sexta-feira, 30 de maio de 2014

Tocar a bola com a mão

O manual de Regras de Futebol da Fifa 2013/2014, na página (86), define as diferentes situações que implicam na ação deliberada ou não de um jogador fazer contato com a bola utilizando as mãos ou braços. A Fifa determina ainda que, o árbitro deverá considerar  neste tipo de lance as seguintes circunstâncias: 1) O movimento da mão do atleta em direção à bola (e não da bola em direção à mão). Portanto, é um lance interpretativo e cabe exclusivamente ao árbitro definir se houve ou não a intenção de utilizar as mãos ou os braços na jogada.
2) O árbitro deverá observar a distância  entre o adversário e a bola (bola que chega de forma inesperada). 3) A posição da mão não pressupõe necessariamente uma infração. 4) Tocar a bola com um objeto segurando com a mão (roupa, caneleira, etc.) constitui uma infração. 5) Atingir a bola com um objeto arremessado (chuteira, caneleira, etc.) constitui infração.
Diante do que se leu acima, vendo e revendo várias vezes, o lance que  originou o gol de empate do São Paulo, na quarta-feira contra o Atlético/PR, fica clarividente que o jogador em tela, não teve a intenção deliberada de utilizar a mão ou o braço, para consignar o gol que empatou a partida.
                                                                      Divulgação
PS: A Fifa orientou e determinou aos árbitros selecionados para a Copa do Mundo, que inicia no próximo dia 12 de junho, que o espectador tem o direito de ver 90 minutos de bola rolando, embora na prática isso não aconteça jamais. Porém, a entidade que controla o futebol no planeta, deixou bem claro que o árbitro é o único artífice com poder total para que que os espetáculos de futebol no Mundial, tenham um tempo de bola em jogo, entre 75 e 80 minutos.
Bjönr Kuipers (foto), o árbitro de Atlético de Madri x Real Madri, na final da Liga dos Campeões da Uefa, no sábado que passou, ao acrescer em cinco minutos a etapa final daquela partida, demonstrou na prática o que irá acontecer nos jogos do Mundial.  

Árbitros e jogadores foram contatados para manipularem jogos da Copa, diz Fifa

Getty
Ralf Mutschke, chefe de segurança da Fifa, em coletiva de imprensa
Ralf Mutschke, chefe de segurança da Fifa, em coletiva de imprensa
O chefe de segurança da Fifa, Ralf Mutschke, afirmou nesta quinta-feira que alguns árbitros e jogadores foram contatados por pessoas interessadas em manipular resultados de partidas da Copa do Mundo de 2014.
De acordo com Mutschke, as partidas passíveis de manipulação são aqueles com algo em jogo, como os duelos finais da fase de grupos.
"Não estamos esperando que as pessoas que manipulam viajem para o Brasil e batam na porta dos jogadores ou dos juízes, mas sabemos que alguns foram procurados", afirmou o executivo à BBC.
Mutschke, que foi policial e executivo da Interpol, afirmou que a Fifa acompanha de perto algumas seleções, mas disse que não poderia revelar quais são elas.
"Não posso falar quais são as seleções ou os grupos, mas posso dizer que a Inglaterra (grupo D, ao lado de Itália, Costa Rica e Uruguai) não está na chave de maiores riscos", declarou.
Na última terça-feira, a partida entre Nigéria - que estará na Copa do Mundo - e Escócia ficou sob suspeita por causa de uma possível manipulação de resultados. O jogo terminou 2 a 2.
Fonte: ESPN.com.br

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Adidas revela a bola da decisão: conheça a brazuca Final Rio

