quarta-feira, 29 de julho de 2015

Exploração e omissão inaceitáveis


  Aqui a publicidade está nas costas do juiz
Há mais de uma década a CBF vem explorando comercialmente a indumentária dos árbitros que atuam nas suas competições, exibindo em locais estratégicos diferentes logomarcas de várias multinacionais, sem dar-lhes um único centavo pelas propagandas que fazem. Meias, bermudas, mangas das camisas e nas costas das camisas ostentam as publicidades.
  
Lembro que as logomarcas estampadas nas vestimentas dos árbitros, são exibida à milhões de pessoas por vários canais de Tv (aberto e fechado), pelos jornais, pelas revistas, pela internet, pelo Facebook, pelos celulares etc........  
   
Num primeiro momento alegou-se que a categoria dos homens de preto não poderia fazer qualquer reivindicação a respeito, em função de que não havia uma lei que reconhecia a atividade do árbitro no Brasil como profissional.

Em outubro de 2013, foi sancionada pela presidência da República, a Lei Nº 12.867, que regulamentou a carreira do árbitro do futebol brasileiro e a qualificou como profissional.
    Publicidade está na manga da camisa e no tórax do árbitro
Com a regulamentação da lei, esperava-se alguns avanços significativos à confraria do apito brasileiro - sobretudo, na questão da exploração vergonhosa da propaganda gratuita das multinacionais que fazem os apitos e bandeiras nos seus uniformes, quando em ação nos torneios da CBF. O que se viu desde a aprovação da referida lei, foram pequenas conquistas que pouco ou nada tem a ver com a profissionalização.
    
Espera-se que na próxima reunião da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), a ser realizada em Belo Horizonte (MG), a Anaf e os sindicatos que possuem legitimidade de acordo com a Constituição Brasileira, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Artigo 8º da Carta Magna do Brasil, definam um posicionamento sobre o tema e deem um basta nesta arbitrariedade descomunal, contra uma classe tão importante no contexto do futebol como é a arbitragem.

PS: Diferentemente do que vem sendo alardeado em vários Estados pelos dirigentes das associações de árbitros de futebol, esclareço que estas entidades não teem nenhuma legitimidade para representar ou reivindicar qualquer benefício à categoria dos árbitros de futebol. Principalmente, onde há sindicato com a Certidão de Registro Sindical. Portanto, trata-se de uma mentira inominável. 

PS (2): Na Alemanha, Inglaterra, Espanha, França, Holanda, Japão, Portugal e mais recentemente na Venezuela, os árbitros recebem um Pró-labore pela publicidade que exibem nos seus uniformes. Por que os apitos e bandeiras que atuam nos campeonatos das federações e, principalmente da CBF, aceitam passivamente fazer publicidade de graça? Ou será que a lei que reconheceu o árbitro como profissional é daquelas leis feitas para “inglês ver”?  



Michel Platini candidata-se à presidência da FIFA

O Presidente da UEFA, Michel Platini (foto), anunciou nesta quarta-feira (29) a sua intenção de se candidatar à presidência da FIFA.
Numa carta enviada aos presidentes e secretários-gerais das 209 federações-membro da FIFA, escreveu: "É uma decisão muito pessoal, cuidadosamente ponderada, que implicou uma avaliação do futuro do futebol e do meu próprio percurso. É igualmente a consequência das calorosas manifestações de estima, apoio e incentivo que muitos de vós me demonstraram." Michel Platini prometeu "total dedicação à causa do futebol".

"Há momentos na vida em que é necessário tomarmos o destino nas nossas mãos", disse. "Encontro-me num desses momentos decisivos, onde o meu percurso de vida se cruza com os acontecimentos que traçam o futuro da FIFA."

Michel Platini, Presidente da UEFA desde 2007 e membro do Comitê Executivo da FIFA desde 2002, acrescentou: "Durante este quase meio século, a FIFA apenas conheceu dois presidentes. Esta extrema estabilidade é uma espécie de paradoxo, num mundo que sofreu mudanças radicais e num desporto que assistiu a uma transformação econômica considerável.

Mas os recentes acontecimentos obrigam a organização que tutela o futebol mundial a reformar-se a si própria e a repensar a sua governação."

