quinta-feira, 31 de março de 2016

Assembleia terá que ser incisiva, ou então estará desacreditada.

Marco Antonio Martins presidente da Anaf irá presidir a reunião da entidade
  • A Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) realiza a partir desta (1º) até domingo (3), na cidade de Florianópolis (SC), a 40ª  assembleia de trabalho da entidade. Além da diretoria da Anaf, o evento em tela terá a participação das associações de árbitros de futebol que são maioria e dos sindicatos que são minoria.
  • Observando a pauta e os temas que serão tratados na aludida reunião, constatei a ausência de situações relevantes à confraria do apito que labuta nas competições da CBF. Por exemplo: o patrocínio que é exibido nas mangas das camisas e nas costas da arbitragem que labora nas competições da CBF não é mencionado.

  • Pergunto: quais os valores desses patrocínios, duração do contrato e qual é o percentual financeiro investido na capacitação de todos os árbitros da Renaf?  Repito, todos!
  • Há mais de uma década a FIFA determinou que o montante arrecadado com o propaganda estampada nas mangas das camisas, deve ser revertidos em cursos de capacitação continuada à toda a categoria.
  • Não há notícia de que algum dia este fato aconteceu no futebol brasileiro, o que demanda uma explicação da Anaf aos apitos e bandeiras sobre o assunto. Quanto a logomarca estampada nas costas das camisas é proibida pela FIFA. Aqui não há o que discutir. Mas a Anaf se omite mais uma vez.
  • O direito de imagem está na pauta, porém, é imperativo informar de maneira correta aos bandeiras e juízes que assinaram a procuração do equivoco inominável da Anaf e do seu departamento jurídico, quando ajuizou a ação na Comarca de Recife (PE).
  • E a prova cabal do equívoco fica robustecida com a devolução do juízo da terra do frevo da ação ao Poder Judiciário do Rio de Janeiro, sede da emissora que detém os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Neste quesito não há o que explicar. Tem que assumir que houve equívoco e ponto final. Aliás, quem é o diretor jurídico da Anaf?
  • Pesquisa que realizei junto a renomados juristas a respeito do direito de imagem, foi incisiva: se não for regulamentada em  lei pelo Congresso Nacional em Brasília, o direito de imagem à arbitragem vai se transformar num perde e ganha sem precedentes (ganha em primeira instância e perde em segunda etc.......) - Numa linguagem simples: o direito de imagem se tiver o modus operandi do direito de arena, o seu caminho será o beleléu.
  • Outro questão pautada para ser discutida e não entendi o porquê, relaciona-se a profissionalização do árbitro. Se quando o projeto da profissionalização da arbitragem esteve no Congresso Nacional, e lá perambulou por mais de uma década em diferentes comissões, não houve a mobilização necessária para contemplar a classe na sua plenitude, pelo contrário, o projeto original foi descaracterizado paulatinamente, não será agora que a situação vigente irá mudar de rumo. Falar em profissionalização neste momento é uma “lorota” que só os mitômanos podem acreditar.
  • Me chamou a atenção na pauta, a falta de definição de quem deve ser o interlocutor político da categoria dos homens de preto em Brasília, sobretudo, na Câmara dos Deputados.
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  • Faço a colocação em tela, porque a Anaf no ano que passou, alçou como seu representante na capital federal, o ex-árbitro Evandro Rogério Romam. Apesar de demonstrar interesse nas reivindicações da arbitragem, Romam fracassou vertiginosamente no primeiro pleito que avocou, o direito de arena à classe. O que precisa ser discutido é se Romam é ou não a pessoa certa para continuar representando os homens de preto no Congresso Nacional.

    Outro ponto importante que deve ser discutido exaustivamente nessa assembleia, está vinculado ao “fiasco” protagonizado pelos “sindicalistas na formatação da documentação para obtenção da Certidão de Registro Sindical (Carta Sindical) -  e, por conseguinte, como manter o sindicato ativo perante a Coordenação Geral de Registro Sindical do ministério do Trabalho e Emprego.

    Na consulta efetivada por este colunista no ultimo dia 5/2/2016, perante a Coordenação Geral de Registro Sindical, apenas três sindicatos estavam com a documentação ativa. Paraná, Rio G. do Sul e São Paulo.

