terça-feira, 30 de setembro de 2014

CBF não usa 'gol eletrônico' por custo alto


Por causa de R$ 648 mil o gol de Esquerdinha, do Goiás, não foi validado na partida contra o Santos na noite do último domingo (28).
A CBF decidiu não utilizar em seus campeonatos o sistema de câmeras que detecta quando a bola ultrapassa a linha do gol e que foi usado pela primeira vez em uma na Copa do Mundo no torneio disputado no Brasil este ano.
O pacote, que inclui 14 câmeras, um software que faz a leitura da jogada e relógio para o árbitro, que avisa se a bola ultrapassou a linha, está sem uso nos 12 estádios em que já há instalação efetuada e que seria necessário gastar R$ 10 mil por jogo para colocá-lo em funcionamento.
A Fifa deixou esses kits nas arenas que receberam jogos do Mundial após o término da Copa do Mundo, em julho.

Editoria de arte/Folhapress



A CBF avalia que seria injusto alguns locais terem a tecnologia e outros não, e entende ser caro fazer a instalação em vários estádios.
O Pacaembu, que recebeu a partida em que o Santos bateu o Goiás por 2 a 0 no fim de semana, por exemplo, não tem o equipamento. Portanto a CBF precisaria investir R$ 638 mil para compra e instalação dos equipamentos e mais os R$ 10 mil para poder utilizá-lo em cada partida que o estádio receber.
No lance do Pacaembu, o jogador do Esquerdinha chutou de fora da área, a bola bateu no travessão e ultrapassou a linha do gol. Nem o árbitro, nem seus dois assistentes (o da lateral e o que fica atrás da trave) perceberam e o gol não foi dado. No rebote, David ainda marcou "de novo", mas estava impedido.
"Tem que ter uniformidade. Não adianta ter na Arena do Corinthians, usando São Paulo como exemplo, e não ter no Pacaembu ou na Vila Belmiro. O custo é elevadíssimo [para instalar em todos os estádios]", disse Sérgio Corrêa da Silva, chefe da comissão de arbitragem da CBF.
Ele fez questão de ressaltar que essa não foi uma decisão de seu departamento, mas administrativa da entidade.
A Folha apurou que a CBF avaliou que teria que colocar, ao menos, em todos os estádios que recebem jogos das Série A e B. Já excetuando as 12 arenas que receberam partidas da Copa, seriam ao menos mais 30 estádios, muitos deles até sem condições de receber as câmeras, já que são instaladas na cobertura. 
 Sistema GoalControl utilizado pela Fifa na Copa do Mundo no Brasil
VALORES
Após a Copa, a Fifa informou que deixaria a tecnologia nos estádios que receberam jogos da Copa e que, durante um ano, pagaria a despesa para que fosse utilizada – os R$ 10 mil por jogo.
Na Arena da Amazônia, em Manaus, por exemplo, a tecnologia poderia ter sido usada em jogo da Série B entre Vasco e Oeste-SP, no dia 16 de setembro. O time paulista fez um gol em que a bola tocou em cima da linha, mas o árbitro viu ela entrar e deu o gol. O Vasco conseguiu empatar e o jogo acabou 1 a 1. 
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2014 A MATÉRIA EM TELA É DE AUTORIA DOS JORNALISTAS BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC E MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO - ESTE COLUNISTA É ASSINANTE DA FOLHA DE SÃO PAULO HÁ TRÊS DÉCADAS.

PS: No futebol brasileiro os (AAA) árbitros assistentes adicionais estão mais perdidos do que "cachorro" quando cai do caminhão de mudança, em que pese o manual de Regras de Futebol na página  120 especificar suas funções numa partida de futebol. Enquanto aqui o despreparo dos (AAA) aflora rodada após rodada do Brasileirão, a Uefa realizou no período de 24 a 26 do mês em curso, em Nyon (Suíça), sede da entidade, um curso de capacitação aos (AAA) da entidade europeia. A estrutura do evento teve como principal foco assistente de arbitragem adicional, exercícios práticos, tomada de decisão e exercícios do árbitro assistente adicional.     

