quinta-feira, 28 de maio de 2015

É agora ou nunca


    Logomarcas estão nas meias, nas costas e nas mangas da camisa

Reclamam reiteradamente os dirigentes dos sindicatos dos  árbitros de futebol, que a categoria dos homens de preto não é reconhecida e valorizada como profissional e que a Lei Nº 12867/2013, que reconheceu a atividade do árbitro no Brasil como profissional, é ignorada pela CBF e as federações estaduais de futebol. 

Na outra ponta o refrão entoado pelos apitos e bandeiras que fazem parte da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf/CBF), é similar ao dos líderes classistas, acoplada a uma queixa de exploração de três logomarcas exibidas gratuitamente na indumentária da arbitragem (foto), que não ganha um centavo de retorno pela propaganda da CBF. Pois bem, surgiu a oportunidade inédita para a concretização do reconhecimento e valorização da categoria. 

O deplorável episódio da prisão do ex-presidente da CBF e membro do Comitê Executivo da Fifa - o brasileiro José Maria Marin, cai como uma luva nas maõs das entidades de classe que representam a confraria do apito brasileiro já que poderão se quiserem, solicitar a abertura da caixa-preta envolvendo os contratos publicitários estratosféricos que a CBF celebrou com as multinacionais nos últimos anos, em especial aqueles envolvendo as publicidades explicitadas na vestimenta dos homens do apito. 

São três as logomarcas alocadas no uniforme. Elas estão estampadas (na meia, na bermuda, nas mangas e nas costas das camisas) – material que é confeccionado por uma multinacional e é obrigatório sua utilização em todas as competições da CBF.

É de conhecimento de juízes e bandeiras do futebol brasileiro, que a CBF nunca repassou os valores corretos à classe como devia. Pelo contrário: se noticiado a quantia volumosa que a CBF arrecada junto as três empresas que exploram o uniforme dos árbitros, e o que é repassado à eles, os Referees serão considerados “mendigos”. 

Dinheiro que deveria ser revertido de acordo com circular da Fifa em benefício da formação, requalificação e distribuído em forma de lucro à arbitragem nacional como acontece na Europa, coisa que aqui, nunca aconteceu.

Diante do exposto, resta saber se os sindicatos de árbitros de futebol que possuem o Certificado de Registro Sindical (Carta Sindical), que acusam sistematicamente a CBF, as federações e os cartolas pelo não reconhecimento e valorização do árbitro, terão vontade, coragem e, sobretudo, independência para mexer na questão dos patrocínios e reverter o quadro vergonhoso, humilhante, depreciativo que há anos é imposto a um dos segmentos mais importantes do futebol que é o árbitro. 

PS: São detentores da Carta Sindical e com legitimidade perante o ministério do Trabalho e Emprego, a CLT e a Constituição Federal os sindicatos: Sindafal (Alagoas), Sinbaf (Bahia), Sindarfce (Ceará), Sindárbitros (MS), Safergs (Rio Grande do Sul), (Saperj) (Rio de Janeiro), Safesp (São Paulo) e Sinproarf (Paraná).

PS (2): Não mencionei as associações de árbitros acima, porque,  a partir da promulgação da  Lei Nº 12.867/2013, as associações não tem o reconhecimento do ministério do Trabalho e Emprego, não encontram amparo na CLT e muito menos na Constituição Federal.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Mais bola rolando

