domingo, 20 de setembro de 2015

Mais um ano de "vacas magras"

   Nesta temporada, o patrocínio alcançou as costas do uniforme da arbitragem  - foto: Friedemann Vogel - Getty Images

No final de semana que passou acompanhei vários jogos dos campeonatos alemão, espanhol, francês, inglês e italiano e em nenhum dos torneios aqui nominados, a arbitragem estampou no seu uniforme qualquer tipo de propaganda a não ser nas mangas das camisas como determina a Fifa.

Volto ao tema porque tenho recebido questionamentos de que cada associação, confederação ou federação tem a sua peculiaridade, e por isto a CBF adota postura diferenciada em relação as demais ligas de futebol do planeta, na questão da publicidade explorada na vestimenta dos homens de preto.

De fato, o que distingue a CBF das demais ligas é a maneira “vergonhosa” como a instituição “explora” há mais de uma década, duas logomarcas na indumentária da arbitragem sem repassar um único centavo aos  apitos e bandeiras - sendo que a mais recente, a das costas é proibida pela Fifa. E a das mangas das camisas, devem ser revertidas em benefício exclusivo da arbitragem.

Na Europa, o árbitro é valorizado e nas ligas quando não há participação nos lucros das publicidades, as taxas são acrescidas de valores substanciosos como uma espécie de divisão dos lucros e os representantes sindicais agem em defesa dos interesses da categoria. Aqui está a diferença.
  Logomarca nas mangas das camisas já era em 2015.
De onde sairá o O,5% (1)
Aliás, dado o veto do artigo da Medida Provisória 671/2015, que solicita 0,5% à arbitragem brasileira, tenho contatado alguns conhecidos no Distrito Federal e perguntado sobre o assunto. E as informações que recebi são objetivas. A derrubada do indigitado veto tem que ser trabalhado com muito “carinho” junto aos “próceres” da política em Brasília. Além disso, é imperativo dizer de qual segmento sairá o montante solicitado pela arbitragem. Do contrário, vai dar “chabu” novamente.

De onde sairá o O,5% (2)
Até porque com quem falei, não há uma definição de onde sairá o percentual de 0,5% que almejam os juízes e bandeiras. Pergunto: A CBF, os clubes, a TV individualmente cederão em relação a pedida, ou os três irão compartilhar a solicitação dos árbitros?

PS (1): Dado o desrespeito sistêmico da CBF na exploração da publicidade na vestimenta da arbitragem em todos os campeonatos da entidade, já passou da hora das entidades de classe se manifestarem sobre o fato. Ou seja, oficializar e cobrar em público uma posição da CBF.

PS(2): O imbróglio deveria ter sido equacionado no encontro que aconteceu em Belo Horizonte, no período de 11 à 13 do mês em curso. “Estranhamente”, foi alocado nas futuras reivindicações da classe na “Carta de Belo Horizonte”. O que significa que 2015 será mais um ano de “vacas magras” para os homens do apito.   





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