quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Reunião de trabalho anual do (IFAB)

     Jonathan Ford, o segundo da esquerda para à direita irá presidir a reunião

  • O International Football Association Board (IFAB), anunciou a agenda de trabalho anual que irá acontecer no dia (7) de janeiro de 2016, no Royal Garden Hotel, em Londres (Inglaterra). 

  • A ABM atua como uma reunião preparatória para a Assembleia Geral Anual (AGM) - o único fórum onde podem ser efetivadas mudanças nas Regras  do Jogo. O (IFAB) é um órgão independente e responsável por debater, definir, autorizar experimentos e modificar as leis que regem o futebol dentro das quatro linhas desde 1886. 

  • Na reunião serão discutidos temas como: assistência de vídeo aos árbitros, o que não é permitido atualmente no futebol. O árbitro de vídeo já foi discutido em várias reuniões pelos dois novos painéis consultivos - o Painel Consultivo de Futebol e o Painel Técnico Consultivo - que foram criados em 2014 para apoiar o (IFAB) com maior experiência antes de as decisões serem debatidas.

  • O árbitro de vídeo tem dois estudos que foram apresentados ao International Board. A (KNVB) Federação Holandesa de Futebol,  vêm realizando há dois anos nas categorias de base a experiência - experimento testado na teoria e na prática em trinta e cinco partidas.

  • A CBF via o representante da Conmebol no (IFAB), o brasileiro Manoel Serapião, exibiu um estudo técnico sem a praticidade. Resta saber qual será o resultado de mais uma rodada de debates sobre o assunto, árbitro de vídeo, e que modelo será implementado imediatamente ou não, ou se teremos a continuidade de novos testes sobre o fato. 

  • O (IFAB) tem trabalhado os potenciais cenários e protocolos claramente e como eles podem ser testados, com a idéia de que experiências bem administradas são a melhor maneira de entender os prós e contras de assistência de vídeo em full.

  • Outro tópico importante que será objeto de discussão na reunião, diz respeito a revisão completa das Regras do Jogo no que concerne a estrutura, layout, terminologia, fraseado e consistência. O objetivo da revisão é para aumentar a universalidade e a aceitação das leis, tornando-as mais fáceis de entender e interpretar. O novo formato é esperado para ser incluído na edição 2016/2017, sujeito à aprovação da Assembleia Geral em março de 2016.

  • Feedback dos painéis consultivos irá ajudar o (IFAB) quando deliberar sobre uma série de outros itens, incluindo a "punição tripla", o uso de "caixas de pecado" e (Regra - 3) - o número de jogadores em termos potenciais para que seja permitido  a quarta substituto nas partidas em que for necessário a prorrogação.  Atualmente só são permitidas três ubstiuções num confronto de futebol.

  • O (IFAB) também receberá uma atualização sobre o processo em curso para introduzir um Programa de Qualidade da FIFA para desempenho e acompanhamento de sistemas eletrônicos, enquanto será mantido discussões iniciais sobre sinais do árbitro com a mão, bem como em considerações relacionadas ao comportamento antidesportivo de atletas e técnicos em on e off no campo de jogo.

  • A reunião será presidida por Jonathan Ford, presidente-executivo da Associação de Futebol do País de Gales. A Assembléia Geral Ordinária de número 130 está programada para acontecer em Londres (Inglaterra), de 4 a 6 de março de 2016.

  • Os membros da (IFAB) as quatro associações de futebol britânicas, a Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, bem como a FIFA, representando as (205) associações nacionais se revezam para sediar a reunião em rotação. Qualquer alteração às Regras do Jogo requer uma maioria de seis dos oito votos.

  • PS: Desejo à todos os leitores que nos acompanharam ao longo deste 2015, um FELIZ NATAL e um 2016 com saúde, repleto de realizações extensivo aos seus insignes familiares.




sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

CA/CBF promove Workshop

A CA/CBF está convidando via Circular 036/2015, os (27) presidentes das comissões de árbitros do futebol brasileiro para participarem do “PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLURIANUAL DA ARBITRAGEM BRASILEIRA”, a ser realizado, no período: 30/01 a 03/02/16, na cidade do Rio de Janeiro. O encontro tem como objetivo aprimorar, agregar e elevar o atual modelo da arbitragem brasileira, além de promover a conexão, o intercâmbio das melhores práticas entre os altos dirigentes da arbitragem no país.