    PS: Dado o exposto aqui neste articulado, aguarda-se uma linha de ação conjunta daqui para frente da Anaf e associações nas questões de relevância à categoria, ou então está aberta a porta para se colocar em cheque as futuras assembleias de trabalho e congressos da Anaf. Lembro que o resultado das assembleias de trabalho e congressos da Anaf até o momento, tem proporcionado o aumento das milhas aéreas e um belíssimo "tour" àqueles que tem o privilégio de participarem desses eventos.
  • PS (2): Apesar de terem ciência de que o sindicato dos árbitros de futebol profissional do Paraná, está com sua documentação rigorosamente em dia no ministério do Trabalho e Emprego, e, quando da eleição da futura Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol, a associação dos árbitros do Paraná não terá direito a voto, a diretoria da Anaf de forma inexplicável e com pensamento pequeno, pretere o sindicato em detrimento da associação. Este tipo de comportamento da Anaf, explica porque o árbitro no Brasil é humilhado, desacreditado, ocupa o último vagão do futebol e está caminhando a passos gigantescos para ser lançado no bagageiro desse mesmo vagão.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Raio-X da arbitragem

A participação do instrutor de arbitragem da CBF e membro do Painel Técnico do (IFAB), Manoel Serapião Filho, na pré-temporada promovida pela Federação Paranaense de Futebol em conjunto com a associação dos árbitros do Paraná ao quadro de arbitragem da casa Gêneris Calvo, não produziu os efeitos desejáveis nas tomadas de decisões dos apitos e bandeiras no atual Campeonato Paranaense.
Por ser um instrutor consagrado no cenário nacional e internacional, Serapião, gerou a expectativa em todos de que seus métodos de excelência ao serem aplicados na pré-temporada aos homens de preto da (FPF), poderia mudar o cenário de pobreza qualitativa que há anos vivencia a arbitragem paranaense.

Após a primeira rodada, os erros de interpretação e aplicação das REGRAS DE FUTEBOL se acentuaram e a perspectiva para a próxima fase é no mínimo preocupante. Não há critério na marcação das faltas, na lei da vantagem, na punição dos cartões amarelos e vermelho e, na REGRA - 11 - IMPEDIMENTO - os assistentes erraram e erraram feio.

Enquanto a (FPF) não formar uma equipe de alto nível para identificar o talento, o dom e a vocação dos seus árbitros, a presença de instrutores de excelência como Manoel Serapião terá pouquíssimo efeito na requalificação do seu quadro de arbitragem.

E, a partir da próxima fase, fui informado de que algumas equipes não desejam a presença de determinados árbitros e bandeiras nos seus jogos - fato levado ao conhecimento em "Off" ao presidente da Federação Paranaense de Futebol Helio Cury e ao presidente da comissão de arbitragem Afonso Vitor de Oliveira. Resta saber qual será a posição da (FPF) sobre o o fato.

PS: O tema árbitro de vídeo será objeto da reunião e discussão do (IFAB) no próximo mês de abril. Porém, as informações que obtive de um ex-árbitro FIFA que esteve nos últimos dias em Zurique e Nyon, ambas na (Suíça), a posição dos membros do Board e do Comitê de Arbitragem da entidade que controla o futebol no planeta, é, de que o experimento em tela seja testado em competições Sub-17, Sub-20 da UEFA e da FIFA -,  a exemplo da quarta substituição que será testada no Mundial Sub-17 feminino na Papua Nova Guiné, na Oceania. 

PS (2): Pergunto: a 40ª Reunião de Trabalho da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), que será realizada em Florianópolis (SC), no período de 1 a 3 de abril próximo - irá discutir pra valer as questões de interesse da confraria dos homens de preto do futebol brasileiro ou será um convescote? Aliás, observei que a pauta da indigitada reunião não faz nenhuma menção ao patrocínio que é exibido nas mangas das camisas e nas costas dos árbitros que laboram nas competições da CBF.

PS (3): Já a principal "lorota" da pauta, diz respeito "a profissionalização do árbitro". Profissionalização que não aconteceu e não irá acontecer enquanto a Anaf e demais congêneres aceitarem que associação que não terá direito a voto na eleição da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol, continue representando a categoria do apito em detrimento do sindicato.

PS (4): Enquanto persistir esta linha medíocre de pensamento e de ação da Anaf e demais congêneres, o árbitro de futebol no Brasil será o que sempre foi quando comete qualquer equívoco de interpretação e aplicação das Regras de Futebol: humilhado, tratado pelos cartolas e demais segmentos do futebol como um ser desprezível e sem nenhum reconhecimento. E a sua atividade continuará na mesma toada, ou seja, sendo "bico".  