O Presidente da UEFA afirmou que, ao longo dos últimos meses, tem defendido as suas ideias e propostas "para devolver à FIFA o lugar e a dignidade que ela merece".
Michel Platini sublinhou o seu desejo de unir o futebol juntando todas as confederações continentais em torno de uma causa comum – "reunir o planeta do futebol, dando voz a todos e respeitando a diversidade do nosso desporto no mundo inteiro".

Afirmou, em seguida, apresentar-se como candidato "com entusiasmo e convicção, mas também com a humildade de quem sabe que não conseguirá ter sucesso sozinho".

"Conto com o vosso apoio e com a paixão que partilhamos pelo futebol para que, em conjunto, possamos oferecer às dezenas de milhões de adeptos apaixonados pelo nosso desporto a FIFA que ambicionam: uma entidade exemplar, unida e solidária, uma FIFA respeitada, amada e popular."
O prazo para a entrega de candidaturas à presidência da FIFA termina a 26 de Outubro de 2015, com a eleição a ter lugar num Congresso Extraordinário, em Zurique, em 26 de Fevereiro de 2016.
Fonte: Uefa.com 

Opinião do Bicudo:  A eleição de Michel Platini ao comandado da Fifa vai proporcionar duas mudanças radicais na arbitragem em âmbito universal. A implementação dos (AAA) árbitros assistentes adicionais ao lado das metas nas competições da Fifa. E a troca no comando e na composição do Comitê de árbitros da entidade que controla o futebol no planeta.

Opinião do Bicudo (2): Os (AAA) estão inseridos nas Regras de Futebol. Foram testados exaustivamente nas competições Sub-17 da Uefa e, posteriormente, implantados nos torneios de elite da entidade europeia. No futebol brasileiro, a anacrônica cartolagem que maneja o nosso futebol - em conjunto com as vozes do atraso que vicejam nas comissões de arbitragem das federações e das ultrapassadas entidades de classe que "representam" a categoria dos homens de preto, alegando alto custo "financeiro" detonaram os (AAA).

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Raio-X da arbitragem

Estádios com ótima afluência de público, sobretudo, com a presença das famílias - partidas sem jogadas violentas, sem insurreições contra a arbitragem, belíssimos gols, não há tumulto nas arquibancadas, pequenos equívocos da arbitragem, alguns imperceptiveis, tempo de bola em jogo (59’22”), número de infrações (24 faltas por jogo até a conclusão da 15ª rodada) – é o retrato fidedigno do Campeonato Brasileiro de futebol até a presente data. Na última década, os fatos aqui narrados só foram suplantados pela Premier League (Inglaterra), na temporada 2014/2015. A Liga Inglesa teve de bola rolando 61'02" e 22 infrações por partida.

Mas o principal artífice para a mudança de conscientização e do comportamento dos atletas, dos dirigentes, dos técnicos, dos gandulas, dos massagistas, dos médicos, dos preparadores físicos e do torcedor, tem um nome: o árbitro. Ele e a bola são os dois únicos fatores sem os quais não pode haver um prelio de  futebol.

Vestido de amarelo, azul, preto, vermelho, na maioria das vezes, com fisionomia serena, olhar objetivo e seguro, ele se posiciona na diagonal, no vértice do triângulo (árbitro-bola-assistente). Fala apenas o necessário, discreto, bem preparado física e tecnicamente e com reflexos afinados para tomar decisões em consonância com as Regras de Futebol. É o que todos os adeptos do futebol almejam numa partida - porque o levantar incorreto da  bandeira pelo assistente ou o trilar equivocado do árbitro muda o resultado de um jogo. 

PS: Enalteço nesta coluna o profissionalismo de persuasão que vem sendo realizado via CA/CBF, pela escola Nacional de Arbitragem (Enaf) e da imprensa esportiva do futebol brasileiro - na conscientização de todos os envolvidos no futebol e da importância fundamental das mudanças que ora vivenciamos nos jogos do País pentacampeão de futebol. 

PS (2): Raphael Claus (foto/Fifa/SP) e os assistentes Danilo Ricardo Manis e Daniel Paulo Ziolli, agiram com equilíbrio, conhecimento e demonstraram como deve ser o trabalho em equipe em lances de difícil interpretação e aplicação das regras como aconteceu na partida Chapecoense/SC 2 x 1 Fluminense/RJ.

