segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O futebol brasileiro não vai mudar

Em artigo publicado na Folha de São Paulo no domingo (13), [O futebol brasileiro vai mudar], Marcus Vicente, presidente interino da CBF, discorre a respeito da caótica situação que vivencia o futebol brasileiro na atualidade e apresenta quatro eixos que poderão modernizar o principal esporte do País.

É óbvio que há ingente interesse da comunidade do futebol pentacampeão, de que surja uma luz no final do túnel após tantas denúncias envolvendo os três últimos presidentes da entidade que gere o nosso futebol. Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, conseguiram a “proeza” de tirar o futebol brasileiro das páginas esportivas e colocá-lo no noticiário policial dos principais periódicos do planeta. 
  
Mas o que me interessou do texto de Vicente um dos vice-presidentes de Del Nero, foi o eixo arbitragem -  diz o dirigente em tela que vai: “Priorizar a capacitação e o treinamento do quadro de árbitros e assistentes da CBF, seguindo com rigor as normas da Fifa”.

Se entendi direito, até a publicação do articulado do indigitado cartola, a arbitragem que labora nas diferentes competições da CBF, até então nunca foi prioridade.

Prioridade que nunca foi materializada por Ricardo Teixeira que em (7/4/2007), quando do lançamento do manual SINAIS DE TRÂNSITO DO ÁRBITRO DE FUTEBOL, enfatizou que o Vade-mécum trazia recomendações específicas que visavam o aperfeiçoamento técnico e cultural do profissional da arbitragem. O conteúdo do manual é extraordinário, mas Teixeira nunca fez nada de excepcional pelo árbitro do Brasil.

Pelo contrário: explorou na vestimenta das (mangas das camisas) dos homens do apito que atuam nas competições da CBF, diferentes logomarcas de multinacionais e nunca cumpriu a determinação da Fifa de repassar à arbitragem o montante auferido das ditas publicidades. 
 
José Maria Marin manteve o mesmo “modus operandi” de seu antecessor, e o “licenciado” Marco Polo Del Nero, incrementou a exploração “vergonhosa” de publicidades na indumentária dos apitos, bandeiras e quarto árbitros nesta temporada, com o  patrocínio de outra multinacional nas costas das camisas da arbitragem. Não há notícia de que algum árbitro ou assistente durante a estada de Del Nero pela CBF, tenha auferido um único vintém na participação dos aludidos patrocínios.

Diante do descaso comprovado da trempe Teixeira, Marin e Del Nero para com a arbitragem brasileira, que ficou restrita aos cursos da Conmebol, é impossível acreditar que uma personagem vinculada a Del Nero, como é Marcus Vicente, venha mudar o status quo vigente no setor do apito da CBF. 

PS: Há mais de uma década a arbitragem vem reivindicando a profissionalização e mais recentemente o direito de arena e de imagem. Nunca se soube que as administrações de Teixeira, Marin e Del Nero, tenham direcionado sequer um olhar para os pleitos dos homens que manejam o apito e as bandeiras nos torneios da instituição que dirige o futebol do Brasil.  

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