O 39º
Congresso da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), que será
realizado no período de 27 à 29 de novembro do ano em curso, na cidade de Campo Grande (MS), e será comandado por Marco Antonio Martins (foto) - deverá ser um evento onde os sindicatos que representam a confraria da
arbitragem brasileira, deverão se houver um mínimo de bom senso, refletir de
maneira equilibrada a respeito dos dois anos que foram “perdidos” pelas
entidades de classe, após o Decreto Lei Nº 12.867/2013. Lei que regulou a
atividade do árbitro de futebol no Brasil como profissional. Desde então,
nenhuma, repito, nenhuma conquista de interesse relevante foi conquistada pelos
apitos e bandeiras que laboram no futebol pentacampeão.
Após
o advento da profissionalização era aguardada a criação de novos sindicatos e,
por consequência, da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol – federação
que é reconhecida pelo ministério do Trabalho e Emprego, pela Constituição do
Brasil e pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O que significa que é
uma instituição que tem legitimidade para transitar e reivindicar em qualquer esfera
os interesses de uma categoria trabalhista.
Além
de não ser fundado nenhum sindicato, os que teem a Certidão de Registro
Sindical (Carta Sindical), atualmente são oito sindicatos, parte desse
contingente está com a documentação incompleta junto ao ministério do Trabalho.
Some-se
ao acima exposto, a derrota “fragorosa” imposta pela presidência da República e
pelo Congresso Nacional ao homem de preto do futebol brasileiro, no recente
pleito do direito de arena.
Derrota
que teve dois ingredientes: a precária redação jurídica na solicitação em tela,
ou seja, os argumentos utilizados pela assessoria jurídica dos sindicalistas
foram inconvincentes em conjunto com a inexperiência do interlocutor político
escolhido pela Anaf em Brasília. Inexperiência que foi escancarada na ausência
de representatividade política e conhecimento necessário dos caminhos que devem
ser trilhados na capital federal, quando se busca conseguir a aprovação de leis
ou algo similar.
Neste
episódio, Anaf e congêneres penso eu, aprenderam uma dura lição: Brasília não é
para amadores. Ali é preciso construir caminhos para ter acesso aos centros de
decisão maior. Se continuar agindo da forma como tem agido no campo jurídico,
Anaf e sindicatos continuarão a colher novas derrotas.
Concomitantemente
ao direito de arena, duzentos e cinquenta árbitros assinaram procuração pedindo
o direito de imagem, que foi protocolado em Recife (PE). Até o presente
instante ninguém sabe o que aconteceu e dificilmente se saberá nesta temporada
o que irá acontecer. Foi feito um “furdúncio” terrível em cima da notícia que
teve “efeito traque”.
Acoplado
ao que está mencionado acima, acrescente-se que após a profissionalização a
arbitragem continuou e continua sendo explorada com três logomarcas das multinacionais
(SKY, SEMPTOSHIBA e PENALTI) na sua vestimenta – logomarcas que estão alocadas
em locais estratégicos na indumentária dos homens do apito, que atuam em todas
as competições da CBF. Embora sejam profissionais, nenhum juiz e bandeira
recebeu até os dias atuais, um único centavo pelas propagandas exibidas
diariamente dessas marcas na Tv, internet, jornais, tabloides, smartphones e
revistas.
Seria
de bom alvitre a Anaf exibir à categoria os contratos e os valores que a CBF arrecada
com as publicidades nos uniformes da arbitragem. Daria transparência ao tema.
Porque se forem “filigranas” como já foi dito os valores que a CBF obtém com as
nominadas publicidades, o que este colunista duvida, que fique como está.
Diante
do cenário aqui narrado, já que não há outro, a não ser que exista algo de
melhor em outro planeta à arbitragem, resta a Anaf e aos sindicatos refletirem
e refletirem muito no congresso da entidade em Campo Grande, sobre os próximos
passos e ações que pretendem daqui para a frente, àqueles que manejam o apito e
as bandeiras do futebol brasileiro. Pois do contrário, as reivindicações
continuarão dando “chabu” e tudo vai continuar como “DANTES
NO QUARTEL DE ABRANTES”.
PS: Os
congressos da Anaf teem proporcionado aos dirigentes das associações e
sindicatos de árbitros, realizarem um “tour” por todo o território brasileiro. “Tour”
que é feito duas vezes por ano às custas dos filiados. É chegado o momento dos
sindicalistas e assemelhados, retribuírem com medidas eficazes algo de substancioso
aos filiados. Já que são eles com suas contribuições extraídas das suas taxas
de arbitragem, que propiciam esta verdadeira volta ao redor do Brasil aos seus
representantes.
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