PS(3): Observando a designação dos árbitros e assistentes da 16ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série (A), via CA/CBF, que tem sua abertura na quarta-feira (29) e termina no final de semana - vislumbrei que nenhum apito da Federação Paranaense de Futebol (FPF), que compõe a Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf) foi escalado. 

PS (4): O fato em tela expõe o atestado inexorável da falência do modelo de gestão que vem sendo aplicado há nove anos ininterruptos no setor do apito na casa Gêneris Calvo. Cadê a associação dos árbitros para reivindicar as mudanças que se fazem necessárias no comando da arbitragem da (FPF)? Lembro que a principal "conquista" dos homens de preto da (FPF) neste 2015, no que tange à arbitragem, foi o rebaixamento do presidente da associação dos árbitros/PR, Adriano Milczvski de CBF-1 para CBF-2.      

sexta-feira, 24 de julho de 2015

IFAB esclarece dúvidas sobre a Regra 11

    Da esquerda para à direita, Manoel Serapião,o aniversariante deste sábado (25), Sérgio Corrêa, Alberto Helder (Portugal) e Luiz  Cunha Martins

Em razão de solicitações de várias associações e confederações de futebol referentes à questão do impedimento, a  International Football Association Board (IFAB) presta alguns esclarecimentos e orientações adicionais, acerca da definição da infração de impedimento, relativamente a “interferindo em um adversário”, assim com sobre a definição de “defesa deliberada”, no contexto do impedimento (pag. 110 - livro em espanhol, 2015/16 e pag. 73 - livro em português, 2014/15).


Esses esclarecimentos são prestados com base em minuciosas deliberações de nosso Comitê Técnico e do Painel de Assessoria Técnica, composto por experts em arbitragem de todas as confederações.

Comunicamos-lhes, ademais, que estes esclarecimentos substituem qualquer instrução ou orientação anterior que não haja sido prestada pela (IFAB), sobre esta questão. Esperamos que estes esclarecimentos garantam maior uniformidade na aplicação da regra 11 – o impedimento.

1. “interferindo em um adversário”
Esclarecimento - Além das situações já expostas nas regras do jogo, um jogador em posição de impedimentos também deve ser punido se: tentar claramente jogar a bola que se encontre cerca dele, quando sua ação influenciar um adversário; ou realizar uma ação obvia que interfira claramente na capacidade de o adversário jogar a bola.

Guia - “tentar claramente”. Esta frase foi redigida nestes termos para evitar que se puna um jogador que corra para a bola desde uma grande distância (salvo se se aproximar da bola);
“cerca”. É um termo importante, na medida em que não se deve punir um jogador quando a bola passar claramente por cima de sua cabeça ou à sua frente;

“influencia”. Este termo se aplica à capacidade (ou possível capacidade) de um adversário jogar a bola e, neste contexto, se incluem situações nas quais o movimento de um adversário para jogar a bola seja retardado, dificultado ou impedido pelo jogador que esteja em posição de impedimento.

Esclareça-se que o só fato de um jogador se encontrar em posição de impedimento não significa que ele influenciará no jogo de alguma forma. Por exemplo: se a bola se encontrar no lado direito do campo e um jogador que estiver em posição de impedimento no centro do campo se deslocar para uma nova posição de ataque, esse jogador não deve ser punido, a menos que sua ação influencie na capacidade de um adversário jogar a bola.

. um jogador que tentar jogar a bola que se dirige à meta, sem influir em um adversário ou em situações nas quais não haja nenhum adversário próximo, não deve ser punido.

2. “Defesa deliberada – Esclarecimento: A Regra 11 prevê as situações nas quais um jogador em posição de impedimento deve ser punido, por participar ativamente do jogo, entre as quais se incluem (pag. 110 - livro em espanhol, 2015/16 e pag. 73 - livro em português, 2014/15):
 “ganhado vantagem da dita posição” significa jogar a bola: (I) que se desvia ou rebota em um poste, no travessão ou em um adversário, depois de haver estado em posição de impedimento.

(II). que se desvia, rebota ou é jogada deliberadamente por um adversário que realiza uma defesa, depois de haver estado em posição de impedimento.

Um jogador em posição de impedimento que receber a bola jogada deliberadamente por um adversário, com exceção de uma defesa deliberada, não será punido porque não se considera que tenha ganhado vantagem da dita posição.

