quarta-feira, 27 de abril de 2016

A "BOMBA" VAI ESTOURAR NA CA/CBF (2)

    Após o Gre-Nal deste ano onde foi permissivo com a violência, Anderson Daronco, tirou nota 4,5 no teste teórico da CBF - foto: Lauro Alves/Agência/RBS

No último dia 19 postamos aqui neste espaço a matéria com a  epígrafe que dá título à este articulado, só que com o número (1). Apesar das incompreensões e das críticas, tivemos coragem de relatar o que está acontecendo na arbitragem em âmbito nacional. Porque observando as diferentes competições neste início de temporada no futebol brasileiro, é visível que a confraria do apito não está se saindo a contento. Na mesma matéria dissemos que vai sobrar para a CA/CBF, porque a arbitragem que está laborando nos campeonatos regionais, copas e outros, com raras exceções será a que veremos no Campeonato Brasileiro.

Uma semana depois da nossa assertiva, explode a primeira “BOMBA” via site APITO NACIONAL – “todos os assessores e delegados de arbitragem da Federação de Futebol do Rio de Janeiro e da Federação Gaúcha de Futebol, foram reprovados no teste teórico da CBF. Assessores e delegados indicados pelas suas federações para exercerem a função no Campeonato Brasileiro. Função que tem por missão precípua confeccionar um relatório justo, equilibrado e tecnicamente correto conforme preceituado no manual das REGRAS DE FUTEBOL na (pág. 128) – das tomadas de decisões do árbitro, dos assistente e do quarto árbitro.

O mesmo site noticia que o melhor árbitro de futebol do Brasil de 2015, Anderson Daronco (FIFA/RS), no teste teórico realizado pela CBF, obteve nota 4,5 – os fatos aqui narrados corroboram as nossas inúmeras críticas, sobre a precariedade que existe nas federações de futebol no que tange a arbitragem. Aliás, Daronco foi o árbitro que permitiu o lance de maior violência nesta temporada no futebol brasileiro, por ocasião do Gre-Nal.

A reprovação dos assessores e delegados de arbitragem, acoplada ao desempenho pífio no teste das Regras de Futebol do melhor apito do ano passado, abre fenda de proporções gigantescas de desconfiança nas futuras tomadas de decisões dos homens de preto, no Brasileirão que terá início dentro de duas semanas.

Enquanto os cartolas, os clubes, a televisão, a CBF, as federações, os técnicos, os atletas e outros segmentos que atuam no futebol evoluíram 100% em todos os setores, o árbitro ficou circunscrito a brigar por escalas tal qual um “náufrago” em alto mar. Além do exposto, associações e sindicatos que representam a categoria com raras exceções, foram cooptadas vergonhosamente pelas federações e a CBF em troca de prebendas e sinecuras.

PS (1): Com o cenário que está latente aos olhos de todos não há dúvida: “A BOMBA VAI ESTOURAR NA CA/CBF.”

PS (2): O fato acontecido com Daronco, despertou nos homens que manejam o apito e as bandeiras na terra dos Pampas, a lembrança do trabalho de excelência que realizaram quando presidiram o SAFERGS, os ex-presidentes Carlos Eugênio Simon e Ciro Camargo.

PS (3): Na palestra que proferiu na terça-feira (26), na sede da CBF, na semana da evolução do futebol brasileiro, o ex-árbitro  de Portugal, Vitor Pereira, exibiu a extraordinária estrutura existente na Federação Portuguesa de Futebol no que diz respeito a formação e capacitação continuada do árbitro naquele país. São (38) centros de treinamentos equipados com instrutores e tecnologia de primeiro mundo - que tem a missão precípua de descobrir seres humanos que tenham no seu DNA o talento, a vocação e o dom para ser árbitro de futebol. O futebol brasileiro deu um tiro certeiro e ao mesmo tempo tomou uma lição pedagógica ao trazer Vitor Pereira neste evento. A arbitragem brasileira se houver vontade e inteligência dos seus dirigentes, e, colocar em prática parte do que falou o dirigente português, em curto espaço de tempo dará um salto qualitativo.  

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