O
“tendão de aquiles” dos árbitros de futebol da América do Sul,
leia-se CONMEBOL, há mais de uma década, é o teste físico da
FIFA. Até 2012, o teste consistia basicamente de uma corrida de
cooper de 12 minutos e tiros de 50 e 200 metros. Mas isto ficou para
trás, por ser considerado obsoleto para os padrões físicos
exigido nos movimentos da arbitragem no campo de jogo. Desde então,
a FIFA mudou a metodologia, mas as reprovações e lesões continuam
acontecendo. Após 2012, o teste para árbitros da FIFA em âmbito universal ficou conforme gráfico abaixo.
Recentemente,
em função de estudos científicos realizados por diferentes
personalidades vinculadas a área da educação física, caso do
Professor/Doutor, Paulo Cipriano Badajoz, professor da Faculdade de
Motricidade Humana (FMH) de Lisboa, que idealizou e apresentou um
novo estudo que propõe um novo teste para determinar se os árbitros
estão em boas condições físicas ou não, a FIFA fragmentou o novo teste. [Atualmente são (40) tiros de (75) metros em quinze segundos, por 25 metros de caminhada em (18) segundos].
Na
avaliação da
performance do árbitro de futebol de 11
do cientista Paulo
Badajoz, a metodologia do teste físico aplicado pela Fifa é
inadequada e não reflete os verdadeiros movimentos dos homens de
preto dentro do retângulo verde. “O esforço dos árbitros num
jogo é intermitente. O teste da FIFA obriga a um esforço
intervalado”, argumenta o docente da FMH, para explicar que o teste
de avaliação dos árbitros não replica o esforço a que o árbitro
é sujeito na competição.
Para
demonstrar esta tese de mestrado, Badajoz apresentou os dados recolhidos em 11
jogos de um árbitro internacional português na 1º
Liga. Esses dados mostram que o
árbitro passa, em média, 24,72% do jogo num esforço de sprint
máximo; 50,69% numa corrida de alta intensidade; 20,57% numa corrida
de média intensidade; 3,26% andar/correr; e 1,2% quase parado. O
mesmo árbitro português (cujo nome não foi
revelado) -
foi submetido ao teste da FIFA, durante o qual passou 83,94% em
sprint
máximo e 15,75% numa corrida de alta intensidade.
O mestre
Badajoz para
comprovar sua tese,
apresenta um outro estudo,
de Mauro Paes (2011), publicado no International
Sportmed Journal,
que detalha
que por cada mil
horas de treinos,
há 2,16 lesões de um árbitro. A
cada mil horas de jogo, há 2,28 lesões. E por cada mil horas de
testes da FIFA, há 94,53 lesões”, explica Paulo Badajoz,
afirmando que muitas vezes os testes da entidade
internacional, são
realizados em pista de tartan -
o que aumenta o risco de lesão para quem está habituado a treinar e
competir na grama.
“A tipologia do esforço [neste teste] é um fator determinante de
lesão”, conclui o professor
em tela.
Sejam os
motivos das
reiteradas reprovações no teste físico da FIFA, que vem afetando a arbitragem da
CONMEBOL -(metodologia
do teste, emocional
e/ou psicológico
do árbitro, ausência de treinamento e/ou desleixo, cabe
ao competentíssimo presidente do Comitê de Árbitros da CONMEBOL,
Wilson Luiz Seneme, evidenciar esforços no sentido de impedir que a
cada teste físico tenhamos as seguidas lesões, acompanhadas das reprovações no aludido teste.
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