CBF convoca clubes, imprensa e atletas

Ofício Circular nº 63/CA-CBF/14 Rio de Janeiro, 29 de Setembro de 2014
Da CA-CBF
Aos Clubes da Série A, via Federações.
Assunto: Reunião Técnica
Prezados (as) Senhores (as),
A CBF, através de sua comissão de arbitragem, convida os capitães (ou um jogador a ser indicado pelos responsáveis), dos 20 clubes participantes do Campeonato Brasileiro da Série A para uma reunião técnica que será realizada na quinta-feira, dia 2 de outubro, às 15 horas, no auditório da entidade. Os jogadores podem estar acompanhados. 
Solicitamos a gentileza de confirmar a presença para as providências cabíveis.
Na reunião, os árbitros sorteados para atuar na 26ª rodada da Série (A), que será quase toda realizada no sábado, em virtude das eleições – haverá apenas um jogo na quinta-feira - e mais instrutores de arbitragem vão debater e analisar de maneira didática as Regras do Futebol, em especial as orientações da Fifa referentes à mão na bola.
Serão apresentados 26 vídeos, mais oito analisados pela Fifa como decisões corretas de nossas competições.
Os representantes da imprensa se credenciarão na portaria da CBF a partir das 13 horas de quinta-feira.
Sendo só o que se apresenta para o momento, renovamos os votos de estima e distinta consideração. 

Local de reunião: Avenida Luiz Carlos Prestes, 130 • Barra da Tijuca • Rio de Janeiro, Brasil • CEP 22775-055
Telefones: 00 55 (21) 3572 1900 • Fax: 00 55 (21) 3572 1900 • cbf@cbf.com.br
Fonte: CBF

Novo procedimento para concussões

Novo procedimento para concussões
Álvaro Pereira, do Uruguai, levou uma pancada na cabeça durante o jogo do Campeonato do Mundo com a Inglaterra ©Getty Images
 
A UEFA vai implementar imediatamente um novo procedimento em caso de concussões em todas as suas provas, sublinhando a preocupação com o bem-estar dos jogadores. 
Na reunião realizada em Nyon, o Comitê Executivo da Uuefa aprovou um novo procedimento para lidar com concussões que será implementado com efeito imediato nas competições da entidade.
No caso de suspeita de uma concussão, o árbitro deverá parar o jogo durante um máximo de três minutos de forma a permitir que o jogador seja avaliado pela sua equipa médica. Um jogador só poderá continuar a jogar se o médico confirmar especificamente junto do árbitro que o jogador está em condições de prosseguir.
O Comitê Executivo concordou que este procedimento seja incluído nos regulamentos da Uefa o mais rapidamente possível:
"Em caso de suspeita de uma concussão, o árbitro deverá parar o jogo para permitir que o jogador seja avaliado pela sua equipa médica. Este procedimento não deverá demorar mais de três minutos, a não ser que a lesão seja de um gravidade tal que obrigue a que o atleta seja tratado ou imobilizado no campo de jogo para ser transferido imediatamente para o hospital (por exemplo, no caso de uma lesão na coluna vertebral).
"Um jogador que sofra um ferimento na cabeça que exija a avaliação da existência de uma possível concussão só poderá continuar em jogo após avaliação e confirmação específica do médico da equipa junto do árbitro de que o jogador está em condições de continuar."
O Secretário-Geral da Uefa, Gianni Infantino, explicou os motivos que levaram a esta decisão. "Temos de dar prioridade à proteção da saúde dos jogadores", destacou. "O Comitê Executivo levou em linha de conta um relatório do Comitê de Medicina e decidiu que, em casos de concussão durante os jogos, o árbitro deve interromper o jogo por um máximo de três minutos de forma a permitir que o médico da equipe avalie o jogador e determine se ele está em condições de regressar à partida."
Infantino acrescentou: "Será o médico da equipe, e exclusivamente o médico da equipe, que terá a responsabilidade e a obrigação de decidir se um jogador pode regressar ao campo, se o atleta está em condições de jogar ou se deve ser substituído. É muito importante preservar a saúde dos jogadores, por isso esta medida será aplicada com efeito imediato em todas as nossas competições."
O presidente do Comitê de Medicina da entidade europeia, Michel D'Hooghe, saudou esta iniciativa: "A implementação das diretrizes para casos de concussão é mais um passo em frente no trabalho contínuo da Uefa para uma proteção ideal dos jogadores durante os encontros e para salvaguardar a sua saúde e bem-estar. Estou muito satisfeito por esta iniciativa ter sido aprovada pelo Comitê Executivo para que se torne uma prática comum em todos os jogos organizados pela Uefa."
Outra resposta positiva às novas disposições veio do responsável pela arbitragem na Uefa, Pierluigi Collina. “Estou satisfeito sobre o novo procedimento em caso de concussões ser implementado esta semana, poucos dias depois de ter sido aprovado pelo Comitê Executivo da Uefa", disse. "Na minha opinião, o novo procedimento dá aos árbitros uma visão clara sobre quem tem a decisão final sobre se um jogador pode continuar a jogar ou tem de sair do campo - é a equipa médica e mais ninguém. Espero que isto leve à melhoria da saúde e da segurança dos jogadores em geral.”
Fonte: Uefa.com