A adidas revelou hoje a bola oficial que será utilizada na decisão da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™, no Rio de Janeiro. A brazuca Final Rio fará parte do espetáculo no dia 13 de julho, quando os finalistas duelarem por um lugar na história no mítico Estádio do Maracanã.
O design da brazuca Final Rio é inspirado no verde e no dourado do Troféu da Copa do Mundo da FIFA e é uma variação da bola oficial lançada em dezembro do ano passado.
Na ocasião, a adidas entregou as brazucas para todas as seleções participantes do Mundial no Brasil para que as equipes tivessem tempo suficiente para se familiarizarem com a bola nos treinos e jogos oficiais. Desde então, ela também foi usada em competições como a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, a Copa do Rei, a Major League Soccer, a Copa da Alemanha e em diversos amistosos internacionais.
Antes do lançamento oficial, a brazuca e a brazuca Final Rio passaram por um rigoroso processo de teste que se estendeu por dois anos e meio e envolveu mais de 600 jogadores e ex-jogadores de primeira classe, como Lionel Messi, Iker Casillas, Bastian Schweinsteiger e Zinedine Zidane. A bola também foi experimentada por 30 equipes em dez países de três continentes, entre eles Milan, Bayern de Munique, Palmeiras e Fluminense, fazendo dela a bola adidas mais testada de todos os tempos.
A tecnologia da câmara de ar e do corpo da brazuca é a mesma empregada na Tango 12 (UEFA Euro 2012™), na Cafusa (Copa das Confederações da FIFA 2013) e na famosa bola oficial da Liga dos Campeões da Europa. Contudo, ela possui uma inovação estrutural, com uma simetria única de seis painéis idênticos ao lado de uma diferente estrutura de superfície, proporcionando melhor aderência, toque, estabilidade e aerodinâmica no gramado. A brazuca foi extensivamente testada para atender e superar todas as exigências da FIFA aplicáveis às bolas oficiais, garantindo desempenho de ponta em todas as condições de jogo.
Os torcedores podem adquirir a brazuca Final Rio na loja virtual oficial da FIFA (www.fifa.com/store).

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Stephen Hawking cria fórmula para o ‘penalti perfeito’ e aposta no Brasil

O físico Stephen Hawking criou uma fórmula para o pênalti perfeito depois de analisar todas as disputas em Copa do Mundo desde que a penalidade máxima foi introduzida no torneio, em 1978.
O primeiro ponto para que um jogador marque um gol de pênalti é ganhar velocidade. “Por isso, corra mais de três passos”, escreve Hawking no blog do site de apostas PaddyPower.
De acordo com os cálculos do famoso cientista da Universidade de Cambridge, o jogador tem 87% de chance de marcar um gol quando corre mais do que três passos. A probabilidade cai para 58% se a corrida for mais curta do que isso.
“Mas a velocidade não significa nada sem um bom posicionamento dos pés”, alerta Hawking.
Ele recomenda o uso da lateral, em vez do peito do pé, ao chutar a bola. Isso aumenta em 10% as chances de se marcar um gol.
Hawking também determinou os lugares do gol onde a bola tem mais chances de entrar. “As estatísticas confirmam o óbvio. Chute no canto superior esquerdo ou direito”, afima.
Os pênaltis batidos nestas áreas são convertidos em gol em 84% das vezes.
O cientista diz não ter evidências de que ser canhoto ou destro não influencia nas chances de gol.
Hawking ainda dá uma dica para os goleiros. “Distraia o jogador que baterá o pênalti pulando de um lado para o outro”, diz. Quando isso é feito, o goleiro tem 18% mais chances de agarrar o chute.
A fórmula foi divulgada pelo cientista junto com uma análise das chances da seleção da Inglaterra ganhar a Copa. Hawking analisou os dados das participações do time inglês no Mundial desde sua vitória, em 1966.
E as conclusões a que ele chegou não são animadoras porque a situação é mais favorável quando a partida ocorre em clima temperado.
Um aumento de 5°C reduz em 59% as chances da seleção inglesa ganhar um jogo. A probabilidade de vitória aumenta 22% quando a viagem até o país-sede é curta, já que as diferenças culturais e o jetlag afetam negativamente o desempenho dos jogadores.
As chances crescem 33% se o jogo começa depois das 15h e dobram se ocorre a menos de 500 metros acima do nível do mar.
Também é melhor para a Inglaterra quando o juiz é europeu. Sua seleção ganhou 68% das partidas com árbitros do continente, em comparação com 38% de vitórias com um juiz não-europeu.
“Árbitros europeus simpatizam mais com o jogo inglês e menos com bailarinas como (o jogador uruguaio) Suárez.”
O físico termina sua análise fazendo uma aposta em quem ganhará a Copa. “Colocaria meu dinheiro no Brasil”, afirma.
Ele diz isso com base nas estatísticas, que mostram que 30% das edições foram vencidas pelo país sede, mas não só.
“Como sabemos pelo estudo, estar perto de casa tem um impacto positivo significativo graças a fatores ambientais e psicológicos”, diz. “O time do Brasil não parece ser tão bom como nos velhos tempos, mas tenho certeza que eles têm qualidade o suficiente para levantar a taça uma sexta vez.”
Saiba Mais: BBC e DCM

