Voleibol no
Mineirão
Ao
observar o tapa na bola do zagueiro Manoel do Cruzeiro, aos 19’ da etapa final, dentro da área penal, com
o braço totalmente aberto, bola que iria na direção do gol (ação de bloqueio) -
e o árbitro Flavio Rodrigues de Souza (CBF-1/SP), não assinalou pênalti contra
a equipe mineira, tive a certeza que Cruzeiro/MG x Coritiba/PR, estavam jogando
no ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (MG) - local onde são disputadas as
principais competições da Liga Nacional de vôlei.
Regras e circular no “chorume”
Confesso
que o erro do indigitado apito não me surpreendeu. Rodrigues de Souza é membro
do decadente quadro de arbitragem da Federação Paulista de Futebol, cuja
decadência é explicitada a cada rodada do Brasileirão da Série (A). Além de desdenhar
das Regras de Futebol com a não marcação do penal, o árbitro em tela, insere
seu nome na “legião” dos apitos e bandeiras que gradativamente estão
transformando em “chorume”, jogo após jogo, a Circular de 22/5/2015 da CA/CBF.
Muito oba-oba
Apesar
da “propaganda” que se faz no futebol brasileiro a respeito do árbitro de vídeo,
sua implementação ou não será objeto de discussão e, por extensão, de experimentos
que serão analisados pelo futuro presidente da Fifa e pelos dirigentes do
International Board (IFAB). Além do exposto, diferentemente do que está sendo
propagado no Brasil, o único filiado da entidade que controla o futebol no
planeta, que está realizando testes teóricos e práticos sobre o árbitro de
vídeo e já tem dados conclusivos a respeito do tema, e é o precursor na
modalidade, é a Federação de Futebol da Holanda (KNVB). O Brasil apresentou um
estudo teórico sobre o assunto. Ponto.
O futebol é diferente
Aos
que defendem a imediata colocação do árbitro de vídeo, é bom lembrar que o
futebol é um esporte totalmente diferenciado do tênis, do vôlei, do futebol americano,
do rúgbi, esportes que aderiram a tecnologia. Além disso, a Fifa e o (IFAB)
antes de implementarem qualquer modificação nas Regras de Futebol, analisam
minuciosamente o custo financeiro, a operacionalidade e, principalmente, a
eficácia que a mudança irá proporcionar no desenvolvimento do futebol em
amplitude universal.
Longe...........bem longe..........
Quando
2015 terminar os árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF), que
integram a Relação Nacional de Árbitros (Renaf/CBF), irão completar três anos
ininterruptos longe, muito longe da Série (A) do Campeonato Brasileiro. Com
exceção de Rodolpho Toski Marques (foto), que apitou alguns confrontos, os
demais apitos da (FPF) foram designados em raríssimos prélios da Série (B, C e
D).
A secura vai continuar
Sem
um projeto de formação de árbitros de excelência, sem reformulação e sem
requalificação do quadro de arbitragem, com a realização apenas da
pré-temporada e com o continuísmo anacrônico que vigora há nove anos
consecutivos na (FPF) no setor da arbitragem - a “secura” que vivencia a categoria dos juízes
paranaense nas competições da CBF vai
continuar. A solução para se obter dias melhores aos homens de preto da (FPF)
em âmbito nacional, a partir do ano que vem, pode começar se a entidade e sua
comissão de arbitragem decidirem dedicar toda a atenção ao único árbitro
promissor neste momento do futebol do Paraná, Rodolpho Toski Marques.
Rodolpho é a esperança
No último
dia 5 estive em Porto Alegre (RS) - e lá trocando ideias e informações a
respeito dos novos apitos que estão sendo lançados pela CA/CBF, ouvi de Jose
Mocelin, delegado especial da CBF e ícone moral da arbitragem gaúcha e de Carlos
Eugênio Simon, o maior árbitro do futebol brasileiro de todos os tempos, que
Toski Marques é uma promessa com indícios de se tornar um dos melhores árbitros
do futebol brasileiro. Está dada a sugestão, agora, cabe ao próprio árbitro, a
presidência da (FPF) e a comissão de arbitragem moverem-se no sentido
de auxiliá-lo a atingir o objetivo. Até porque, é “inaceitável”
ver a confraria do apito paulista a cada rodada dando vexame e expondo
negativamente a credibilidade da CA/CBF, enquanto um árbitro com o potencial de
Toski Marques, ser esquecido pela CA/CBF.
Afinal o que querem os árbitros?
É o
questionamento que ouvi, vi na TV e li em diversificados veículos de
comunicação durante a semana que passou. Primeiro, as entidades de classe
pleitearam à arbitragem o direito de arena, que foi formatado com uma redação precária
e conduzido politicamente de forma semiamadora em Brasília, deu “chabu”. Agora,
um grupo de duzentos e cinquenta apitos e bandeiras estão solicitando o direito
de imagem. Em ambos os casos entendo que as reivindicações são justas.
Tem que virar lei
Direito
de arena e/ou imagem só será concedida aos árbitros de forma definitiva, ou
seja, sem o tal “sub-judice”, a partir do momento que a Associação Nacional de
Árbitros de Futebol (Anaf) e sindicatos se organizarem e partirem para um
estudo jurídico com parecer de gente que conhece o tema. Organizados e com
parecer jurídico favorável, o próximo passo é o Congresso Nacional, onde são analisadas,
trabalhadas juridicamente, politicamente e votadas as leis de relevância
nacional. Tem que constar na lei - não há outro caminho e a Anaf se não sabia está sabendo a partir de agora, que se não partir
nesta direção irá dar com os “burros n’água” novamente.
PS:
E, por derradeiro, no Distrito Federal este ano já era. Lá está em voga, o
troca-troca e a criação de novos partidos, quem vai ser ministro, operação lava
jato, prebendas, sinecuras etc... Portanto, todo e qualquer projeto de
interesse à categoria do apito, deve ser planejado e apresentado ao Congresso
Nacional após o Carnaval de 2016.
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