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Após erro grave, árbitros de lado do gol ganham prêmio e entrarão na Copa do Brasil

REGINALDO CASTRO/Gazeta Press
Goiás Reclama Árbitro Santos Gol Entrou Campeonato Brasileiro 28/09/2014
Jogadores do Goiás reclamam: bola entrou muito, mas árbitro não viu
Os árbitros adicionais não foram punidos pelos erros graves que vêm cometendo nos jogos do Campeonato Brasileiro. Muito pelo contrário. Nesta segunda-feira, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) informou que os juízes de linha, aqueles que ficam bem ao lado do gol, passarão a apitar também na Copa do Brasil.
A decisão da entidade ocorre um dia um dia depois do árbitro Ricardo Marques Ribeiro não ver um gol claro do Goiás na derrota por 2 a 0 para o Santos, no Pacaembu, na falha de arbitragem mais grave da rodada do Brasileirão.
A escala de arbitragem das quartas de final, inclusive, já foi divulgada pela entidade que rege o futebol brasileiro. 
Nos jogos desta quarta-feira, às 19h30 (horário de Brasília), Cleisson Veloso Pereira e Renato Cardoso da Conceição, ambos de Minas Gerais, estarão em Botafogo x Santos, no Maracanã. Felipe Duarte Varejão e Élvis Siqueira de Almeida, do Espírito Santo, trabalham em Cruzeiro x ABC, no Mineirão.
Mais tarde, às 22h, Francisco Carlos do Nascimento e Francisco de Assis Almeida Filho, do Ceará, ficam responsáveis por América-RN x Flamengo, na Arena das Dunas, enquanto Wagner do Nascimento Magalhães e Wagner dos Santos Rosa, do Rio de Janeiro, cuidam de Corinthians x Atlético-MG, na Arena Corinthians.
Será a primeira vez que a Copa do Brasil terá árbitros dos lados dos gols. Nas quatro fases anteriores do torneio, apenas trios de arbitragens trabalharam nas partidas.
Fonte: Francisco De Laurentiis, do ESPN.com.br

Opinião do Apito do Bicudo: Em função do continuísmo que grassa na CA/CBF, da decadência técnica dos juízes no momento de (interpretar e aplicar as Regras de Futebol), da incapacidade dos assistentes na marcação correta do impedimento, da ausência de critérios dos árbitros na sinalização das faltas e na aplicação do cartão amarelo, da ineficácia dos "árbitros assistentes adicionais" no Campeonato Brasileiro do ano em curso, o quadro da (Renaf) atingiu o fundo do poço. Aliás, a arbitragem brasileira está lá há muito tempo. Alemanha 7 x 1 Brasil, no último mês de julho, "escamoteou" por alguns dias a verdade que ora aflora de maneira inexorável.      

Arbitragem: A situação é caótica

                            Foto: Valdir Bicudo
Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG), um dos poucos árbitros que ainda não tinha se equivocado no atual Campeonato Brasileiro e no sábado à noite (27), teve atuação exuberante na partida São Paulo/SP 1 x 3 Fluminense/RJ, é a mais recente vítima da falta de projeto, de critério e da desorganização que grassa na comissão de arbitragem da CBF.  

“Estranhamente”, Marques Ribeiro após o jogo no Morumbi, rumou para Santos/SP, onde no domingo (28), foi “premiado” para exercer a função de (AAA) árbitro assistente adicional, no jogo Santos/SP x Goiás/GO.