        








sexta-feira, 25 de março de 2016

Na capa do Clarín

    Heber Roberto Lopes (FIFA/SC) - foto: Clarín (Argentina)

O caderno de esportes do periódico CLARIN da Argentina, estampa nesta sexta-feira Santa (25), a foto do árbitro Heber Roberto Lopes (FIFA/SC), que na noite da quinta (24), comandou o  confronto Chile 1 x 2 Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia em 2018.

Neste prélio comandado por Heber Roberto Lopes, atuaram alguns atletas que atuam nas melhores equipes do futebol mundial como Romero, Messi, Higuain, Aguero, Lavezzi (Argentina), Bravo, Isla, Mena, Aléxis Sanchez e Pizzi (Chile). 

Observando o jogo e lendo os comentários a respeito dos acontecimentos da partida em tela no próprio CLARIN, no LA NACION ambos de Buenos Aires e no EL MERCURIO do Chile, não há uma única citação questionando as tomadas de decisões de Heber considerado um dos melhores apitos do futebol Sul-americano.


Heber é recordista em jogos da Série (A) do Campeonato Brasileiro (308), recordista em dirigir finais nos diferentes campeonatos no Brasil - já ultrapassou a marca de (100) partidas pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e está próximo de completar meia centena de partidas pelas Eliminatórias.

Os fatos aqui narrados sobre Heber Roberto Lopes, laureia-o ao lado de Carlos Eugênio Simon (três Mundiais consecutivos, 2002, 2006 e 2010), como os únicos dois árbitros de todos os tempos do futebol pentacampeão a atingirem conquista de tamanha relevância.
   
PS: O paupérrimo e obsoleto futebol do Paraná foi incapaz de reconhecer o Know-how de excelência de Heber Roberto Lopes. Razão pela qual há três anos ele nos deixou e pela terceira temporada consecutiva expõe seu talento, seu dom e sua vocação  a serviço  da Federação Catarinense de Futebol – e lá ao lado de Sandro Meira Ricci, desfruta o privilégio de ser o mais bem pago profissional do apito do futebol brasileiro. 

PS (2): A entrevista com o presidente da CA/CBF, professor Sérgio Corrêa da Silva, será publicada neste espaço na próxima quarta-feira (30). O atraso se justifica em função da falta de tempo deste colunista e, sobretudo, do conteúdo de alto nível da indigitada entrevista.  
 

quarta-feira, 23 de março de 2016

Nota da Apaf/PR : semiamadora

A Associação Profissional dos Árbitros de Futebol - APAF/PR, após a comissão de arbitragem da Federação Paranaense de Futebol (FPF) anunciar o afastamento do árbitro assistente Leandro Luiz Zeni, por equívocos cometidos no confronto Foz 3 x 3 Paraná Clube, no domingo (20), emitiu nota nesta quarta-feira (23) afirmando que: o trabalho desenvolvido pela comissão de árbitros da (FPF) é excelente. Das duas, uma: ou a associação dos árbitros do Paraná se equivocou no conceito de excelência ou então faltou coragem para falar a verdade.

Há dez anos o quadro de árbitros da (FPF) está circunscrito a pré-temporada e nada mais. Há dez anos a comissão de arbitragem da (FPF) é comandada por Afonso Vitor de Oliveira. Nestes dez anos não há notícia de que a (FPF) e/ou associação tenham realizado um painel, um congresso ou seminário de arbitragem ou intercâmbio com instrutores internacionais fora da pré-temporada.

Há exatos uma década o futebol do Paraná não consegue emplacar um árbitro (apito) no quadro de Asp/FIFA. Por quê? Porque nunca houve e não se conhece nenhum projeto que contemple, analise e  trabalhe o talento, o dom e a vocação dos árbitros da terra das araucárias.

Diante da negativa em tela, o resultado é que em todas as oportunidades que houve a abertura de vagas no quadro Asp/FIFA na CBF, o setor de arbitragem da nossa federação não conseguiu indicar um candidato que preenchesse os requisitos exigidos para tal quadro. Aliás, o Paraná tinha duas vagas no quadro de árbitros da FIFA - perdeu ambas na gestão de Afonso Vitor e não dá sinais de que irá recuperá-las tão cedo.

Lembro que a CA/CBF não escala os árbitros (apitos) da (FPF) e sequer os insere em sorteios nos jogos da Série (A) há um bom tempo. Se existir alguma dúvida basta acessar o link: http://www.cbf.com.br/arbitragem/relacao-de-arbitros#.VvMaQjEvae0dos últimos cinco anos e se constatará a ausência dos nossos apitadores. A exceção foi Rodolpho Toski Marques no ano que passou.