A medida adotada pela CA/CBF que é comandada pelo instrutor CONMEBOL/CBF/FIFA Sérgio Corrêa da Silva, representa um avanço significativo à arbitragem brasileira, porque irá agregar numa única toada, todos os dirigentes de arbitragem das federações de futebol, e, talvez seja possível a partir da realização do evento em tela, estabelecer–se um padrão de formação e requalificação de todos os homens de preto do futebol pentacampeão.
Ponto positivo para o incansável Sérgio Corrêa e seus congêneres, sobretudo, pela antevisão, e tomara que esse intercâmbio seja reiterado ao menos três vezes ao ano, o que irá na nossa opinião substanciar todos os envolvidos no quesito do apito do nosso futebol.

José Maria Garcia Aranda (ex-árbitro/FIFA/ESPANHA), ex-membro do Comitê de Árbitros da Uefa e ex-diretor técnico de arbitragem da Fifa durante oito anos, será o palestrante internacional do Workshop. A presença de Aranda, personagem reconhecida na área da arbitragem em âmbito internacional, dá magnitude ao seminário e coloca a confraria do apito brasileiro em situação de relevo em todo o planeta.


Confira no link abaixo a programação do Workshop:
http://www.cbf.com.br/arbitragem/comissao-oficios-circulares/workshop-da-arbitragem#.VnNfJ_mDGko

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Dezoito árbitros escolhidos para a EUROCOPA 2016

     Cüneyt Cakir (FIFA/Turquia), um dos melhores referees da Europa foi selecionado para a Eurocopa na França

A UEFA anunciou os nomes do 18 árbitros para o UEFA EURO 2016. ©UEFA.com
O Comitê de Arbitragem da UEFA nomeou os 18 árbitros que vão dirigir os 51 jogos do UEFA EURO/COPA 2016. Tal como aconteceu no EURO 2012 e na Qualificação Europeia para o UEFA/EURO 2016, os árbitros vão contar com a colaboração de árbitros assistentes adicionais.

As equipes serão compostas por um árbitro, dois árbitros assistentes e dois árbitros assistentes adicionais. A maioria dos árbitros assistentes e assistentes adicionais serão oriundos do mesmo país do árbitro principal. Será também nomeado um terceiro árbitro assistente que ficará de prevenção até ao início da prova. As equipes de arbitragem completas serão anunciadas em Fevereiro de 2016.

Os preparativos dos árbitros para o UEFA/EURO/2016 vão incluir diversos cursos e atividades físicas, entre as quais:

• De 26 a 28 de Janeiro – Curso de árbitros assistentes em Chipre.
• De 1 a 5 de Fevereiro - Curso anual de Inverno da UEFA com todos os árbitros de elite, incluindo os juízes que vão estar no UEFA/EURO 2016. Os árbitros vão receber instruções técnicas, bem como planos físicos de treino para seguirem até ao início da fase final.

• De 18 a 22 de Abril - Curso preparatório dos árbitros do UEFA/EURO 2016 na França. Os “quintetos” de arbitragem vão treinar juntos e serão submetidos a testes físicos, aproveitando também para rever a aplicação das instruções técnicas recebidas. As equipes de arbitragem vão chegar a França para a fase final a 6 de Junho.

Lista de árbitros escolhidos
Martin Atkinson (Inglaterra)
Felix Brych (Alemanha)
Cüneyt Cakir (Turquia)
Mark Clattenburg (Inglaterra)
William Collum (Escócia)
Jonas Eriksson (Suécia)
Ovidiu Hategan (Romenia)
Sergey Karasev (Rússia)
Viktor Kassai (Hungria)
Pavel Kralovec (República Checa)
Bjorn Kuipers (Holanda)
Szymon Marciniak (Polonia)
Milorad Mažić (Sérvia)
Svein Moen (Noruega)
Nicola Rizzoli (Itália)
Damir Skomina (Eslovenia)
Clément Turpin (França)
Carlos Velasco Carballo (Espanha)

Fonte: UEFA.COM

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pauta “extemporânea”

    Apesar do descaso da cartolagem com a arbitragem, Heber Roberto Lopes ao centro, teve temporada auspiciosa

Marco Polo Del Nero foi guindado ao comando da CBF em abril/2015. Portanto, não foi por falta de tempo e de oportunidade que a pauta de reivindicações da confraria do apito apresentada pela Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), há poucos meses e reiterada no último dia (3) do mês em curso deixou de ser atendida. CBF e (Anaf), tiveram oito meses para negociar os pleitos dos homens de preto.
   