Um verdadeiro absurdo! Um árbitro Fifa/Conmebol designado para ser (AAA), como é Ricardo Marques Ribeiro. Como estudioso da arbitragem nunca vi a Uefa escalar um árbitro top de linha para atuar nessa função. Repito: Não basta ser Fifa. Tem que ser considerado "top de linha". (AAA) é aquele personagem que fica postado na linha de fundo do mesmo lado de cada assistente, e a cada prélio do Brasileirão demonstra que está mais perdido do que cão quando cai do caminhão de mudança.

Como Marques Ribeiro só apita partidas e não tenho conhecimento de que árbitros da Fifa/Renaf, tenham sido submetidos desde a implementação dos (AAA) a treinamentos para exercer a função com presteza, é óbvio que só podia acontecer o que aconteceu.

E aconteceu assim: Aos 18’ da segunda etapa de Santos x Goiás, o meia Esquerdinha da esquadra de Goiânia, desferiu portentoso chute contra a meta santista, a bola bateu no travessão, ultrapassou totalmente a linha de meta (gol!) – e  incontinenti, retornou ao campo de jogo.

Ricardo Marques que estava postado na linha de fundo na meta onde sucedeu a jogada, numa distância de três a cinco metros,  não captou a bola cruzar a linha do gol na sua totalidade. Falhou sua coordenação psicomotora (agilidade, destreza e flexibilidade de raciocínio). Bruno Boschilia (Asp/Fifa/PR), o assistente onde ocorreu o lance fatídico, também não captou a bola cruzar a linha de meta na sua totalidade.  

Mas a fase dos homens de preto da Renaf é lúgubre. No Beira-Rio, no Internacional/RS 4 x 2 Coritiba/PR, aos 31’ da primeira fase, o chileno Aránguiz do Colorado dos Pampas, foi lançado em completo impedimento e logo a seguir, cruzou para o colorado Alex que fulminou o segundo gol contra as redes da equipe paranaense.

PS: Mesmo vivenciando uma situação caótica nunca antes vista no comando e no desempenho da arbitragem do Campeonato Brasileiro, ainda tem árbitro que está comprometido com as Regras de Futebol, com os clubes, com a imprensa, com os atletas, com a ética e, principalmente, com o torcedor. Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ) - no centro com a bola aos pés e sua equipe que comandaram o prélio Atlético/PR 1 x 0 Corinthians, na Arena da Baixada, um dos mais notáveis palcos do futebol mundial, são dignos de distinção pelo excelente trabalho que realizaram.

domingo, 28 de setembro de 2014

Fifa convoca árbitros para a Copa de 2018.

Na sexta-feira que passou, a Fifa convocou vinte e quatro árbitros do Continente Europeu para participarem do primeiro seminário com vistas a Copa do Mundo de 2018 na Rússia. O seminário acontecerá de 18 a 22 de novembro próximo em Zurique, sede da entidade internacional
Os homens de preto selecionados já receberam um caderno especial onde constam as atividades que serão ministradas pelos instrutores internacionais. Estão previstos teste teóricos, físicos “o tendão de aquiles” dos árbitros brasileiros que possuem um histórico “vergonhoso” de reprovações que remonta a  2006, exames médicos, atividade prática no campo de jogo (interpretação e aplicação das Regras de Futebol, coma presença de jogadores), ou seja o pilar técnico.
No que diz respeito ao teste físico há um adendo especial que foi distribuído aos árbitros chamados para o aludido seminário. Além do seis tiros de 40 metros em 5,8 segundos e dos vinte sprints de 150 metros em no máximo trinta segundos, a confraria do apito vai ser submetida ao “temível” teste Yoyo.
O teste Yoyo foi aplicado aos árbitros que participaram do Mundial do Brasil, uma semana antes do início da Copa e o resultado para os apitos e bandeiras Sul-Americanos foi desastroso.
O Yoyo é considerado uma ferramenta importante porque permite aos instrutores de arbitragem avaliar a capacidade individual do árbitro. Já que exige esforços intermitentes e mostra situações reais do que acontece numa competição esportiva. Esse tipo de teste já é aplicado por preparadores físicos dos clubes profissionais da Europa aos atletas desde as categorias de base. E, por consequência, vem sendo utilizado pela Uefa nas provas físicas aplicadas aos seus juízes e bandeirinhas. O inventor do Yoyo foi o fisiologista Jens Bangsbo (Dinamarca).  
Isto posto, como diz Fernando Gomes, é de bom alvitre que a Comissão de Arbitragem da CBF, dê início ao processo de treinamento dos nossos árbitros e assistentes com potencial de participarem do processo pré-seletivo à Copa de 2018. Porque logo a seguir, serão convocados os apitos e bandeiras da Concacaf, Ásia, África e os Sul-Americanos.
Em assim agindo, a melhor “arbitragem do planeta” segundo o diretor da CA/CBF Sérgio Corrêa da Silva, terá tempo suficiente de se preparar, se aprimorar e não poderá alegar desconhecimento do programa estabelecido pela Fifa aos árbitros brasileiros.

