terça-feira, 19 de abril de 2016

A “BOMBA” VAI ESTOURAR NA CA/CBF (1)


Observando a cada semana as diferentes competições regionais em todo o território brasileiro, inclusas as Copas Centro Oeste, do Nordeste, a Primeira Liga e os campeonatos regionais, vê-se claramente a ausência de novos árbitros e assistentes com talento, dom e vocação.

Na região Sul, a arbitragem está circunscrita aos veteranos Heber Roberto Lopes (FIFA/SC), Leandro Vuaden (FIFA/RS) e Sandro Meira Ricci (FIFA/SC). Se a trempe em tela sofrer qualquer problema ou forem alcançados pela idade limite de (45) anos, não tem ninguém no Sul neste momento que possua as qualidades dos apitos nominados. 

Anderson Daronco (FIFA/RS), surgiu, subiu e está desaparecendo tal qual um cometa – ou melhor: está em queda vertiginosa. Já Braulio da Silva Machado (Asp/FIFA/SC) e Rodolpho Tóski Marques (CBF-1/PR) - este último, considerado no ano que passou o melhor apito da Série (B) do Brasileirão, ainda não atingiram a maturação necessária e dependem de orientação, acompanhamento e cursos de capacitação para sabermos se reúnem as exigências de um árbitro top de linha como quer a FIFA.

Na outrora região Sudeste, sobretudo, nas federações paulista   e do Rio de Janeiro, referências em formação, capacitação e revelação de juízes e bandeiras de primeira linha - a situação é crítica a vários anos. O último nome de expressão dos paulistas foi Paulo Cesar de Oliveira. Desde a sua saída do quadro de árbitros, a decadência qualitativa se acentuou. Situação semelhante ou pior vivencia o Rio de Janeiro.

Os mineiros que nunca tiveram tradição na arbitragem nacional, acenam com a possibilidade promissora de Ricardo Marques Ribeiro - que desde que mantenha a linha de conduta na condução das partidas nacionais e internacionais, adotadas no ano que passou, irá inserir Minas Gerais pela primeira vez nas últimas décadas num patamar de excelência.
  
Nas demais regiões, Norte, Nordeste e Centro Oeste o cenário de pobreza se acentua ainda mais - e não há indícios de que alguma revelação com talento, vocação e dom poderá surgir nas próximas temporadas à arbitragem brasileira. A última novidade da região Norte, foi Dewson de Freitas (FIFA/PA), que está em processo de maturação e não se sabe ainda se será ou não um árbitro da primeira linha do futebol pentacampeão.

O retrato da arbitragem brasileira em âmbito nacional nestes primeiros meses exibido pela TV, de terça-feira a domingo é este e não há outro. Além de não termos nenhum árbitro promissor nos torneios mencionados, aqueles apitos e bandeiras com maior bagagem dirigem os confrontos empregando a “mesmice” e o “jeitinho” brasileiro de administrar.

PS: Pergunto: onde está o investimento financeiro, técnico, profissional, psicológico, físico, tático, anunciado pelas federações de futebol na formação e requalificação da arbitragem? A crise econômica que dá seus primeiros sinais e irá crescer de maneira inafastável no segundo semestre, a ausência de público nos estádios, a falta de qualidade das equipes, a queda na arrecadação acoplada a baixíssima qualidade da arbitragem nos jogos do Campeonato Brasileiro, que terá início nos primeiros dias de maio, vai colocar a “bomba” prestes a explodir nas mãos da CBF. 

PS (2):Por que "A BOMBA VAI ESTOURAR NA CA/CBF?". Porque a arbitragem que está atuando nas competições referidas acima, com raríssimas exceções será a mesma no BRASILEIRÃO.    

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