segunda-feira, 19 de maio de 2014

Raio-X da arbitragem


No Olímpico
O planejamento e trabalho em equipe da arbitragem no jogo, Grêmio 1 x 0 Fluminense, no Olímpico em Porto Alegre, deve servir de exemplo para os demais apitos que estão laborando no Campeonato Brasileiro/2014.  Aos 16’ da etapa final, antes da cobrança de um tiro de canto, o atacante Fred do Tricolor das Laranjeiras, empurrou o atleta Pará do Grêmio, dentro da área penal. Infração captada pelo campo visual do árbitro Sandro Meira Ricci (Fifa/PE), que incontinenti se dirigiu ao indigitado atacante e o advertiu com cartão amarelo.
Enquanto o árbitro central se posicionava para autorizar a cobrança do lance, Fred lança seu braço direito, no pescoço do atleta Alan Ruiz do Grêmio, ou seja, comete outra infração. Meira Ricci não observou, mas, o árbitro assistente adicional (AAA), da Federação Paranaense de Futebol, Leandro Júnior Hermes, viu a agressão e relatou imediatamente o ocorrido via ponto eletrônico.  
Ricci então, chamou Júnior Hermes, (que exerceu a prerrogativa que lhe confere a regra de futebol, ou seja, o (AAA) é objeto de informação). Informação que relatou a atitude descabida do atacante da Seleção Brasileira. Como já havia sido advertido com cartão amarelo, Fred recebeu o cartão vermelho.
Em assim agindo, o árbitro Leandro Júnior Hermes, desmontou a versão daqueles que afirmam que a participação dos (AAA) atrás das metas é inócua. E, por extensão, provou que desde que não ocorra omissão, conivência e se tenha uma boa acuidade visual, os árbitros adicionais são de fundamental importância, para equacionar lances que fujam do campo visual do árbitro principal.
No Mineirão
Já no prélio, Cruzeiro 3 x 2 Coritiba, o árbitro André Luiz de Freitas Castro (Especial/GO), deixou de assinalar duas penalidades máximas indiscutíveis. A primeira favorável a equipe mineira, quando o defensor Bruno Rodrigo foi sargeado por trás dentro da área de penal.  A segunda aconteceu aos 42’ da segunda fase, em Geraldo do Coritiba, que foi deslocado “sutilmente” com o braço por um defensor do Cruzeiro, na área de pênalti.
Na Arena Corinthians   
Jailson Macedo de Freitas (Especial/BA) e os assistentes Alessandro Rocha de Matos e Adson Marcio Leal, no Corinthians 0 x 1 Figueirense, em que pese a festa magnífica dos presentes, inclusive da apresentadora Xuxa Meneguel, foram perfeitos.
No Heriberto Hulse
Já no choque, Criciúma 0 x 0 Internacional, aos 40’ da primeira fase, o lateral-direito Eduardo do Criciúma, que já tinha cartão amarelo, em um lance de contra-ataque da esquadra gaúcha, acertou o rosto do meia Alex do Inter, com seu braço direito. O campo visual do árbitro Raphael Claus (Asp/Fifa/SP),  não captou a infração. Mas, o árbitro assistente Anderson José Coelho, enxergou a falta e via ponto eletrônico alertou Claus, que expulsou o atleta do Tricolor Catarinense. Aqui, mais um exemplo de trabalho em equipe e da função precípua que exerce o ponto eletrônico, quando bem utilizado na comunicação entre a arbitragem.
No Maracanã
Já no Rio de Janeiro, Ricardo Marques Ribeiro (foto/Fifa/MG),  num jogo de lances difíceis e em função dos problemas internos que vivencia o rubro-negro da Gávea, desenvolveu um estilo de arbitragem inteligente na partida Flamengo 0 x 2 São Paulo.  Aliás, neste jogo, Marques Ribeiro, retratou com brilhantismo um quesito que os árbitros não estão praticando ou não sabem praticar no Brasileirão deste ano. A arbitragem preventiva. Vários lances agudos que aconteceram neste embate, foram dirimidos através do olhar, dos sinais, da fala, das sinalizações corretas, do apito e quando necessário do cartão.  
PS: As demais pelejas não tiveram nenhum lance de maior propulsão e é impossível ver todos os jogos.

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