terça-feira, 6 de outubro de 2015

Arbitragem: Falta gestão

A escalada interminável de erros de interpretação e aplicação das REGRAS DE FUTEBOL, acoplada a ausência de uma boa acuidade  visual, da falta de entendimento e discernimento, de agilidade, destreza e flexibilidade de raciocínio pela confraria do apito no Brasileirão, derruba por terra todo e qualquer argumento que vem sendo dito reiteradamente rodada após rodada pela CA/CBF, assessores e delegados de arbitragem. 

Aliás, as explicações estão "caindo no vazio", dada a seqüência sistêmica de erros dos homens que manejam o apito e as bandeiras. Enquanto prevalecem suspeitas de interferência externa nas decisões da arbitragem, o que se vê é que não existe nenhum mecanismo da CBF para minimizar os erros primários dos árbitros e bandeirinhas, que estão acontecendo em todos os jogos. 
Os erros perpetrados pelos árbitros e assistentes, “alguns crassos”, a cada partida passaram a ser o foco de todos os programas esportivos de forma negativa. Ressalte-se que a maioria dos erros cometidos pelos homens do apito e dos bandeiras, estão acontecendo em confrontos, cujo grau de dificuldades tem sido de pequena monta. Basta analisar o manual de regras nas págs. (137, 138 e 139 – classificação dos jogos quanto a dificuldade).

Na sexta-feira no Castelão, em São Luis, no prelio Sampaio Correa/MA 2 x 2 Botafogo/RJ, Série (B), três gols surgiram de lances irregulares. Um absurdo! Não vai acontecer nada. Nas próximas rodadas, o trio de árbitros deste jogo, formado por Rodrigo Raposo, Fabio Pereira e Jose Nascimento Júnior serão escalados novamente como se nada tivesse acontecido.

No sábado à noite no Morumbi, São Paulo//SP 1 x 0 Atlético/PR, O árbitro Igor Junio Benevenuto e o assistente Kleber Lucio Gil, deram “inestimável” contribuição no desrespeito as regras e ao contido na circular/orientação de 22/05/2015.

Benevenuto foi omisso e conivente com Paulo H. Ganso, que utilizou de força excessiva contra seu adversário, o meia Crysan do rubro-negro da Baixada (aplicando-lhe um “carrinho” por trás). Jogada maldosa (punível com expulsão, não cabe outra interpretação porque a disputa ocorreu apenas entre os dois jogadores e mais ninguém e aconteceu dentro do campo visual de observação do árbitro) - carrinho que alijou o atleta da equipe paranaense de continuar jogando. Crysan teve que ser retirado de maca porque não conseguiu se locomover.

Lucio Gil, assinalou impedimento numa jogada envolvendo o meia Rogério do Tricolor do Paulista, quando havia um defensor do Atlético, no mínimo a três metros a frente do atleta paulistano. Sabe o que vai acontecer? Nada, nas próximas partidas todos serão designados novamente e tudo continuará como “Dantes no quartel de Abrantes”.

Para fechar a tragédia da 29ª rodada da Serie (A) envolvendo os homens do apito e das bandeiras, Chapecoense/SC 5 x 1 Palmeiras. UM HORROR!, construído pelos artífices, Jailson Macedo Freitas, árbitro e Ivan Carlos Bohn, assistente. Dois lances de fácil interpretação e aplicação das regras. O primeiro na expulsão do atleta Egidio do Palmeiras. Egidio tocou exclusivamente na bola, porém, no contato físico que teve com o atacante Willian Barbio da equipe catarinense, este caiu ao solo.  Não aconteceu nada.

Serenados os ânimos após seis minutos de paralisação e “avisado” pelo quarto árbitro, que o defensor esmeraldino havia tocado apenas na bola, Jalison Freitas, voltou atrás como determina a Regra (5), pág. 32 que diz: “O árbitro somente poderá modificar uma decisão se perceber que a mesma é incorreta ou, a seu critério, conforme uma indicação de um assistente ou do quarto árbitro, sempre que ainda não tiver reiniciado o jogo ou terminado a partida”.

E, para corroborar a “quizumba” que solapa a arbitragem brasileira, até o excelente bandeira Bohn da Federação Paranaense de Futebol, talvez desligado momentaneamente do jogo na Arena Condá, inventou de apontar um impedimento que não existiu do mesmo W. Barbio.

Faltam nove rodadas para terminar o Campeonato Brasileiro - a “jóia da coroa” da CBF, e pouco ou nada se pode fazer para evitar a continuidade dos gravíssimos erros que estão sendo cometidos pela arbitragem. O caminho a ser trilhado pela CA/CBF, assessores, delegados de arbitragem e os homens de preto é o diálogo com troca de sugestões, discussões de lances na “zona negra” do campo de jogo sobretudo na (área penal) e muita concentração nos próximos jogos.

E, por derradeiro, que a CBF que vivencia dias difíceis em função dos inúmeros problemas de conhecimento da opinião pública, entenda de uma vez por todas, que a pré-temporada realizada pelas federações de futebol e os cursos ministrados pela CBF à arbitragem na Granja Comary, estão ultrapassados e há a imperiosa necessidade de se repensar e colocar em prática um novo modelo de gestão ao árbitro do futebol pentacampeão.  

PS: A circular de autoria da CA/CBF de maio de 2015, que vem sendo descumprida na Serie (A e B) pela arbitragem neste Brasileirão está neste link: http://www.cbf.com.br/arbitragem/comissao-oficios-circulares/orientacoes-para-temporada-2015-e-oficio-circular-026#.VhFs4exViko

    

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