sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Quais são as causas das reprovações?


                         
O “tendão de aquiles” dos árbitros de futebol da América do Sul, leia-se CONMEBOL, há mais de uma década, é o teste físico da FIFA. Até 2012, o teste consistia basicamente de uma corrida de cooper de 12 minutos e tiros de 50 e 200 metros. Mas isto ficou para trás, por ser considerado obsoleto para os padrões físicos exigido nos movimentos da arbitragem no campo de jogo. Desde então, a FIFA mudou a metodologia, mas as reprovações e lesões continuam acontecendo. Após 2012, o teste para árbitros da FIFA em âmbito universal ficou conforme gráfico abaixo.
Recentemente, em função de estudos científicos realizados por diferentes personalidades vinculadas a área da educação física, caso do Professor/Doutor, Paulo Cipriano Badajoz, professor da Faculdade de Motricidade Humana (FMH) de Lisboa, que idealizou e apresentou um novo estudo que propõe um novo teste para determinar se os árbitros estão em boas condições físicas ou não, a FIFA fragmentou o novo teste. [Atualmente são (40) tiros de (75) metros em quinze segundos, por 25 metros de caminhada em (18) segundos].

Na avaliação da performance do árbitro de futebol de 11 do cientista Paulo Badajoz, a metodologia do teste físico aplicado pela Fifa é inadequada e não reflete os verdadeiros movimentos dos homens de preto dentro do retângulo verde. “O esforço dos árbitros num jogo é intermitente. O teste da FIFA obriga a um esforço intervalado”, argumenta o docente da FMH, para explicar que o teste de avaliação dos árbitros não replica o esforço a que o árbitro é sujeito na competição.

Para demonstrar esta tese de mestrado, Badajoz apresentou os dados recolhidos em 11 jogos de um árbitro internacional português na Liga. Esses dados mostram que o árbitro passa, em média, 24,72% do jogo num esforço de sprint máximo; 50,69% numa corrida de alta intensidade; 20,57% numa corrida de média intensidade; 3,26% andar/correr; e 1,2% quase parado. O mesmo árbitro português (cujo nome não foi revelado) - foi submetido ao teste da FIFA, durante o qual passou 83,94% em sprint máximo e 15,75% numa corrida de alta intensidade.
O mestre Badajoz para comprovar sua tese, apresenta um outro estudo, de Mauro Paes (2011), publicado no International Sportmed Journal, que detalha que por cada mil horas de treinos, há 2,16 lesões de um árbitro. A cada mil horas de jogo, há 2,28 lesões. E por cada mil horas de testes da FIFA, há 94,53 lesões”, explica Paulo Badajoz, afirmando que muitas vezes os testes da entidade internacional, são realizados em pista de tartan - o que aumenta o risco de lesão para quem está habituado a treinar e competir na grama. “A tipologia do esforço [neste teste] é um fator determinante de lesão”, conclui o professor em tela.

Sejam os motivos das reiteradas reprovações no teste físico da FIFA, que vem afetando a arbitragem da CONMEBOL -(metodologia do teste, emocional e/ou psicológico do árbitro, ausência de treinamento e/ou desleixo, cabe ao competentíssimo presidente do Comitê de Árbitros da CONMEBOL, Wilson Luiz Seneme, evidenciar esforços no sentido de impedir que a cada teste físico tenhamos as seguidas lesões, acompanhadas das reprovações no aludido teste.











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