunto: Por que a FIFA, a UEFA, a Bundesliga (Alemanha), a Real Federação Espanhola de Futebol (Espanha), a Federação Italiana de Futebol (Itália), as principais entidades de futebol do planeta, ainda não profissionalizaram o árbitro de futebol?

A resposta é simples: Porque há um conjunto de situações que envolvem leis trabalhistas e/ou previdenciárias, e outros aspectos em diferentes países e inúmeras restrições dos filiados da FIFA. Portanto, a “galhofa” de que profissionalizando os homens de preto, os erros teriam diminuição, não passa de uma “filigrana”.

A outra sugestão que está em voga, sobretudo nas TVs, diz respeito ao árbitro de vídeo (AV). O [IFAB] na 130º Reunião Geral Anual de Trabalho, em março do ano em curso, autorizou em caráter experimental testes com o (AV), como ferramenta auxiliar à arbitragem nos lances que fujam do seu campo visual.

Na ocasião, o IFAB explicitou que a experiência seria testada em competições não oficiais dos seus filiados e dependendo dos resultados, poderia ser submetida a um teste no Mundial de Clubes do Japão em dezembro próximo. Os testes terão continuidade em 2017. E, se comprovado 100% da sua eficácia, será implantado nos torneios da FIFA a partir de 2018.

O (AV), já foi testado com relativo sucesso na (KNVB – Holanda), na (Major League Soccer – EUA), em Portugal e há trinta dias atrás no amistoso Itália 1 x 3 França, na cidade de Bari (Itália). Há expectativa de que nos próximos dias seja testado numa das competições da CBF. O (AV) é uma tecnologia sofisticada, e sua implementação dado o alto custo econômico só será viável em competições de primeira linha do futebol mundial.

Diante do que se leu neste articulado, não há saída a curto e médio prazo à CBF no que concerne a arbitragem na reta final do Brasileirão. A sugestão que deixo é inserir os (10) apitos e bandeiras da FIFA e os Asp/FIFA, que, possuem condições de desenvolver seu mister nas partidas finais do seu melhor campeonato.

PS: No Atlético/PR 2 x 0 Coritiba/PR, o ex-atleta e atual comentarista Sicupira, o maior jogador de todos os tempos do rubro-negro da Arena Baixada, quando chamado a intervir sobre as tomadas de decisões do árbitro Bruno Arleu de Araujo (foto) e seus assistentes, que tiveram ótima atuação, explicitou equilíbrio e conhecimento no que tange as Regras de Futebol. Aliás, Sicupira,  Guilherme de Paula e Remi Tissot, formam a última trempe de comentaristas do rádio esportivo de Curitiba, que, ainda conseguem emitir opiniões em conformidade com o que veem durante uma partida.














Nenhum comentário:

Postar um comentário