segunda-feira, 20 de junho de 2016

O árbitro é o “vilão” do futebol

                                                                         Foto:CONMEBOL

Matéria do jornalista Rodrigo Capelo da REVISTA ÉPOCA deste mês de junho conforme link -  [http://epoca.globo.com/vida/esporte/noticia/2016/06/o-endividamento-da-primeira-divisao-sobe-para-r-48-bi-impostos-omitidos-pesam.html] - escancara as vísceras da contabilidade financeira dos vinte clubes que mais devem aos bancos, a Receita Federal e ao INSS. E, por consequência, expõe que após um “pente-fino” dos organismos aqui nominados nas dívidas fiscais desses clubes, foi descoberto um rombo muito maior do que o informado nos balanços até 2014. Neste balanço não estão inseridos os contínuos atrasos salariais, o direito de arena dos atletas e as ações trabalhistas que sofrem os clubes.


Traduzindo: a cartolagem que comanda essas equipes tentou “fraudar” o balancete, mas, foi pega no contrapé. Pergunto: o que irá acontecer com os atuais dirigentes e com os que os antecederam que levaram suas equipes a “bancarrota”? Nada!, absolutamente nada.


Se a má-gestão perpetrada pelos dirigentes a frente das equipes tivesse sido efetivada pela arbitragem, a esta altura dos acontecimentos, os homens de preto estariam sendo cognominados de ladrão, safado, fdp, cadeia neles, denunciados ao STJD, sumariamente afastados das escalas, etc..... A imprensa esportiva que trabalha no futebol sabe dos fatos, mas, são raros os profissionais da mídia esportiva que tem a independência e o comprometimento com o esporte das multidões e, por conseguinte, com o torcedor como Rodrigo Capelo.


PS (1): No confronto Flamengo/RJ 2 x 2 São Paulo/SP, no domingo que passou, no Mané Garrincha em Brasília, o narrador da Globo pergunta ao comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba em duas oportunidades, se ele queria ver de novo os lances para daí emitir sua opinião. Faço o registro porque os narradores e comentaristas ficam alocados juntos no mesmo local nas transmissões, e com um mínimo de três monitores de (TV) a sua disposição, para “condenar” às vezes injustamente a arbitragem.


PS (2): Mas o pior está acontecendo com as emissoras de rádio que só comparecem aos jogos quando é na capital. A maioria do rádio esportivo há muito tempo deixou de transmitir as partidas “In loco” nos estádios – só vai ao campo o repórter. Virou mania fazer a transmissão via “TUBO”. E, quando a transmissão é feita “In loco” é prática recorrente o narrador, comentarista ou repórter perguntar ao plantonista que está no estúdio, se foi penal ou não, se a falta foi dentro ou fora da área penal e assim por diante. Sabem o que responde o plantonista que está no estúdio com o monitor a sua frente? Foi um lance muito rápido e complexo, preciso ver o replay. Já imaginaram o árbitro que tem alguns milésimos de segundo para decidir?


PS (3): dada a cultura existente no futebol, acoplado ao total desconhecimento das REGRAS DE FUTEBOL e a omissão da mídia esportiva que deveria informar as ações impróprias que são praticadas pelos dirigentes no dia a dia na administração do futebol brasileiro - o árbitro que tem apenas dois olhos, não é profissional e não tem as vinte e quatro câmeras e os monitores que tem a sua disposição os comentaristas de arbitragens nas transmissões dos jogos, continuará sendo o principal “vilão” do futebol pentacampeão.

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