A verdade é que a CBF, as federações de futebol e os cartolas que gerem os clubes, em função de uma cultura anacrônica enraizada há décadas no futebol brasileiro, sempre trataram a  arbitragem, fundamental para o sucesso de uma competição de alto nível, como se fosse filigrana.
  
Não obstante o tratamento serviçal dispendido pela cartolagem do nosso futebol ao árbitro, nos últimos anos, dois setores da arbitragem vem agindo como litisconsorte com os cartolas contra juízes e bandeiras: as associações e os sindicatos da categoria.

As associações não têm representatividade sindical e não desejam a criação de sindicatos, porque perderão a “boquinha”, as prebendas e sinecuras”. Já os sindicatos, com prerrogativas garantidas na Constituição brasileira, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e com acento no ministério do Trabalho, deixaram-se cooptar pelos cargos que ocupam na CBF e nas federações de futebol.

Com o cenário em tela, fica evidenciado que a pauta protocolada pela Anaf - junto a Confederação Brasileira de Futebol, dificilmente será atendida pela entidade - e a exemplo das demais demandas requeridas este ano que está terminando, terá o caminho do “beleléu”.

PS: Anaf, associações e os oito sindicatos de árbitros que detém a Certidão de Registro Sindical (Carta Sindical), reuniram-se três vezes neste 2015, mas não atingiram nenhuma conquista aos homens de preto do futebol brasileiro.    

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O futebol brasileiro não vai mudar

Em artigo publicado na Folha de São Paulo no domingo (13), [O futebol brasileiro vai mudar], Marcus Vicente, presidente interino da CBF, discorre a respeito da caótica situação que vivencia o futebol brasileiro na atualidade e apresenta quatro eixos que poderão modernizar o principal esporte do País.

É óbvio que há ingente interesse da comunidade do futebol pentacampeão, de que surja uma luz no final do túnel após tantas denúncias envolvendo os três últimos presidentes da entidade que gere o nosso futebol. Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, conseguiram a “proeza” de tirar o futebol brasileiro das páginas esportivas e colocá-lo no noticiário policial dos principais periódicos do planeta. 
  
Mas o que me interessou do texto de Vicente um dos vice-presidentes de Del Nero, foi o eixo arbitragem -  diz o dirigente em tela que vai: “Priorizar a capacitação e o treinamento do quadro de árbitros e assistentes da CBF, seguindo com rigor as normas da Fifa”.

Se entendi direito, até a publicação do articulado do indigitado cartola, a arbitragem que labora nas diferentes competições da CBF, até então nunca foi prioridade.

Prioridade que nunca foi materializada por Ricardo Teixeira que em (7/4/2007), quando do lançamento do manual SINAIS DE TRÂNSITO DO ÁRBITRO DE FUTEBOL, enfatizou que o Vade-mécum trazia recomendações específicas que visavam o aperfeiçoamento técnico e cultural do profissional da arbitragem. O conteúdo do manual é extraordinário, mas Teixeira nunca fez nada de excepcional pelo árbitro do Brasil.

Pelo contrário: explorou na vestimenta das (mangas das camisas) dos homens do apito que atuam nas competições da CBF, diferentes logomarcas de multinacionais e nunca cumpriu a determinação da Fifa de repassar à arbitragem o montante auferido das ditas publicidades. 
 
José Maria Marin manteve o mesmo “modus operandi” de seu antecessor, e o “licenciado” Marco Polo Del Nero, incrementou a exploração “vergonhosa” de publicidades na indumentária dos apitos, bandeiras e quarto árbitros nesta temporada, com o  patrocínio de outra multinacional nas costas das camisas da arbitragem. Não há notícia de que algum árbitro ou assistente durante a estada de Del Nero pela CBF, tenha auferido um único vintém na participação dos aludidos patrocínios.

Diante do descaso comprovado da trempe Teixeira, Marin e Del Nero para com a arbitragem brasileira, que ficou restrita aos cursos da Conmebol, é impossível acreditar que uma personagem vinculada a Del Nero, como é Marcus Vicente, venha mudar o status quo vigente no setor do apito da CBF. 

PS: Há mais de uma década a arbitragem vem reivindicando a profissionalização e mais recentemente o direito de arena e de imagem. Nunca se soube que as administrações de Teixeira, Marin e Del Nero, tenham direcionado sequer um olhar para os pleitos dos homens que manejam o apito e as bandeiras nos torneios da instituição que dirige o futebol do Brasil.