PS (1): O alerta se faz necessário porque a arbitragem brasileira desde 2006, possui um histórico de reprovações nos testes físicos da Fifa. Tanto é verdade que Wilson Luiz Seneme, Leandro Pedro Vuaden e Heber Roberto Lopes, os indicados para a Copa de 2014, sucumbiram fragorosamente no indigitado teste. E, como prova insofismável, há pouco mais de vinte dias, o árbitro Heber Roberto Lopes (Fifa/SC) e o assistente Cleriston Barreto (Fifa/SE), sob os olhares imutáveis do instrutor/Fifa, Jorge Larrionda, “rodaram feio” no teste em tela.

PS (2): A CBF, através de sua comissão de arbitragem, convoca os representantes da imprensa e os capitães dos 20 clubes participantes do Campeonato Brasileiro da Série A para uma reunião técnica que será realizada na quinta-feira (2/10), às 15 horas, no auditório da entidade.
Na reunião, os árbitros sorteados para atuar na 26ª rodada da Série (A), que será quase toda realizada no sábado, em virtude das eleições – haverá apenas um jogo na quinta-feira - e mais 30 instrutores de arbitragem vão debater e analisar de maneira didática as Regras do Futebol, em especial as orientações da Fifa referentes à mão na bola.
Serão apresentados 26 vídeos, mais oito analisados pela Fifa como decisões corretas de nossas competições. Os representantes da imprensa se credenciarão na portaria da CBF a partir das 13 horas de quinta-feira.

 

