domingo, 1 de novembro de 2015

Tecnologia será objeto de observação e análise do IFAB e FIFA

No dia 9 de outubro do ano em curso, a Fifa e o The International Football Association Board (IFAB), convocaram as empresas que desenvolvem tecnologia com vistas ao futebol a apresentarem no próximo dia 16 deste mês, os mais recentes estudos desenvolvidos não só na área da Tecnologia na Linha do Gol (TGL) - como também os relacionados com o árbitro de vídeo e nos movimentos e deslocamentos dos atletas no campo de jogo.

Uma Comissão de excelência formada por ex-árbitros, ex-atletas, técnicos de futebol, dirigentes, membros da Fifa e do (IFAB), irá ouvir e observar a exibição dos inúmeros estudos realizados nessa área, pelas gigantes da tecnologia como a alemã GoalControl, pelo sistema Hawk-Eye (Olho de Falcão) do Reino Unido e as potentíssimas câmeras da suíça, Photonfocus.

A Tecnologia na Linha do Gol (TLG) da GoalControl e as câmeras da Photonfocus, já demonstraram sua eficácia no Mundial de Clubes da Fifa do Marrocos, na Copa das Confederações em 2014, e na última Copa do Mundo no Brasil. Ambas atuaram em conjunto nos (12) estádios onde foram realizados os jogos - juntas podem gravar quinhentas imagens por segundo e o árbitro é notificado no relógio que carrega no pulso se a bola ultrapassou totalmente a linha de meta em um segundo.

A (TLG) da Goal Control, custou à época 250.000 euros (US$ 338.300) por estádio - após o Mundial a empresa deixou o equipamento de graça à CBF que deveria arcar apenas com a manutenção. Porém, na contramão da evolução e demonstrando que a arbitragem é “filigrana” à entidade brasileira, o equipamento foi devolvido sob a alegação de que a manutenção tinha custo elevado.
O Olho de (Falcão), é usado na atualidade no Tênis, no Rugby e no Críquete. Já no futebol, a Premier League (Inglaterra) e a Federação Holandesa de Futebol (KNVB), utilizam o Hawk-Eye há três temporadas.
A tecnologia vem sendo implementada gradativamente em diferentes modalidades esportivas e o retorno tem sido excelente. No Tênis, através de um sistema que une câmeras e um programa de computador, cada atleta pode desafiar as marcações do árbitro três por vezes por set. Se a imagem mostrar que ele está correto, mantém o número de desafios, do contrário perde.
No Vôlei, os árbitros utilizam o vídeo (replays) para equacionar lances duvidosos (toque na rede ou invasões), mas já há tecnologia similar à do tênis que mostra em uma tela, para o árbitro, se a bola caiu fora ou dentro da quadra.
Já no Atletismo, câmeras filmam a linha de chegada e enviam as imagens para um computador, que as divide em trechos que indicam visualmente em pequenos intervalos de tempo quem chegou na frente.
O Futebol Americano dá direito aos treinadores dos times desafiar as sinalizações do árbitro, que então pede para especialistas, postados estrategicamente fora do campo, analisarem a imagem que causou polêmica e ato contínuo emitem o veredito a respeito do lance questionado.
No recém-findado Mundial de Handebol do Qatar, foram utilizadas câmeras no travessão para confirmar se a bola havia entrado no gol ou não. Uma outra câmera exibia o jogo e era consultada por um árbitro que ficava fora da quadra.
Acredito que dada a diferenciação do futebol em relação aos esportes aqui nominados, a Fifa e o (IFAB) irão ouvir e observar as várias tecnologias que serão mostradas no próximo dia 16. Já a decisão de implementar ou não mais uma tecnologia, penso que será cuidadosamente analisada por pessoas com notório conhecimento sobre a arbitragem e, posteriormente, testadas exaustivamente nas competições das categorias de base dos seus filiados.

PS: Massimo Busacca à esquerda, atual diretor de arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina à direita, diretor de árbitros da Uefa e o brasileiro Manoel Serapião Filho, irão participar do evento e dado o Know-how extraordinário que possuem a respeito do tema, serão convidados a opinar sobre o fato.       

Nenhum comentário:

Postar um comentário