Diz a Apaf/PR na nota que a arbitragem é amadora e as taxas que são pagas aos árbitros, não condizem com a importância das sibilinas funções que os homens de preto desempenham no seu labor.
                Afonso Vitor de Oliveira de camisa branca
Tem razão a Apaf/PR - Só faltou dizer os motivos que levam a arbitragem do Paraná e, por consequência, do Brasil a ser não  amadora, mas semiamadora. O primeiro diz respeito a cartolagem que maneja o futebol pentacampeão, que sempre jogou contra qualquer avanço da arbitragem. O segundo são as associações e sindicatos da categoria, que na sua maioria foram cooptadas pelas federações de futebol, e, pouco ou nada fizeram nos últimos anos para mudar o quadro de semiamadorismo que viceja entre os homens de preto. 

E o terceiro atinge os maiores interessados, os próprios árbitros que se acomodaram e ao invés de evoluírem, optaram em brigar tal qual um náufrago em alto mar por “escalas”. Quanto a remuneração não há nenhuma dúvida de que os valores pagos à arbitragem não condizem com a importância por ela praticada na direção de uma partida.

Quanto ao direito de a (FPF) afastar aqueles árbitros e assistentes que procederem em descompasso com as REGRAS DE FUTEBOL, concordo. Mas faltou a Apaf/PR nominar e exigir que a (FPF) deve implementar uma comissão de alto nível no setor da arbitragem da casa Gêneris Calvo, objetivando incontinenti aos erros de interpretação e aplicação das regras submeter aqueles que erraram a um curso de requalificação.

A imprensa apontar e criticar os erros de arbitragem que trazem prejuízos aos clubes e ao consumidor que é o torcedor, e de acordo com o Estatuto do Torcedor [LEI No 10.671, DE 15 DE MAIO DE 2003.] tem direito a arbitragens de alto nível não significa crime.

PS: (11) diretores da atual diretoria da associação dos árbitros de futebol do Paraná estão em plena atividade na Federação Paranaense de Futebol (FPF) - inclusive o presidente da entidade Adriano Milczvski. O fato em si queiram ou não impede a Apaf/PR de pleitear de forma isenta melhorias à confraria do apito da (FPF) - até porque a maioria esmagadora dos seus dirigentes depende da federação para serem escalados. 

Assessor e delegado de arbitragem devem ser imparciais

A CBF visando a modernização do futebol brasileiro implementou um Comitê de Reformas, que tem por objetivo específico mudar a sua face e extirpar alguns legados negativos das administrações anteriores.

A arbitragem em que pese as inúmeras denúncias que pesam contra a instituição na área administrativa, conseguiu sobreviver incólume ao mar de lama que se instalou na CBF. Mas nem por isto deixa de ter problemas.

O principal entrave ético e incompatível que vivencia a CBF no setor do apito, está na indicação de dirigentess das federações de futebol, das associações e sindicato de árbitros para atuarem como assessores e delegados de arbitragem nos Campeonatos promovidos pela CBF. 

É ANTIÉTICO, INCOMPATÍVEL e não é aceitável nenhuma desculpa a escalação dos dirigentes acima mencionados, porque o Campeonato Brasileiro das Séries (A, B, C, D, a Copa do Brasil, o Sub-17 e o Sub-20), são competições que tem a direção, organização, regulamento,arbitragem, estádios e delegados designados pela CBF.

Dirigente de federação é eleito para defender os interesses dos filiados da sua entidade perante o contexto que lhe é permitido atuar. Sindicalista de associação ou sindicato é eleito para reivindicar e defender os interesses da categoria do apito junto aos clubes, federações, CBF e na Justiça do Trabalho.

Permitir a indicação e escalar os dirigentes acima mencionados, para exercerem as funções de assessor ou delegado de arbitragem nas competições da CBF, "cheira mal". Quebra a incolumidade, a independência e coloca sob suspeita a veracidade do conteúdo do relatório por eles realizado sobre as tomadas de decisões dos homens de preto do futebol brasileiro.

Diante do exposto, espera-se que a direção da CBF e o Comitê de Reformas insiram no arcabouço que está sendo montado na reestruturação do futebol brasileiro, a proibição da indicação de dirigentes das federações de futebol e de sindicalistas de arbitragem a partir desta temporada na função de assessor ou delegado de arbitragem. E, por consequência, que somente ex-árbitros sem nenhuma vinculacão com as entidades aqui mencionadas possam desempenhar a missão de assessor ou delegado.