Como está indicado na última frase, qualquer jogador pode fazer uma defesa deliberada, não somente o goleiro. Por conseguinte, a IFAB deseja esclarecer que: Uma “defesa deliberada” ocorre quando um jogador joga a bola que se dirige ao interior ou às proximidades de sua meta, com qualquer parte do corpo, salvo com as mãos (com exceção do goleiro dentro de sua própria área penal).
 
Nota: este esclarecimento está de acordo com a expressão “defesa deliberada” da regra 12 – infrações cometidas pelo goleiro (pag. 123 – livro espanhol, 2015/16 e pag. 87, livro em português 2014/15).

PS: As decisões do (IFAB) foram enviadas aos 209 filiados da Fifa. A arbitragem brasileira participou da reunião do Board, opinou e contribuiu para a confecção da redação do texto em tela com a presença do único Sul-americano, no evento, o instrutor/Fifa/Conmebol/CBF Manoel Serapião Filho. Serapião Filho é um dos maiores especialistas das Regras de Futebol do planeta, é poliglota, fala, lê e escreve o idioma oficial da Fifa, o inglês e é um dos principais tradutores do livro Regras de Futebol à confraria do apito brasileiro.
  
PS (3): Em Dubai, nos (Emirados Árabes), onde está, o Dr. Manoel Serapião completa neste sábado 70 anos de idade ao lado de seus familiares. Serapião Filho é um ser humano escolhido e abençoado  por DEUS. Pois neste planeta de pouco mais de 7 bilhões de habitantes, são raras as pessoas que conseguiram atingir os objetivos de vida que ele alcançou em todos os aspectos de maneira equilibrada, prestando inestimáveis serviços ao povo brasileiro como Juiz de Direito e, por extensão, à arbitragem brasileira. 

PS (2): Agradeço e manifesto meu respeito ao presidente da CA/CBF professor Sérgio Corrêa da Silva, pelo envio desta circular à este colunista.
 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Arbitragem: Qualidade ou quantidade?

Quando cursei o curso de árbitros promovido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) em 1982, em parceria com o Sistema Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) - nos foi disponibilizado algumas xerocópias do Guia Universal para árbitros, e logo a seguir fomos convidados a participar junto com os demais árbitros da (FPF), dos treinos de educação física que eram efetivados na Praça Osvaldo Cruz duas vezes por semana.
Lembro-me da didática simples, objetiva e de alguns mestres que ministravam as aulas de segunda a sexta-feira no referido curso. Rubens Maranho (in memoriam), Victor Marcassa (in memoriam), Jaime Nuldemann, Paulo José Guntowski, Newton Martins (in memoriam) e outros. Os recursos colocados a disposição dos professores eram limitados, mas, a qualidade individual dos que lecionavam era de primeira linha. E os árbitros formados eram de boa qualidade.
Fiz o preâmbulo acima porque, a cada temporada leio ou vejo as federações de futebol anunciarem uma avalanche de formação de árbitros em diferentes regiões do País. Se a formação vem acontecendo de forma reiterada, por outro lado, tenho observado a baixíssima qualidade dos professores e, por conseguinte, a incapacidade da maioria dos formandos quando escalados nas competições das suas federações ou da CBF, em dar provimento adequado às Regras de Futebol.
Atualmente, a CA/CBF coloca à disposição das federações, dos árbitros, das comissões de arbitragens, das escolas de formação de árbitros os seguintes benefícios: manual das Regras de Futebol, instrutores, tutores, delegados especiais de arbitragem, a Escola Nacional de Árbitros de Futebol, cursos às federações e na Granja Comary, palestras com membros do (STJD), palestras com especialistas, visando orientar a arbitragem a evitar possíveis contusões, cursos de inglês via online e psicólogos. Porém, não há sinais de melhora na formação dos homens de preto. 
A certeza que se tem é de que esse farto material não está sendo digerido ou/e compreendido pelos que ensinam e formam o árbitro. O fato de ter sido árbitro de futebol é condição “sine qua non” para ser mestre de arbitragem - porém, só isto não basta. Tem que ler, estudar, compreender, buscar conhecimentos em diferentes setores da arbitragem (interagir com pessoas que tenham notório conhecimento sobre o tema).
As deficiências letais que tenho observado nos cursos de formação de árbitros em todo o Brasil está alicerçada em sete tópicos 1) Há um contingente expressivo de “mestres” atuando nos cursos que nunca apitaram uma partida de pelada e há ex-árbitros que estão desatualizados. 2) O enfraquecimento gigantesco do conteúdo. 3) A didática empregada. 4) A ausência de visão dos instrutores em vislumbrar quem dos candidatos a árbitro possui talento, timing, feeling e, o principal requisito, a vocação. 5) O continuísmo abjeto nas comissões de arbitragem das federações, que está espalhado como metástase. 6) A ausência de investimentos das federações na formação e requalificação dos seus apitos. 7) A cooptação dos “líderes” das entidades de classe que representam os árbitros pelas federações - com o “designação” dos mesmos para atuarem como membros ou/e observadores de arbitragem, ou outros cargos nas referidas federações.
   
