Em artigo publicado na Folha de
São Paulo no domingo (13), [O futebol brasileiro vai mudar], Marcus Vicente, presidente interino da
CBF, discorre a respeito da caótica situação que vivencia o futebol brasileiro
na atualidade e apresenta quatro eixos que poderão modernizar o principal
esporte do País.
É óbvio que há ingente
interesse da comunidade do futebol pentacampeão, de que surja uma luz no final
do túnel após tantas denúncias envolvendo os três últimos presidentes da
entidade que gere o nosso futebol. Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo
Del Nero, conseguiram a “proeza” de tirar o futebol brasileiro das páginas
esportivas e colocá-lo no noticiário policial dos principais periódicos do
planeta.
Mas o que me interessou do
texto de Vicente um dos vice-presidentes de Del Nero, foi o eixo arbitragem - diz o dirigente em tela que vai: “Priorizar a
capacitação e o treinamento do quadro de árbitros e assistentes da CBF,
seguindo com rigor as normas da Fifa”.
Se entendi direito, até a
publicação do articulado do indigitado cartola, a arbitragem que labora nas
diferentes competições da CBF, até então nunca foi prioridade.
Prioridade que nunca foi
materializada por Ricardo Teixeira que em (7/4/2007), quando do lançamento do
manual SINAIS DE TRÂNSITO DO ÁRBITRO DE FUTEBOL, enfatizou
que o Vade-mécum trazia recomendações específicas que visavam o aperfeiçoamento
técnico e cultural do profissional da arbitragem. O conteúdo do manual é
extraordinário, mas Teixeira nunca fez nada de excepcional pelo árbitro do
Brasil.
Pelo contrário: explorou na
vestimenta das (mangas das camisas) dos homens do apito que atuam nas
competições da CBF, diferentes logomarcas de multinacionais e nunca cumpriu a
determinação da Fifa de repassar à arbitragem o montante auferido das ditas
publicidades.
José Maria Marin manteve o
mesmo “modus operandi” de seu antecessor, e o “licenciado” Marco Polo Del Nero,
incrementou a exploração “vergonhosa” de publicidades na indumentária dos apitos,
bandeiras e quarto árbitros nesta temporada, com o patrocínio de outra multinacional nas costas
das camisas da arbitragem. Não há notícia de que algum árbitro ou assistente
durante a estada de Del Nero pela CBF, tenha auferido um único vintém na
participação dos aludidos patrocínios.
Diante do descaso comprovado da
trempe Teixeira, Marin e Del Nero para com a arbitragem brasileira, que ficou
restrita aos cursos da Conmebol, é impossível acreditar que uma personagem
vinculada a Del Nero, como é Marcus Vicente, venha mudar o status quo vigente
no setor do apito da CBF.
PS: Há mais de uma década a
arbitragem vem reivindicando a profissionalização e mais recentemente o direito
de arena e de imagem. Nunca se soube que as administrações de Teixeira, Marin e
Del Nero, tenham direcionado sequer um olhar para os pleitos dos homens que manejam o apito e as bandeiras nos torneios da instituição que dirige o futebol do Brasil.
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