quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Acabou a omissão?




Após não conseguir o objetivo de eleger-se vereador na cidade de Florianópolis (SC), no pleito do domingo (3/10), Marco Antonio Martins (foto), presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), conforme consta no site da entidade, reassumiu sua função de presidente.

No período em que Martins que esteve ausente, em função da campanha eleitoral, a exemplo dos últimos três anos, com exceção do reconhecimento da atividade do árbitro de futebol como profissional em 2013 nenhum acontecimento e/ou benefício relevante contemplou a categoria dos apitos. Repito, nada de excepcional aconteceu. 

A impressão que ficou foi de que a diretoria com o licenciamento do presidente, entrou em processo de total “OMISSÃO”. E, para comprovar o que escrevemos, basta pesquisar e observar os acontecimentos “covardes” na mídia esportiva contra a arbitragem que labora no Campeonato Brasileiro. Não saiu uma nota sequer de desagravo, em favor dos apitos e bandeiras agredidos verbalmente pelas vociferações dos cartolas do nosso futebol.

Diante dos acontecimentos acima mencionados, qualquer palavra, comentário ou promessa que faça a Anaf neste 2016 à arbitragem do futebol pentacampeão, é mera especulação e/ou mentira. O que a diretoria da Anaf precisa definir nestes poucos dias que restam para findar o ano em curso, qual será o norte que será seguido para 2017 e os anos subsequentes.

Direito de arena, direito de imagem e regulamentação da profissionalização da classe dos homens de preto, o caminho é o Congresso Nacional – leia-se: Câmara dos Deputados e Senado Federal. É no Congresso Nacional que a Anaf deve concentrar seus esforços, no sentido de se aproximar e escolher acertadamente lideranças políticas de excelência, com conhecimento jurídico para que a tríade, direito de arena, direito de imagem e regulamentação da profissionalização da categoria se concretize. Qualquer direcionamento em contrário, a situação vai continuar na mesmice.

Já em relação aos patrocínios alocados na indumentária dos homens do apito, acredito que um colóquio verbal de alto nível com o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, equaciona a questão.

Mas a principal atitude que se espera do atual presidente da Anaf e seus pares, é a iniciativa imediata no sentido de se obter a quinta (Carta Sindical) – que poderá ser a do Distrito Federal que está aguardando o parecer final. A quinta Carta Sindical abre o caminho definitivo para a criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol, entidade de segundo grau, superior aos sindicatos. Com a federação a história da arbitragem brasileira será totalmente diferente no “day after.”

PS: Se os dirigentes das entidades de classe dos homens de preto do futebol brasileiro, almejam independência e autonomia nas suas ações, devem se desvincular de todos os cargos, prebendas e/ou sinecuras que ocupam ou gozam na CBF e nas federações de futebol. E, por consequência, não indicar ninguém para exercer cargos em tribunais esportivos e/ou comissões de arbitragem. Esta prática abjeta e sórdida tem uma definição: “PELEGUISMO”. Aliás, o que tem de dirigente da Anaf, das  associações e sindicatos, ocupando funções nas federações de futebol e na CBF, é uma vergonha.

PS (2): O que você vai ler a seguir está no site da Anaf - foi dito por Marco Antonio Martins, que foi rejeitado nas urnas. "Agradeço o vice-presidente Jamir Garcez e toda diretoria, que nos últimos três meses realizaram um excelente trabalho - mantendo a entidade ativa e em defesa da categoria". Das duas, uma: Ou Martins está mal informado dos fatos acontecidos na sua ausência - ou então, algum virus contaminou seu intelecto durante a campanha eleitoral para afirmar tamanha besteira.

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