segunda-feira, 20 de julho de 2015

Raio-X da arbitragem

No Beira-Rio
Internacional/RS 2 x 1 Goiás/GO, foi comandado pelo árbitro que tem o maior número de atuações nesta temporada na Série (A), Marcelo de Lima Henrique (foto/ESP-1/PE). Lima Henrique, após deixar o decadente quadro de arbitragem da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, cresceu de produção e hoje está no mesmo nível de Heber Roberto Lopes (SC) e Thiago Duarte Peixoto(SP), os melhores apitos do Brasileirão 2015 até a presente data.
No Maracanã sábado
Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG), no confronto Flamengo/RJ 1 X 0 Grêmio/RS, diminuiu o seu ímpeto personalista, falou com os atletas apenas o necessário e demonstrou melhor discricionaridade entre um contato físico e infração cometida entre os atletas - mas cometeu um erro gravíssimo: não puniu a violenta infração do gremista Jeromel, que pisou em Guerreiro do rubro-negro da Gávea. A regra (12) Faltas e incorreções, determina cartão vermelho e tiro livre direto contra a equipe do infrator neste tipo de lance.

Na Arena Corinthians
Anderson Daronco (Fifa/RS), apitou Corinthians/SP/ 1 X 0 Atlético/MG, ao natural. Bem posicionado (tático), interpretou e aplicou as regras (técnico), em consonância com os acontecimentos que aconteceram no transcurso da partida em tela. Está numa fase de crescimento auspiciosa e se conseguir manter o atual diapasão, incluindo os pilares psicológico e físico, este último precisa aperfeiçoar nas jogadas de alta velocidade, em breve vai se equiparar aos melhores apitos do Campeonato Brasileiro.

Na Arena da Baixada
Atlético/PR 1 x 0 Chapecoense/SC, o prelio matinal do domingo, não teve nenhum lance técnico ou disciplinar que mereceu qualquer observação mais acentuada. Já o árbitro Luiz Cesar Magalhães (CBF-2/CE), exibiu uma deficiência crônica que atinge a todos os árbitros neste Campeonato Brasileiro. O pilar tático (posicionamento) com a bola em jogo. Na ânsia de estar o mais próximo possível das jogadas é comum vermos a bola tocar no árbitro ou então ter que se desviar da bola várias vezes durante a partida. Magalhães teve que desviar em quatro oportunidades da bola porque estava mal posicionado. Resta saber quem treina os apitos da CBF e melhorar o quesito em tela.

No Maracanã domingo
Fluminense/RJ 1 x 2 Vasco/RJ, sem arroubos, com discrição, agindo com frieza, já que os cartolas do Tricolor das Laranjeiras estão “na bronca” com a decadente arbitragem carioca, Luiz Flavio de Oliveira (Fifa/SP), independente das provocações entre os atletas das referidas equipes durante e após o jogo, o que proporcionou um clima de ingente tensão, não deixou-se influenciar e suas tomadas de decisões foram equilibradas. Ótima arbitragem.

No Allianz Parque
A inércia, a falta de autoridade disciplinar em lances que envolveram atletas em confrontos verbais e ameaçadores, a ausência de critérios na marcação de infrações, a pressão dos dirigentes do Santos sobre a arbitragem, acoplada ao estilo “conciliador” e decadente do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães (Asp/Fifa/RJ), por muito pouco não eclodiu numa confronto generalizado no Palmeiras/SP 1 x 0 Santos/SP. Arbitragem fraquíssima.

Na Arena Pernambuco
Sport/PE 2 x 0 São Paulo/SP, foi um jogo de altíssima dificuldade e, por extensão, dificílimo de ser conduzido. André Luiz de Freitas de Castro (ESP-2/GO), além do equilíbrio psicológico nas tomadas de decisões técnicas e disciplinares, fez uso do diálogo como ferramenta de persuasão no convencimento dos atletas das suas ações. Errou no lance envolvendo o atacante do Sport Andre e o meia Hudson do São Paulo, mas, dada a complexidade disciplinar e intolerante dos atletas do São Paulo, teve um boa arbitragem.

Sul-Minas já tem problemas (1)
A Copa Sul-Minas que está em vias de ser reativada, antes da confirmação do seu retorno ou não já apresenta um obstáculo que vai trazer polêmica: A arbitragem. A questão indigesta deverá fazer parte do cardápio da cartolagem nas próximas reuniões que deseja a volta do torneio. Flamengo e Fluminense que manifestaram desejo de participar do aludido torneio, declararam que não estão satisfeitos com o decadente quadro de árbitros da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.

Sul-Minas já tem problemas (2)
Tanto é verdade que o clássico Fluminense 1 x 2 Vasco, no domingo que passou, foi comandado por árbitro paulista. Embora tenha um árbitro na Fifa, Pericles Bassols Cortes, a arbitragem carioca vem definhando ano após ano e não há perspectivas de que a situação possa melhorar nos próximos meses.

Sul-Minas já tem problemas (3)
Além do imbróglio com os homens de preto do Rio, os dirigentes terão que equacionar outro problemão. A participação no torneio do fraquíssimo quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF), que vivencia um momento dificílimo em termos de qualidade. E, para que não digam que é perseguição deste colunista, observem, que a CA/CBF vem esquecendo no “freezer” sistematicamente os apitos e bandeiras da (FPF) que compõe a Renaf, sobretudo, na Série (A).

No Paraná as deficiências são conhecidas
As deficiências do quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF) são de notório conhecimento. Não há investimento na formação e requalificação dos homens do apito, e, politicamente a (FPF) está com nenhum ou pouquíssimo prestígio na CBF. A escola de formação de árbitros é fraquíssima a partir da sua direção e o conteúdo dos inúmeros cursos efetivados nos últimos anos não surtiu efeito, haja vista que não tem nenhum árbitro em condições de acender ao quadro de Asp/Fifa. O continuísmo anacrônico de Afonso Vitor de Oliveira a frente da direção dos árbitros matou o quadro. E, por derradeiro, a omissão e conivência da associação e, principalmente, dos árbitros contribuiu para o enfraquecimento da categoria em âmbito nacional.

Na geladeira (1)
Pablo dos Santos Alves (Esp-2/ES), foi o árbitro designado pela CA/CBF para dirigir no próximo domingo (26), Coritiba/PR x Corinthians/SP. Já o confronto Avai/SC x Atlético/PR, será comandado por Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO). Outrossim, no sorteio realizado no inicio desta tarde na sede da CBF no Rio de Janeiro, nenhum árbitro da Federação Paranaense de Futebol (FPF) - que compõe a Renaf, foi designado para atuar na 15ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série (A).

Na geladeira (2)
Não lembro de tamanha “geladeira” imposta ao quadro de arbitragem da (FPF), no que diz respeito as competições da CBF. Além da falta de representatividade política junto a CBF, o principal fator que impede nossos apitos e bandeiras de atuarem na principal divisão do futebol brasileiro, está vinculado a ausência de um projeto de formação e requalificação dos homens de preto da Casa Gêneris Calvo. Cadê a comissão de arbitragem da FPF? Onde estão os mandachuvas da escola de formação de árbitros da FPF? Que fim levou o presidente da associação dos árbitros? Por que todos optaram pelo silêncio há três anos ininterruptos e nada fazem para mudar esse cenário de humilhação?









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