É o mínimo que se espera da CBF e do Comitê de Reformas na área da arbitragem - além de moralizar e valorizar os assessores e delegados de arbitragem, a medida resgata a credibilidade e dá total independência aos futuros relatórios sobre as ações da confraria do apito que labora nas partidas sob a regência da CBF. 
    

 



       

terça-feira, 22 de março de 2016

Arbitragem desunida, fácil de ser vencida



Tenho reiterado aqui neste espaço que todos os setores que atuam no futebol brasileiro conseguiram evoluir nas últimas décadas.  A maioria se organizou em sindicatos, confederações e federações, exceto a arbitragem. Vivencio este setor desde 1979, e não conheço nenhuma categoria do futebol brasileiro que exiba com “rara” precisão tamanha desunião e autofagismo como a dos homens manejam o apito e as bandeiras. É algo inimaginável que só quem é do meio pode acreditar e decifrar.

Tanto é verdade que de todas as classes trabalhadoras que laboram no futebol, a arbitragem foi a última a conseguir a regulamentação da sua atividade. Regulamentação que aconteceu após onze anos de intensa batalha no Congresso Nacional, em outubro de 2013. Regulamentação que foi sancionada a meia-boca - porque a arbitragem continua sendo em 2016 para o homem de preto no Brasil, o que sempre foi desde os primórdios, um autêntico “bico”.

Entrincheirados em associações cuja representatividade é precária, mas propicia “prebendas e/ou sinecuras” à quem está no “pudê”, e cooptados pela maioria das federações de futebol, ao invés de criarem sindicatos e fundarem a Federação, a "tchurma" que administra as associações não quer ouvir e muito menos discutir a criação de novos sindicatos ou até mesmo a Federação dos Árbitros. 

Lembro que categoria do apito possui apenas três sindicatos - [PARANÁ, R. G. do SUL e SÃO PAULO] - que estão em consonância com as leis exigidas perante a Coordenação Geral de Registro Sindical, órgão vinculado ao ministério do Trabalho e Emprego.

Destaco que em relação a Certidão de Registro Sindical (Carta Sindical), o presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), Marco Antonio Martins, telefonou à este colunista afirmando que: “As entidades de arbitragem tem feito a sua parte, porém, o ministério do Trabalho e Emprego e/ou governo não tem sido receptivo na  concessão de novas (Cartas Sindicais)”.

Em contato com Brasília a resposta foi: “A documentação apresentada por algumas entidades de arbitragem perante a coordenação acima nominada nos últimos anos, estava em descompasso com as exigências do ministério do Trabalho e Emprego”. Além disso, há inúmeras solicitações de várias categorias e por este motivo foi estabelecido uma escala cronológica para a concessão da (Carta Sindical). 

Fatos noticiados aqui neste espaço no último dia 6 de fevereiro - e, comprovado com a emissão das certidões pela Coordenação Geral de Registro Sindical, de que apenas os três sindicatos citados acima estão com suas situações ativas na atualidade.

Diante do motivado, é necessário que a Anaf elabore e organize um congresso de excelência com a participação de juristas, sindicalistas, deputados federais e senadores, já que são eles que elaboram e aprovam as leis em amplitude nacional e, sobretudo, com pessoas que possuam identidade com a arbitragem e que tenham conhecimento das verdadeiras necessidades da categoria, objetivando tornar suas decisões no campo de jogo em nível de excelência.

PS: Ou muda a maneira de pensar e agir da Anaf e associações de árbitros, ou então as reuniões de trabalho, congressos, seminários que foram e vem sendo realizados aleatoriamente em torno do tema arbitragem terá “efeito traque”.

PS (2): Na ausência de um projeto de excelência que contemple um curso de capacitação continuada ao seu quadro de árbitros que nunca teve, a não ser que foi implementado recentemente - a Federação Paranaense de Futebol (FPF), via comissão de arbitragem da entidade, que tem como característica principal o continuísmo de Afonso Vitor de Oliveira, puniu mais um assistente por equívocos cometidos no prelio Foz 3 x 3 Paraná Clube, pela 10ª rodada do campeonato paranaense. Pergunta: 

PS (3): Quando é que a associação dos árbitros do Paraná vai cobrar da (FPF), a implementação de um curso de requalificação de alto nível aos seus associados, por ocasião dos equivocos cometidos na interpretação e aplicação das Regras de Futebol nas competições da entidade? Ou virá com uma nota de apoio que não resolve absolutamente nada.