Quinteto de arbitragem da final da Copa América Centenário EUA - da esquerda para à direita, Bruno Boschilia, Kleber Gil, Heber Roberto Lopes, Roberto Garcia (México) e José Luis Camargo (México) - foto: CONMEBOL.
Argentina
x Chile, os protagonistas da final da Copa América Centenário EUA, no domingo
que passou, realizaram uma partida e exibiram sem nenhuma contestação, o espírito
e a rivalidade específica existente no futebol Sul-Americano.
Foi
um confronto de alta dificuldade para a arbitragem do primeiro ao último
segundo. Foi um prélio que exigiu grandes e difíceis decisões, lances de
impedimentos de dificílima interpretação e aplicação, teve jogadas bruscas,
jogadas violentas, cartões amarelos, cartões vermelhos e confrontos entre os
atletas. Foi uma decisão como disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino, que
estava presente ao espetáculo em tela, que exigiu ingente equilíbrio da
arbitragem.
Dai
que o triunvirato brasileiro composto pelo árbitro Heber Roberto Lopes
(FIFA/SC) e os assistentes Bruno Boschilia e Kleber Lucio Gil, assim que a bola
rolou na relva, aplicaram e interpretaram as REGRAS DE FUTEBOL em consonância
com o seu espírito que é punir o infrator, diz o (IFAB).
Foi
uma arbitragem que teve critérios, discernimento, distinção entre contato
normal, próprio do futebol e do contato faltoso; Atuação firme nas infrações
fora da disputa de bola, que coibiu o anti-jogo, protestos ou gestos
desaprovando as tomadas de decisões da arbitragem. Foi uma arbitragem que soube
diferenciar faltas imprudentes, temerárias ou com uso de força excessiva - e quando necessário utilizou a arbitragem
preventiva que (consiste no diálogo com os atletas ao invés da aplicação do cartão
amarelo e/ou vermelho) – uniformidade no acréscimo do tempo perdido no primeiro
e no segundo tempo, aplicação correta da lei da vantagem, gravidade e local da
falta. E, por derradeiro, observei uma arbitragem que trabalhou em equipe e demonstrou
em todas as decisões serenidade e firmeza naquilo que sinalizou.
Num
espetáculo de tamanha rivalidade e de alta complexidade com mais de (80.000
pessoas no estádio) – e transmitido para (182) países, onde o árbitro e os
assistentes tem cada um apenas dois olhos e não teem o recurso da televisão e
nem direito ao replay - a trempe de apitos do futebol brasileiro independente
de qualquer outro fato, teve uma atuação de alto nível na Copa Centenário dos
EUA, e seus nomes ficarão consignados nos anais da CONMEBOL, CONCACAF e FIFA e,
por extensão, do futebol brasileiro.
PS: Dada a conduta indelével da arbitragem
brasileira na Copa América Centenário dos EUA, sugiro respeitosamente ao
eficientíssimo presidente da CA/CBF Sérgio Corrêa da Silva, de que a CBF preste
significativa homenagem a Heber Roberto Lopes, Bruno Boschilia e Kleber Lucio
Gil.
Boa noite Valdir..
ResponderExcluirVenho mais uma vez ao seu blog manifestar o grande interesse que tenho em acompanhar suas publicações, posto que possui largo conhecimento e experiência teórica e prática em relação à arbitragem de futebol.
Contudo, ouso discordar de um ponto em relação ao Heber Roberto Lopes. De fato, um árbitro excepcional e que transmite confiança só de olhar sua postura dentro e fora de campo. Porém, a aplicação do cartão vermelho ao atleta argentino, ainda no 1º tempo da final da Copa América, foi, ao meu ver, uma decisão equivocada. Não penso que ele teve ou teria intenção de "compensar" a expulsão (acertada, diga-se de passagem) do atleta chileno, até porque essa conduta não é e nunca foi típica do Heber. Aliás, sua trajetória ao longo da vitoriosa carreira mostra justamente o contrário: critério em suas decisões!
A escolha do trio brasileiro não poderia ter vindo em melhor momento, e com nomes de respeito no cenário nacional e internacional. Mas, essa marcação que culminou com a expulsão do atleta argentino foi equivocada.
Nada que estrague ou macule sua atuação. Erros acontecem até com os melhores! E por atuarem mais, tendem a errar mais (ou existem mais situações em que o erro pode acontecer).
É apenas uma posição de alguém que gosta de arbitragem!
Abraços.