segunda-feira, 23 de junho de 2014

Notícias do apito

Vista curta
Após assinalar dois impedimentos inexistentes na partida México 1 x 0 Camarões, o assistente Humberto Clavijo (Colômbia), foi colocado no “freezer” ao lado do árbitro Yuichi Nishimura (Japão), pelo Comitê de Arbitragem da Fifa. Ambos devem ser dispensados assim que a primeira fase da Copa terminar.

Volta com Deus
Outro apitador que deve receber bilhete “azul” ao final desta fase da competição, é o chileno Enrique Osses.  Este, não observou e não assinalou, o pênalti clarividente cometido pela zaga italiana, no meia Campbell da Costa Rica contra a Itália.

Apitando com alegria
Já o brasileiro Sandro Meira Ricci (foto) e seus compatriotas, Emerson Carvalho e Marcelo Van Gasse, estão em alta perante a Fifa, dado o excelente equilíbrio demonstrado nas tomadas de decisões e o perfeito trabalho em equipe. Nos dois prélios em que foram escalados, a trempe brasileira obteve excelente pontuação junto aos Observadores de Arbitragem da entidade internacional, e é séria candidata a dirigir mais dois jogos neste Mundial.
 
Boa Platini
Concedendo entrevista ao site do Uefa.com, o presidente da entidade europeia Michel Platini, perguntado se pretende utilizar a tecnologia na linha do gol, que está sendo usada na Copa do Mundo, nas competições da Uefa, respondeu: Até agora, decidimos não usar a tecnologia de linha do gol nos nossos torneios de clubes, porque iria custar muitos milhões de euros e nós preferimos usar esse dinheiro em projetos de requalificação e formação de novos árbitros.

Possível em 2016
Para a Eurocopa/2016, há uma possibilidade de usarmos a tecnologia, mas sempre em conjunto com os nossos árbitros e assistentes adicionais. Este assunto será discutido pelo nosso Comitê de Arbitragem.  Após o que o Comitê Executivo da Uefa, tomará a decisão final. Temos sido muito felizes com a implementação dos árbitros assistentes adicionais e acredito que é a melhor maneira de minimizar os erros cometidos nas áreas mais importantes do campo de jogo.

Um brinde à disciplina
A Copa do Mundo no Brasil tem o menor número de faltas desde 1994 nos EUA, que teve 29 infrações por jogo. Em 1998 na França, a média foi de 36 faltas. Já em 2002 no Japão/Coréia do Sul, tivemos 35,4 faltas. 2006, na Alemanha, 32,2. Na Copa da África do Sul, 29,6 e na atual até o final de semana que passou, 26,6 infrações por partida.

Del Nero mira apito
Em entrevista a uma revista de circulação nacional, o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, questionado  qual seria o seu primeiro ato como presidente da CBF, afirmou que: “Pretende melhorar a qualidade da arbitragem nacional”. Temos de preparar os árbitros à altura. Profissionalizar os homens de preto. Fizemos uma experiência na Federação Paulista de Futebol com 20 árbitros. Pagamos salários a eles por um determinado tempo e a qualidade da arbitragem não melhorou. O que fizemos aqui foi dar assistência psicológica e técnica e prepará-los. Penso em termos trios de arbitragens fixos. Acredito que assim eles vão se entender melhor. Trabalhar junto por muito tempo dará a eles um entrosamento melhor.

Melhor é rever
A ideia de Del Nero não deixa de ser auspiciosa, porém, a melhora qualitativa do árbitro de futebol no Brasil, se  há interesse do futuro presidente da CBF, requer de maneira  imperiosa uma reformulação na formatação das comissões de arbitragens e nas escolas de formação de árbitros das federações estaduais.

Olho neles
As comissões de arbitragens e as escolas de formação dos apitos e bandeiras dessas entidades, foram transformadas em “feudos”, cabides de emprego e entregues a “prepostos” e “teóricos” pelos presidentes das federações de futebol. É essa gente, muitos com visíveis sinais de caquexia, que está infiltrada nas federações tal qual “metástase” no corpo humano, que comandam as comissões e as escolas de arbitragem. Ou muda a composição das comissões e das escolas, o então (ne varietur), ou seja, nada será mudado.

Recondução confirmada
No próximo dia 30, acontece a eleição para a diretoria da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf). Marco Antonio Martins, o principal responsável pela aprovação do Decreto Lei nº 12.867, que regulamentou e reconheceu a atividade do árbitro do futebol brasileiro como profissional, será reconduzido mais uma vez ao comando da Anaf.

Logo confederação dos árbitros
A eleição se faz necessária, porque alguns sindicatos ainda não conseguiram a documentação exigida para a formação da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol. Para se fundar uma federação de uma categoria trabalhista de acordo com a legislação vigente no Brasil, são necessários cinco sindicatos com o Certificado de Registro Sindical (Carta Sindical).

Braatz elevando as arbitragens
A formatação da nova diretoria da Anaf e futura direção da Federação Brasileira de Árbitros de futebol, traz a presença do ex-assistente da Fifa Roberto Braatz, como vice-presidente. Braatz, que é instrutor da CBF e Observador de Arbitragem da Conmebol, pode se desejar, contribuir para que o futebol do Paraná, no que tange à arbitragem, recupere o terreno perdido nos últimos oito anos perante o cenário nacional.

FPF vai ter que mudar
Além disso, é importante que Braatz dialogue com a direção da Federação Paranaense de Futebol (FPF), e exponha as razões ao seu presidente de que sem uma comissão de árbitros e sem uma escola de arbitragem formada por pessoas com elevada capacitação, o quadro de árbitros da (FPF), a persistir no caminho que vem trilhando pelo oitavo ano consecutivo, ficará circunscrito a dirigir jogos do fraquíssimo Campeonato Paranaense e as competições de cerveja e refrigerante da entidade.  

Críticas são oportunas
Membros do quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol(FPF) e da Relação Nacional de Árbitros de Futebol da CBF (Renaf), utilizaram-se de um interlocutor para pedir a este colunista, moderação nas críticas exacerbadas que tenho feito a respeito do fraquíssimo modelo de gestão vigente no setor do apito da Casa Generis Calvo. 

Omissão indiscutível
Nos comentários ou críticas efetivadas ao longo de uma década, sempre visei o incremento e crescimento qualitativo do quadro de árbitros da (FPF). Quem me lê aqui neste espaço é testemunha das inúmeras ideias, sugestões e projetos que foram colocados a disposição da arbitragem paranaense. Lamentavelmente, a arrogância, o anacronismo, a propaganda mentirosa e a falta de um projeto de excelência de quem está no comando de um dos setores mais importantes do futebol, que é a arbitragem, prevaleceram.

CA/CBF sabe de tudo
Tanto é verdade que o futebol paranaense perdeu as vagas de Evandro Rogério Romam e Heber Roberto Lopes na Fifa e não preparou ninguém para substituí-los. Não tem um árbitro Asp/Fifa, e o que tem é oriundo do Rio de Janeiro. Além disso, há seis anos ininterruptos o setor de arbitragem da (FPF), não indica um candidato para o teste seletivo de Asp/Fifa, porque não tem árbitros com as credenciais exigidas pela CA/CBF. E, pelo segundo ano consecutivo, a CA/CBF não escala nenhum apito da Federação Paranaense de Futebol, numa partida top de linha do Campeonato Brasileiro da Série A.     

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