quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Raio-X da arbitragem

    Dewson Freitas da Silva demonstrou equilíbrio, frieza e  imparcialidade no prélio, Atlético/PR x Palmeiras/SP

Atlético/PR 3 x 3 Palmeiras/SP, jogo efetivado na quarta-feira (18), à noite, na Arena da Baixada, em Curitiba, segundo a crônica esportiva que cobriu o confronto, segmento em que a maioria desconhece as REGRAS DE FUTEBOL, foi cheio de “polêmicas” - sobretudo no que diz respeito as tomadas de decisões do árbitro Dewson de Freitas (FIFA/PA). Só pode afirmar que houve polêmica quem não conhece patavina nenhuma das leis do jogo ou então é mal intencionado.

Primeiro é imperativo afirmar que foi um jogo de altíssima dificuldade, que exigiu do árbitro decisões sibilinas na interpretação e, por consequência, na aplicação das regras nos pilares técnico e disciplinar.

O jogo transcorria num clima de relativa tranquilidade - mas como o futebol é um esporte totalmente diferenciado dos demais praticados em todo o planeta, aos 41' da etapa final, o excelente árbitro Dewson de Freitas, assinalou infração em favor da esquadra do Furacão da Baixada.

Infração que aconteceu logo após a linha que divide o campo de jogo. O atleta Robinho do Palmeiras, que estava com a bola nas mãos, devolveu-a imediatamente ao jogador Hernandez do Atlético/PR - este cobrou a falta rapidamente, enquanto os palmeirenses rodeavam e conversavam com o árbitro. Em velocidade, o meia atleticano Ewandro marcou o terceiro gol. Os paulistas partiram para cima da arbitragem, que validou o gol, e o clima esquentou.

A decisão da arbitragem foi correta neste lance? Sim. Porque não há nenhum jogador do Palmeiras/SP, à frente da bola impedindo que ela seja jogada. Jogada legal e gol legalíssimo.

Logo a seguir, os esmeraldinos foram contemplados com uma infração, e tentaram cobrar de maneira rápida como o ocorrido no terceiro gol do Atlético/PR. Só que neste lance havia um atleta do rubro-negro paranaense à frente da bola,  impedindo que ela fosse jogada. Incontinenti, cumprindo a Regra 13 (Tiros livres direto e indireto – pág. 96 a 100 das REGRAS DO JOGO) - o árbitro solicitou a saída do jogador da frente da bola, posicionando-o na distância regulamentar de 9,15 metros, bem como se recolocou em condições de visualizar a jogada. A decisão do árbitro foi correta em conformidade com o preceituado no manual das regras da Fifa e do (IFAB).

Quanto aos atos de indisciplina de Jackson e Robinho do Palmeiras não cabe nenhuma contestação. O primeiro agrediu com uma cotovelada no queixo, o zagueiro Ricardo Silva do Atlético/PR. Já Robinho, advertido com cartão amarelo, continuou desaprovando reiteradamente com gestos e palavras as decisões da arbitragem.

Já em relação aos acréscimos reclamados pela imprensa de Curitiba e atletas do Atlético/PR, as reclamações são improcedentes. A partida em tela teve várias interrupções, e o anuncio do acréscimo não indica o tempo exato que resta do jogo. O tempo poderá a ser acrescido se o árbitro considera apropriado, mas nunca reduzido (Regras de Futebol – pág. 65).

Além do exposto, a Fifa e o International Board especificam em decisões irrevogáveis, que o árbitro é o único responsável pela interpretação e aplicação das Regras de Futebol, é o escrivão que redige a súmula, e é o cronometrista  do tempo de jogo de uma partida. Ou seja, seu cronômetro é o único que vale para a duração exata da partida.

PS (1): Um árbitro top de linha deve ter: aptidão, talento e sorte. Mas deve ser equilibrado, inteligente, frio, imparcial, às vezes educado e polido, dependendo das circunstâncias, porém, quando necessário, enérgico na condução da partida para fazer valer o espírito das regras que regem o futebol dentro do retângulo verde.

PS (2): Dewson Freitas da Silva (FIFA/PA), demonstrou as qualidades acima elencadas e se continuar agindo neste diapasão, em breve será um dos melhores árbitros do futebol mundial. 

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