Na
reunião realizada em Nyon, o Comitê Executivo da Uuefa aprovou um novo
procedimento para lidar com concussões que será implementado com
efeito imediato nas competições da entidade.
No
caso de suspeita de uma concussão, o árbitro deverá parar o jogo
durante um máximo de três minutos de forma a permitir que o jogador seja
avaliado pela sua equipa médica. Um jogador só poderá continuar a jogar
se o médico confirmar especificamente junto do árbitro que o jogador
está em condições de prosseguir.
O Comitê Executivo concordou que este procedimento seja incluído nos regulamentos da Uefa o mais rapidamente possível:
"Em
caso de suspeita de uma concussão, o árbitro deverá parar o jogo para
permitir que o jogador seja avaliado pela sua equipa médica. Este
procedimento não deverá demorar mais de três minutos, a não ser que a
lesão seja de um gravidade tal que obrigue a que o atleta seja tratado
ou imobilizado no campo de jogo para ser transferido imediatamente para o
hospital (por exemplo, no caso de uma lesão na coluna vertebral).
"Um
jogador que sofra um ferimento na cabeça que exija a avaliação da
existência de uma possível concussão só poderá continuar em jogo após
avaliação e confirmação específica do médico da equipa junto do árbitro
de que o jogador está em condições de continuar."
O
Secretário-Geral da Uefa, Gianni Infantino, explicou os motivos que
levaram a esta decisão. "Temos de dar prioridade à proteção da saúde
dos jogadores", destacou. "O Comitê Executivo levou em linha de conta um
relatório do Comitê de Medicina e decidiu que, em casos de concussão
durante os jogos, o árbitro deve interromper o jogo por um máximo de
três minutos de forma a permitir que o médico da equipe avalie o jogador
e determine se ele está em condições de regressar à partida."
Infantino
acrescentou: "Será o médico da equipe, e exclusivamente o médico da equipe, que
terá a responsabilidade e a obrigação de decidir se um jogador pode
regressar ao campo, se o atleta está em condições de jogar ou se deve
ser substituído. É muito importante preservar a saúde dos jogadores, por
isso esta medida será aplicada com efeito imediato em todas as nossas
competições."
O presidente do Comitê de Medicina da entidade europeia, Michel
D'Hooghe, saudou esta iniciativa: "A implementação das diretrizes para
casos de concussão é mais um passo em frente no trabalho contínuo da
Uefa para uma proteção ideal dos jogadores durante os encontros e para
salvaguardar a sua saúde e bem-estar. Estou muito satisfeito por esta
iniciativa ter sido aprovada pelo Comitê Executivo para que se torne uma
prática comum em todos os jogos organizados pela Uefa."
Outra
resposta positiva às novas disposições veio do responsável pela
arbitragem na Uefa, Pierluigi Collina. “Estou satisfeito sobre o novo
procedimento em caso de concussões ser implementado esta semana, poucos
dias depois de ter sido aprovado pelo Comitê Executivo da Uefa", disse.
"Na minha opinião, o novo procedimento dá aos árbitros uma visão clara
sobre quem tem a decisão final sobre se um jogador pode continuar a
jogar ou tem de sair do campo - é a equipa médica e mais ninguém. Espero
que isto leve à melhoria da saúde e da segurança dos jogadores em
geral.”
Fonte: Uefa.com
Fonte: Uefa.com
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