sábado, 27 de setembro de 2014

Presidente da ANAF fala ao Estadão sobre nova recomendação da Fifa

arnaldo 
marco pequeno 
O Estado de S. Paulo ouviu especialistas em arbitragem que atacaram as declarações feitas pelo chefe do Departamento de Arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, de que os apitos brasileiros não estão alinhados às orientações da entidade em relação a lances de mão na bola.
Raphael Ramos, reporter do Estadão, escreveu que “Ex-árbitros afirmam que erro de interpretação da recomendação é culpa da própria Fifa e dos seus chefes de arbitragem”. 
Para Marco Antonio Martins, presidente da Anaf (Associação Nacional de Árbitros de Futebol), se há erro de interpretação da nova recomendação da Fifa, a culpa é da própria entidade. “Os brasileiros não estão com dificuldades de entender. A Fifa mandou dois instrutores para o Brasil, o Oscar Ruiz e Jorge Larrionda. Sempre existiu interpretação nesse tipo de lance. Se para a Fifa está havendo erro de interpretação, o problema foi de quem repassou a informação”, disse.
Arnaldo Cezar Coelho, árbitro das Copas do Mundo de 1978 e 1982 e atualmente comentarista da TV Globo, criticou a atuação de Busacca à frente do Departamento de Arbitragem da Fifa. “Se for assim, os espanhóis também estão mal orientados porque tivemos um lance absurdo no jogo do Real Madrid e ele é o responsável. Vale lembrar que na Copa do Mundo a arbitragem não foi um primor. Muito pelo contrário, foi um desastre”, disse.
Para Arnaldo Cezar, os últimos pênaltis mal marcados no Brasil não foram provocados por erros de interpretação da nova recomendação da Fifa e sim por falhas técnicas dos árbitros. Ele cita a penalidade marcada a favor do Flamengo, contra o Corinthians, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando o lateral-direito Fagner estava com o braço esquerdo na barriga quando a bola foi chutada em sua direção. “Ali, o Sandro Meira Ricci se precipitou e interpretou a regra errada. Por experiência própria, digo que em 60% dos lances desse tipo o árbitro não vê o que acontece porque tudo é muito rápido e, muitas vezes, vários jogadores estão atrapalhando a sua visão”, disse.
gaciba 190 
Leonardo Gaciba, comentarista de arbitragem do canal SporTV e ex-árbitro Fifa, também discorda da avaliação feita por Busacca. “A Fifa tem de assumir o que faz e o que falou perante os seus instrutores. Existe um vídeo com 26 situações que ela, inclusive, proibiu de ser exibido. A CBF queria exibir para  o público e mostrar o que os árbitros receberam de orientação, mas a Fifa não permitiu”, disse.
Gaciba ressalta que não é apenas no Brasil que as jogadas de mão na bola estão provocando polêmica. “Na Espanha, tivemos lance dentro desse modelo e no Campeonato Português o jogador estava de braço aberto quando a bola bateu no seu peito e o juiz deu pênalti. Na Libertadores, também ocorreu algo semelhante. Isso não acontece só no Brasil.”
CBF ataca a Fifa após críticas sobre árbitros: ‘não somos levianos’
Depois de declarações polêmicas de Massimo Busacca, Marco Polo Del Nero diz que possui vídeos e imagens que comprovam infrações.
O presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, banca a decisão dos árbitros brasileiros contra os comentários da Fifa e alerta: ninguém na entidade é “leviano”. Na quarta-feira, em entrevista aos jornais brasileiros, o chefe de arbitragem da Fifa, Massimo Busacca, negou que haja uma orientação da entidade para apitar pênalti ou falta qualquer de bola na mão, como tem sido o comportamento dos árbitros brasileiros.
Suas declarações causaram mal-estar dentro da CBF e entre os árbitros. No Brasil, o chefe da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, insistiu que as novas orientações eram uma recomendação da Fifa e que teria sido o uruguaio Jorge Larrionda, instrutor da Fifa, quem passou as novas ordens. “O Sergio Correa respondeu lá no Brasil”, declarou Del Nero na quinta-feira na Fifa. “Nós temos os vídeos, as provas. Ele não é leviano”, insistiu.
Na quarta-feita, a Fifa insistiu que “nunca mudou” a “regra da bola na mão” e criticou o comportamento dos juízes no Brasil. Para a entidade, os árbitros precisam “ler a situação” e não dar falta a cada bola que toque na mão. “A mão faz parte do jogador. Não há como pensar em um jogador sem mãos”, indicou Busacca.
Del Nero disse que há vídeos e imagens que comprovam pênaltis polêmicos
Nas últimas semanas, a arbitragem do Campeonato Brasileiro tem causado diversas polêmicas, em especial por conta de lances de mão na bola. A diretriz da CBF sobre da “mão na bola” aponta para uma direção exatamente contrária à avaliação de Busacca.
A recomendação “une a mão intencional com o toque teoricamente não proposital e intensifica as marcações de infrações, mas levando em consideração fatores como a distância entre o atleta que tocou na bola e aquele que chutou”. Na prática, a recomendação restringe a interpretação de que possa haver um movimento de bola na mão.
Na Fifa, a recomendação surpreendeu. Segundo Busacca, “não se pode dar falta a qualquer toque de mão. “Isso é um absurdo”, declarou. Para ele, o que precisa ser pensado é se a mão de um jogador estava ou não no local de forma “natural ou não-natural”.
“Um jogador precisa de sua mão e de seu braço para correr, para se equilibrar e para saltar”, disse. “Não se pode jogar sem mão”, declarou. Para ele, questionar isso é “desrespeitar o atleta”. Outro fator, segundo ele, que precisa ser avaliado é se o toque foi “intencional ou não”. “Quando um jogador tenta fazer seu corpo maior usando a mão, isso deve ser punido”, disse.
Busacca insiste que, em seu trabalho, tem reforçado a ideia de que os árbitros precisam ir além das regras escritas e saber “ler” uma situação.  “O juiz não pode só pensar como juiz e apenas aplicar o que está escrito”, disse. “Um juiz precisa se colocar no lugar do jogador e entender um movimento”, completou. Nesta semana, o presidente da CBF, José Maria Marin, deixou claro que estava “insatisfeito” com a arbitragem no Brasil.
Fonte: (ANAF) - O ESTADO DE SÃO PAULO