quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O CERNE DA ARBITRAGEM ESTÁ NA FORMAÇÃO


A escala interminável de erros da arbitragem na interpretação e aplicação das Regras do Jogo, no Campeonato Brasileiro da CBF tem provocado discussões, sugestões, ideias, ações e até quem apresente soluções para a diminuição dos erros nas tomadas de decisões dos homens de preto. A maioria dos que escrevem nos jornais, blogs, falam no rádio e na TV sobre o tema arbitragem, quer seja sobre as Regras do Jogo e/ou dos problemas dos homens do apito não domina o assunto.

Há um grupo que defende a profissionalização da confraria do apito. Ou seja, o árbitro dedicar-se-ia em tempo integral à arbitragem. É uma utopia descomunal, pensar em árbitros profissionais num país com as desigualdades sociais, acoplados aos problemas previdenciários e as dimensões continentais que tem o Brasil.

Tem aqueles que desejam a implantação da tecnologia no auxílio ao árbitro para dirimir lances que fujam do seu campo visual. Como a “bola com chip” e o o árbitro de (AV). Ambos de altíssimo valor econômico e viáveis somente em competições da FIFA e da UEFA. Sendo que o (AV) está em testes e sua eficácia 100% ainda não foi confirmada.
 
Há os que propõe que a CBF crie um grupo restrito de árbitros e assistentes - e dê à esse grupo atenção especial, realizando de forma reiterada, treinamentos, seminários, palestras, intercâmbios com a CONMEBOL, UEFA e a FIFA - e, melhore substancialmente a remuneração. Esta ideia é a que tem maiores probabilidades de vingar - e é a que melhor se encaixa dentro do contexto da arbitragem brasileira. Embora não confirme abertamente, há um estudo velado sendo realizado pela CBF neste sentido.
Mas há um obstáculo primordial que precisa ser superado antes de se criar o grupo circunscrito de apitos e bandeiras, objetivando a melhora da qualidade do desempenho da nossa arbitragem. Ele está identificado na formação, orientação, acompanhamento e requalificação da arbitragem, que é formada nas federações de futebol. Porque é de lá que a CBF toma emprestado os homens que manejam os apitos e bandeirinhas que laboram nos seus torneios.

Formação, orientação, acompanhamento e requalificação que ao invés de ser entregue à pessoas altamente capacitadas nas federações, está nas mãos de gente com pensamentos e ações do século passado. Este é o principal óbice a ser enfrentado de frente pela CBF e as federações, se almejam uma mudança no comportamento da arbitragem brasileira.

Enquanto a CBF via Escola Nacional de Arbitragem não implementar uma nova metodologia nos cursos de formação de árbitros das federações, a partir da designação de professores altamente capacitados, e uma didática atualizada como determina a FIFA para ser ministrada nos cursos de formação de arbitragem, sugestões, ideias e/ou outros terão “efeito traque”. 

PS: Sobre o comentário aqui neste espaço da debacle do rádio e da TV nas programações esportivas de Curitiba, aos que discordaram digo: “A TV, assim como o rádio ainda são soberanos na opinião das pessoas. O principal problema é que quem faz rádio e, por consequência, televisão na área do esporte na capital paranaense, não está sabendo fazer suas opiniões chegarem à população como estão fazendo as outras mídias, como a internet e as redes sociais”. O tempo utilizado e o conteúdo dispendido no rádio e na TV, quando chega ao ouvinte e/ou telespectador é de extrema pobreza.

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