A
escala interminável de erros da arbitragem na interpretação e
aplicação das Regras do Jogo, no Campeonato Brasileiro da CBF tem
provocado discussões, sugestões, ideias, ações e até quem
apresente soluções para a diminuição dos erros nas tomadas de
decisões dos homens de preto. A maioria dos que escrevem nos
jornais, blogs, falam no rádio e na TV sobre o tema arbitragem, quer
seja sobre as Regras do Jogo e/ou dos problemas dos homens do apito
não domina o assunto.
Há
um grupo que defende a profissionalização da confraria do apito. Ou
seja, o árbitro dedicar-se-ia em tempo integral à arbitragem. É
uma utopia descomunal, pensar em árbitros profissionais num país
com as desigualdades sociais, acoplados aos problemas previdenciários
e as dimensões continentais que tem o Brasil.
Tem
aqueles que desejam a implantação da tecnologia no auxílio ao
árbitro para dirimir lances que fujam do seu campo visual. Como a
“bola com chip” e o o árbitro de (AV). Ambos de altíssimo valor
econômico e viáveis somente em competições da FIFA e da UEFA.
Sendo que o (AV) está em testes e sua eficácia 100% ainda não foi
confirmada.
Há
os que propõe que a CBF crie um grupo restrito de árbitros e
assistentes - e dê à esse grupo atenção especial, realizando de
forma reiterada, treinamentos, seminários, palestras, intercâmbios
com a CONMEBOL, UEFA e a FIFA - e, melhore substancialmente a
remuneração. Esta ideia é a que tem maiores probabilidades de
vingar - e é a que melhor se encaixa dentro do contexto da
arbitragem brasileira. Embora não confirme abertamente, há um
estudo velado sendo realizado pela CBF neste sentido.
Mas
há um obstáculo primordial que precisa ser superado antes de se
criar o grupo circunscrito de apitos e bandeiras, objetivando a
melhora da qualidade do desempenho da nossa arbitragem. Ele está
identificado na formação, orientação, acompanhamento e
requalificação da arbitragem, que é formada nas federações de
futebol. Porque é de lá que a CBF toma emprestado os homens que
manejam os apitos e bandeirinhas que laboram nos seus torneios.
Formação,
orientação, acompanhamento e requalificação que ao invés de ser
entregue à pessoas altamente capacitadas nas federações, está nas
mãos de gente com pensamentos e ações do século passado. Este é
o principal óbice a ser enfrentado de frente pela CBF e as
federações, se almejam uma mudança no comportamento da arbitragem
brasileira.
Enquanto
a CBF via Escola Nacional de Arbitragem não implementar uma nova
metodologia nos cursos de formação de árbitros das federações, a
partir da designação de professores altamente capacitados, e uma
didática atualizada como determina a FIFA para ser ministrada nos
cursos de formação de arbitragem, sugestões, ideias e/ou outros
terão “efeito traque”.
PS:
Sobre o comentário aqui neste espaço da debacle do rádio e da TV
nas programações esportivas de Curitiba, aos que discordaram digo:
“A TV, assim como o rádio ainda são soberanos na opinião das
pessoas. O principal problema é que quem faz rádio e, por
consequência, televisão na área do esporte na capital paranaense,
não está sabendo fazer suas opiniões chegarem à população como
estão fazendo as outras mídias, como a internet e as redes
sociais”. O tempo utilizado e o conteúdo dispendido no rádio e na
TV, quando chega ao ouvinte e/ou telespectador é de extrema pobreza.
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