Comissão de Arbitragem inicia cruzada pela disciplina em campo
Créditos: Rafael Ribeiro / CBF
O presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF (Conaf), Sérgio Corrêa, lidera uma corrente pelo combate à indisciplina durante as partidas de futebol. Atendendo à determinação do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, ele iniciou uma batalha contra as reclamações de jogadores e integrantes da comissão técnica em campo.
Este ano, a CBF intensificou o trabalho para aumentar a disciplina no campo de jogo. As medidas começam a surtir efeito, como destacam os especialistas e veículos de imprensa.
A Comissão de Arbitragem enviou dois documentos sobre o tema, no último dia 22, aos árbitros, assessores e clubes que atuam nas competições organizadas pela CBF.
O ofício Nº 026 trata do “respeito aos árbitros, jogadores, integrantes de comissões e, principalmente, torcedores”. Determina que todos os árbitros não devem tolerar desrespeito e atos de indisciplina de qualquer natureza.
De acordo com a orientação, as recorrentes e acintosas reclamações, individuais ou em grupo de jogadores, contra as decisões do árbitro e de qualquer oficial da arbitragem, tanto durante como após o encerramento das partidas, exigem adoção de medida disciplinar adequada, pois as regras do jogo o permitem e exigem.
A Conaf explica que os árbitros que não atuarem de acordo com as regras e permitirem transgressões dessa natureza serão afastados das partidas, pois “o futebol não pode ser vítima de árbitros fracos ou jogadores, treinadores e dirigentes indisciplinados, cujas condutas inflamem torcedores nas arquibancadas”. Para Sérgio Corrêa, o comportamento indisciplinado de verdadeiros ídolos do esporte contribui para que jovens adquiram hábitos desrespeitosos contra autoridades de qualquer natureza.
O novo pacote de determinações é resultado de uma série de encontros e debates da Escola Nacional de Arbitragem (Enaf), que se desenrolaram de dezembro de 2014 a março deste ano. A valorização da disciplina em campo não é privilégio do futebol brasileiro, tanto que a UEFA adotou, recentemente, postura semelhante. No ofício circular Nº 08, a Conaf oferece aos clubes o serviço de orientação in loco.
– Disponibilizamos, por meio da Enaf, instrutores de arbitragem para os clubes. Os interessados podem contar conosco para palestras e reuniões com os jogadores, treinadores e outros integrantes da comissão técnica envolvidos em uma partida de futebol.
Repercussão do tema na imprensa. Clique nos títulos para conferir o conteúdo.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Arbitragem: Legalista ou meia-boca?


Observando epílogo da terceira rodada da Série (A) do Campeonato Brasileiro deste ano, no que concerne à arbitragem vislumbrei duas situações: há dois grupos de árbitros em ação. Os legalistas, ou seja, os apitos que estão cumprindo minuciosamente as Regras de Futebol e a Circular Nº 026/2015 da CA/CBF.  

E, na outra ponta, um segmento considerável de juízes e bandeiras que estão na “espreita”, aplicando as regras e a indigitada circular à meia-boca. É um absurdo! 

Se a presidência da CBF pestanejar e não der mão forte ao sexteto, Sérgio Corrêa da Silva, Alício Pena Júnior, Ana Paula de Oliveira, Nilson Monção, Manoel Serapião e Wilson Luiz Seneme, o modus operandi da turma meia boca, aquela que dirige um jogo pensando na próxima escala vai prevalecer e a indisciplina vai tomar de assalto o maior campeonato de futebol do planeta.

Arbitragem perfeita
Não há amparo nas Regras de Futebol e nem na Circular Nº 026/2015, as reclamações contra o “modus operandi” do árbitro  Thiago Duarte Peixoto (Asp/Fifa/SP), que dirigiu o prélio, Atlético/PR 1 x 0 Atlético/MG, na Arena, no último domingo. A maioria das queixas partiu de quem desconhece as regras e a nominada circular. 

Seu desempenho nos quesitos técnico (interpretação e aplicação das regras), tático (posicionamento no campo de jogo), físico (condição física do primeiro ao último minuto, a partida foi até os 51 minutos na segunda fase) e o psicológico (sob pressão em diferentes situações e variados momentos da partida) – foi ótimo. 

PS: Após o fechamento da 3ª rodada da Série (A) do Brasileirão do ano em curso, na nossa opinião, devem ser reconhecidos como legalistas os árbitros: Anderson Daronco, Braulio da Silva Machado (foto), Heber Roberto Lopes, Marcelo de Lima Henrique, Thiago Duarte Peixoto, Sandro Meira Ricci e Wagner Reway.   

PS (2):  Clique nos anexos abaixo e leia o que diz a Circular Nº 026/2015.