Diante do exposto, a CA/CBF, visando melhorar a formação e consequente qualidade do árbitro brasileiro, poderia iniciar um processo de profilaxia na escolha e formação dos seus instrutores, tutores, assessores e delegados especiais de arbitragem. Já que são eles indicados pelas federações de futebol que formam, escalam os juízes e bandeiras nos campeonatos regionais e, por consequência, indicam para atuarem nas competições da CBF.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Raio-X da arbitragem

No Beira-Rio
Internacional/RS 2 x 1 Goiás/GO, foi comandado pelo árbitro que tem o maior número de atuações nesta temporada na Série (A), Marcelo de Lima Henrique (foto/ESP-1/PE). Lima Henrique, após deixar o decadente quadro de arbitragem da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, cresceu de produção e hoje está no mesmo nível de Heber Roberto Lopes (SC) e Thiago Duarte Peixoto(SP), os melhores apitos do Brasileirão 2015 até a presente data.
No Maracanã sábado
Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG), no confronto Flamengo/RJ 1 X 0 Grêmio/RS, diminuiu o seu ímpeto personalista, falou com os atletas apenas o necessário e demonstrou melhor discricionaridade entre um contato físico e infração cometida entre os atletas - mas cometeu um erro gravíssimo: não puniu a violenta infração do gremista Jeromel, que pisou em Guerreiro do rubro-negro da Gávea. A regra (12) Faltas e incorreções, determina cartão vermelho e tiro livre direto contra a equipe do infrator neste tipo de lance.

Na Arena Corinthians
Anderson Daronco (Fifa/RS), apitou Corinthians/SP/ 1 X 0 Atlético/MG, ao natural. Bem posicionado (tático), interpretou e aplicou as regras (técnico), em consonância com os acontecimentos que aconteceram no transcurso da partida em tela. Está numa fase de crescimento auspiciosa e se conseguir manter o atual diapasão, incluindo os pilares psicológico e físico, este último precisa aperfeiçoar nas jogadas de alta velocidade, em breve vai se equiparar aos melhores apitos do Campeonato Brasileiro.

Na Arena da Baixada
Atlético/PR 1 x 0 Chapecoense/SC, o prelio matinal do domingo, não teve nenhum lance técnico ou disciplinar que mereceu qualquer observação mais acentuada. Já o árbitro Luiz Cesar Magalhães (CBF-2/CE), exibiu uma deficiência crônica que atinge a todos os árbitros neste Campeonato Brasileiro. O pilar tático (posicionamento) com a bola em jogo. Na ânsia de estar o mais próximo possível das jogadas é comum vermos a bola tocar no árbitro ou então ter que se desviar da bola várias vezes durante a partida. Magalhães teve que desviar em quatro oportunidades da bola porque estava mal posicionado. Resta saber quem treina os apitos da CBF e melhorar o quesito em tela.

No Maracanã domingo
Fluminense/RJ 1 x 2 Vasco/RJ, sem arroubos, com discrição, agindo com frieza, já que os cartolas do Tricolor das Laranjeiras estão “na bronca” com a decadente arbitragem carioca, Luiz Flavio de Oliveira (Fifa/SP), independente das provocações entre os atletas das referidas equipes durante e após o jogo, o que proporcionou um clima de ingente tensão, não deixou-se influenciar e suas tomadas de decisões foram equilibradas. Ótima arbitragem.

