quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Por que querem derrubar Corrêa?


A cartolagem do futebol brasileiro está em polvorosa e segundo fui informado, há uma plêiade de dirigentes contando nos dedos os dias que faltam para terminar o Campeonato Brasileiro, quando então será realizado o derradeiro ato contra a continuidade de Sérgio Corrêa da Silva (foto) à frente da CA/CBF.

Fui questionado várias vezes nos últimos dias a responder quais são os motivos que movem esse grupo de dirigentes a solicitar a saída de Corrêa do comando da arbitragem nacional - e quem poderia ser indicado para ocupar a direção da CA/CBF em substituição ao indigitado dirigente.

Vivenciei arbitragem na prática de 1979 a 1997 - e sei como funciona o submundo abjeto deste setor. A pressão impingida pelos dirigentes dos clubes contra os presidentes das federações, comissões de árbitros e contra os próprios homens de preto sempre foi “cruel”, e hoje mais do que nunca ela é muito, muito maior. Basta acompanhar o noticiário diário nas emissoras de rádio e TV, nos jornais, na internet, etc.... Portanto, quem afirmar em contrário é portador de um caradurismo inominável.
   
Respondendo objetivamente a epígrafe que dá título ao texto em tela, ou seja, as razões pelas quais desejam a retirada de Sérgio Corrêa, respondo: é público e notório de todos os segmentos que militam no futebol pentacampeão que, quem se propor a dirigir um setor de tamanho interesse como é a arbitragem, mas extremamente nevrálgico, e não ceder aos interesses e sentimentos “escusos” de algumas aves de rapina que gravitam e dirigem o futebol brasileiro, não encontra e não encontrará ressonância para realizar um trabalho com seriedade e de excelência.

Sérgio Corrêa e seu vice Nilson Monção, pessoas de caráter e moral inquestionáveis até prova em contrário, ambos membros das Forças Armadas do Brasil - o primeiro da (Aeronáutica) e o segundo do (Exército), não se deixaram “dobrar” pelos diferentes  cartolas que desejam que a arbitragem brasileira retorne ao “status quo” dos tempos antanhos. Daí as manifestações contrárias a continuidade de Corrêa da Silva, na direção dos homens do apito brasileiro.

Quanto aos nomes que possam substituir Corrêa, embora minha opinião não signifique absolutamente nada, mas dada a vivencia que tenho no setor do apito, ouso afirmar que se for para trocar que se troque tudo. Não adianta trocar seis por meia dúzia.

Muitos nomes conjecturados nos bastidores para assumir a CA/CBF no lugar de Sérgio Corrêa, estão na direção do setor da arbitragem das suas federações há mais de uma década e, por conseguinte, suas administrações tem como relevo o “fracasso” retumbante na formação, no descobrimento e na requalificação da confraria do apito local.

Por outro lado, há um grupo “expressivo” se movimentando junto aos dirigentes das Entidades de Prática Esportiva (Clubes), que pretende assumir o comando da arbitragem nacional, mas não possuem as mínimas condições de ocupar um cargo de tamanha relevância.

PS (1): Enquanto as federações de futebol não extirparem o continuísmo vigente nas escolas de formação de árbitros e nas comissões de arbitragem, não adianta trocar o comando da CA/CBF. Ou se faz uma transformação radical em todos os setores, ou então tudo vai continuar como "Dantes no Quartel de Abrantes".

PS (2): Quem se ater a observar atentamente a composição das comissões de árbitros e a longevidade dessas comissões nas federações de futebol da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e o Paraná, encontrará os principais motivos que levaram à decadência o árbitro do futebol brasileiro.      

PS (3): Fique ou deixe a CA/CBF, qualquer história da arbitragem brasileira que não inclua Sérgio Corrêa da Silva será sempre incompleta. 

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