Anexos

domingo, 24 de maio de 2015

Definida a arbitragem da Copa América


O Comitê de Arbitragem da (Conmebol) Confederação Sul-Americana de Futebol, presidida pelo Dr. Carlos Alarcón, que é membro da Comissão de Árbitros da Fifa, anunciou neste domingo (24), os homens de preto que irão laborar na Copa América no Chile a partir  do próximo dia 11 de junho.

Confira os apitos selecionados pela Conmebol: Carlos Vera (Equador), Dario Ubriaco (Uruguai), Enrique Cáceres (Paraguai), Enrique Osses (Chile), José Argote (Venezuela), Nestor Pitana (Argentina), Raul Orosco (Bolívia), Victor Carrillo (Peru), Sandro Meira Ricci (Brasil) e Wilmar Roldan (Colômbia).

PS: A designação do brasileiro Sandro Meira Ricci (foto/Fifa/SC), atesta mais uma vez de maneira irretocável, a excelente performance que vivencia o indigitado árbitro, confirma o seu Know how e o conceito de alto nível que goza junto aos dirigentes da Conmebol e da Fifa. Meira Ricci, é o melhor árbitro da América do Sul na atualidade, e, ao lado de Enrique Osses e Nestor Pitana, forma a espinha dorsal da arbitragem da (CFS).  

Luxa aprova rigor com reclamações contra arbitragem: "Fica muito feio"


Técnico do Flamengo elogia Conaf e considera “fantástica” a decisão da entidade de passar a escalar árbitros das sedes das partidas, e não de localidades neutra.

O início do Campeonato Brasileiro deixou claro que os critérios de arbitragem mudaram – e os cartões se multiplicaram. O número de advertências aplicadas pelos árbitros nessas duas primeiras rodadas (17) foi mais de quatro vezes superior aos dois primeiros jogos do torneio de 2014 (quatro). E o técnico Vanderlei Luxemburgo, do Flamengo, achou bom. Ele lembrou que a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (Conaf), presidida por Sérgio Corrêa, avisou sobre aorientação, que tem como objetivo principal coibir as ostensivas reclamações contra a arbitragem nos gramados.

Mas não foi só isso que agradou ao técnico do Flamengo. A CBF, em uma medida por economia e credibilidade, desistiu de escalar árbitros de localidades neutras nas partidas para passar a escolher os dos locais onde os jogos se realizam. A prática ainda não foi adotada para a terceira rodada do Brasileiro, mas deverá ser em breve. Outra bola dentro da Conaf, segundo Luxemburgo:

- (A questão dos cartões) Foi uma orientação do Sérgio Corrêa, passou para nós como os árbitros atuariam, seriam mais rigorosos, para acabar com essa coisa de três, quatro jogadores peitarem o árbitro. Fica muito feio. Outra coisa que achei fantástica é jogo com clube de São Paulo e Rio poder alguém de São Paulo e Rio apitar. Tem de ser bom árbitro. 


O futebol brasileiro começou muito essa desconfiança quando passaram a tirar o árbitro do estado do clube que estivesse envolvido. Os grandes centros de futebol são Rio, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, então esses árbitros não podem perder o privilégio dos grandes jogos. Podem ser bons ou ruins, mas não são desonestos – disse o treinador.

O que não agrada – mas também não tira o sono – são os resultados em campo nas primeiras duas rodadas. Luxemburgo, porém, considera normal e vê o Flamengo no caminho certo. Diz não ver nada fora do comum no que está acontecendo, com as cobranças e críticas, e convoca a torcida.

- O Brasileiro é o campeonato mais difícil do mundo, eu acho. As demais equipes são fortes, não são frágeis. Claro que estou acompanhando tudo que acontece e não vejo nada diferente do que sempre vi no futebol. Estamos no caminho certo, confio no grupo, a importância de o torcedor acreditar, nós aqui temos de ser firmes e não tenho dúvida que a coisa vai caminhar bem.

Neste domingo, o Flamengo enfrenta o Avaí, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, na Ressacada. Luxemburgo tem dois desfalques para a partida: os atacantes Marcelo Cirino, que se recupera de edema na coxa esquerda, e Eduardo da Silva, que não viajou para Santa Catarina por conta de uma forte gripe.
Por Vicente Seda Rio de Janeiro/Globo Esporte