No Allianz Parque
A inércia, a falta de autoridade disciplinar em lances que envolveram atletas em confrontos verbais e ameaçadores, a ausência de critérios na marcação de infrações, a pressão dos dirigentes do Santos sobre a arbitragem, acoplada ao estilo “conciliador” e decadente do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães (Asp/Fifa/RJ), por muito pouco não eclodiu numa confronto generalizado no Palmeiras/SP 1 x 0 Santos/SP. Arbitragem fraquíssima.

Na Arena Pernambuco
Sport/PE 2 x 0 São Paulo/SP, foi um jogo de altíssima dificuldade e, por extensão, dificílimo de ser conduzido. André Luiz de Freitas de Castro (ESP-2/GO), além do equilíbrio psicológico nas tomadas de decisões técnicas e disciplinares, fez uso do diálogo como ferramenta de persuasão no convencimento dos atletas das suas ações. Errou no lance envolvendo o atacante do Sport Andre e o meia Hudson do São Paulo, mas, dada a complexidade disciplinar e intolerante dos atletas do São Paulo, teve um boa arbitragem.

Sul-Minas já tem problemas (1)
A Copa Sul-Minas que está em vias de ser reativada, antes da confirmação do seu retorno ou não já apresenta um obstáculo que vai trazer polêmica: A arbitragem. A questão indigesta deverá fazer parte do cardápio da cartolagem nas próximas reuniões que deseja a volta do torneio. Flamengo e Fluminense que manifestaram desejo de participar do aludido torneio, declararam que não estão satisfeitos com o decadente quadro de árbitros da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.

Sul-Minas já tem problemas (2)
Tanto é verdade que o clássico Fluminense 1 x 2 Vasco, no domingo que passou, foi comandado por árbitro paulista. Embora tenha um árbitro na Fifa, Pericles Bassols Cortes, a arbitragem carioca vem definhando ano após ano e não há perspectivas de que a situação possa melhorar nos próximos meses.

Sul-Minas já tem problemas (3)
Além do imbróglio com os homens de preto do Rio, os dirigentes terão que equacionar outro problemão. A participação no torneio do fraquíssimo quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF), que vivencia um momento dificílimo em termos de qualidade. E, para que não digam que é perseguição deste colunista, observem, que a CA/CBF vem esquecendo no “freezer” sistematicamente os apitos e bandeiras da (FPF) que compõe a Renaf, sobretudo, na Série (A).

No Paraná as deficiências são conhecidas
As deficiências do quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF) são de notório conhecimento. Não há investimento na formação e requalificação dos homens do apito, e, politicamente a (FPF) está com nenhum ou pouquíssimo prestígio na CBF. A escola de formação de árbitros é fraquíssima a partir da sua direção e o conteúdo dos inúmeros cursos efetivados nos últimos anos não surtiu efeito, haja vista que não tem nenhum árbitro em condições de acender ao quadro de Asp/Fifa. O continuísmo anacrônico de Afonso Vitor de Oliveira a frente da direção dos árbitros matou o quadro. E, por derradeiro, a omissão e conivência da associação e, principalmente, dos árbitros contribuiu para o enfraquecimento da categoria em âmbito nacional.

Na geladeira (1)
Pablo dos Santos Alves (Esp-2/ES), foi o árbitro designado pela CA/CBF para dirigir no próximo domingo (26), Coritiba/PR x Corinthians/SP. Já o confronto Avai/SC x Atlético/PR, será comandado por Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO). Outrossim, no sorteio realizado no inicio desta tarde na sede da CBF no Rio de Janeiro, nenhum árbitro da Federação Paranaense de Futebol (FPF) - que compõe a Renaf, foi designado para atuar na 15ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série (A).

Na geladeira (2)
Não lembro de tamanha “geladeira” imposta ao quadro de arbitragem da (FPF), no que diz respeito as competições da CBF. Além da falta de representatividade política junto a CBF, o principal fator que impede nossos apitos e bandeiras de atuarem na principal divisão do futebol brasileiro, está vinculado a ausência de um projeto de formação e requalificação dos homens de preto da Casa Gêneris Calvo. Cadê a comissão de arbitragem da FPF? Onde estão os mandachuvas da escola de formação de árbitros da FPF? Que fim levou o presidente da associação dos árbitros? Por que todos optaram pelo silêncio há três anos ininterruptos e nada fazem para mudar esse cenário de humilhação?