No dia 9 de outubro do ano em
curso, a Fifa e o The International Football Association Board (IFAB),
convocaram as empresas que desenvolvem tecnologia com vistas ao futebol a
apresentarem no próximo dia 16 deste mês, os mais recentes estudos desenvolvidos
não só na área da Tecnologia na Linha do Gol (TGL) - como também os
relacionados com o árbitro de vídeo e nos movimentos e deslocamentos dos
atletas no campo de jogo.
Uma Comissão de excelência
formada por ex-árbitros, ex-atletas, técnicos de futebol, dirigentes, membros
da Fifa e do (IFAB), irá ouvir e observar a exibição dos inúmeros estudos
realizados nessa área, pelas gigantes da tecnologia como a alemã GoalControl, pelo
sistema Hawk-Eye (Olho de Falcão) do Reino Unido e as potentíssimas câmeras da
suíça, Photonfocus.
A Tecnologia na Linha do Gol
(TLG) da GoalControl e as câmeras da Photonfocus, já demonstraram sua eficácia
no Mundial de Clubes da Fifa do Marrocos, na Copa das Confederações em 2014, e
na última Copa do Mundo no Brasil. Ambas atuaram em conjunto nos (12) estádios
onde foram realizados os jogos - juntas podem gravar quinhentas imagens por
segundo e o árbitro é notificado no relógio que carrega no pulso se a bola
ultrapassou totalmente a linha de meta em um segundo.
A (TLG) da Goal Control, custou à época 250.000
euros (US$ 338.300) por estádio - após o Mundial a empresa deixou o equipamento
de graça à CBF que deveria arcar apenas com a manutenção. Porém, na contramão da
evolução e demonstrando que a arbitragem é “filigrana” à entidade brasileira, o
equipamento foi devolvido sob a alegação de que a manutenção tinha custo elevado.
O Olho de (Falcão), é usado na atualidade no Tênis,
no Rugby e no Críquete. Já no futebol, a Premier League (Inglaterra) e a
Federação Holandesa de Futebol (KNVB), utilizam o Hawk-Eye há três temporadas.
A tecnologia vem sendo implementada gradativamente
em diferentes modalidades esportivas e o retorno tem sido excelente. No Tênis,
através de um sistema que une câmeras e um programa de computador, cada atleta
pode desafiar as marcações do árbitro três por vezes por set. Se a imagem
mostrar que ele está correto, mantém o número de desafios, do contrário perde.
No Vôlei, os árbitros utilizam o vídeo (replays)
para equacionar lances duvidosos (toque na rede ou invasões), mas já há
tecnologia similar à do tênis que mostra em uma tela, para o árbitro, se a bola
caiu fora ou dentro da quadra.
Já no Atletismo, câmeras filmam a linha de chegada
e enviam as imagens para um computador, que as divide em trechos que indicam
visualmente em pequenos intervalos de tempo quem chegou na frente.
O Futebol Americano dá direito aos treinadores dos
times desafiar as sinalizações do árbitro, que então pede para especialistas,
postados estrategicamente fora do campo, analisarem a imagem que causou
polêmica e ato contínuo emitem o veredito a respeito do lance questionado.
No recém-findado Mundial de Handebol do Qatar,
foram utilizadas câmeras no travessão para confirmar se a bola havia entrado no
gol ou não. Uma outra câmera exibia o jogo e era consultada por um árbitro que
ficava fora da quadra.
Acredito que dada a diferenciação do futebol em
relação aos esportes aqui nominados, a Fifa e o (IFAB) irão ouvir e observar as
várias tecnologias que serão mostradas no próximo dia 16. Já a decisão de
implementar ou não mais uma tecnologia, penso que será cuidadosamente analisada
por pessoas com notório conhecimento sobre a arbitragem e, posteriormente,
testadas exaustivamente nas competições das categorias de base dos seus
filiados.
PS: Massimo Busacca à esquerda, atual diretor de arbitragem
da Fifa, Pierluigi Collina à direita, diretor de árbitros da Uefa e o brasileiro Manoel
Serapião Filho, irão participar do evento e dado o Know-how extraordinário que
possuem a respeito do tema, serão convidados a opinar sobre o fato.
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