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Raio-X da arbitragem

                                                 Foto: Uefa
Protesto (1)

A diretoria do Santa Cruz, deve decidir na tarde de hoje se envia  um memorando a CA/CBF, protestando contra a arbitragem do árbitro Rodolpho Toski Marques, da Federação Paranaense de Futebol. O indigitado apito dirigiu na sexta à noite, nos Estádio dos Aflitos, Santa Cruz 1 x 1 América/MG, pela Série B.

Protesto (2)

A insurreição da equipe pernambucana diz respeito ao lance que aconteceu aos 36’ da etapa final, quando o atacante Léo Gamacho, da esquadra da terra do frevo, foi seguro pelo calção dentro da área penal. Marques, além de não assinalar a falta máxima do jogo, advertiu o atacante em tela com cartão amarelo, por simulação.  Ou seja, Rodolpho Marques errou duas vezes consecutivas.

Protesto (3)

O Santa Cruz deverá se valer das imagens veiculadas através do Premiere/Sport/TV, que exibiu a partida para todo o território brasileiro.  Ato contínuo, encaminhará o vídeo via Federação Pernambucana de Futebol a CA/CBF, que é presidida por Sérgio Corrêa da Silva.

No Morumbi (1)

São Paulo 1 x 0 Grêmio/RS, sábado à noite no Morumbi, teve dois lances de infrações temerárias, que a arbitragem se omitiu. O primeiro foi a deixada de cotovelo do atacante Alexandre Pato do Tricolor paulista, no rosto do gremista Pará, na disputa de bola. Falta temerária, diz a Regra (XII).  O  que significa que o jogador agiu sem levar em conta o risco ou as consequências para seu adversário. Um atleta que atua de maneira temerária deverá ser advertido com cartão amarelo.

No Morumbi (2)

O segundo lance faltoso neste jogo, aconteceu entre o defensor  Bressan da equipe gaúcha e o avante do São Paulo, Luis Fabiano. Além de ter praticado falta similar a de Alexandre Pato, em Bressan,  o atacante da equipe do Morumbi, travou um colóquio verbal de baixíssimo nível com o zagueiro gaúcho, perfeitamente identificável via leitura labial pela TV.  Mas o que causou estranheza, foi a omissão e conivência do árbitro Wilton Pereira Sampaio, dos assistentes, do quarto árbitro e os dois árbitros assistentes adicionais, postados atrás das metas, nos dois lances.

Morumbi (3)

Aliás, os gremistas saíram na bronca com a arbitragem com toda a razão. Aos 43’ da etapa final, o argentino Barcos chutou, e o zagueiro Lucão do São Paulo, cortou visivelmente a trajetória da bola dentro da área de pênalti. O árbitro Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO) nada marcou.

No Estádio da Luz, em Lisboa

Björn Kuipers (foto/Fifa/Holanda), com a magnífica atuação na grande finalíssima da Liga dos Campeões da Europa, entre Atlético de Madri x Real Madri, inseriu seu nome na galeria dos maiores árbitros de futebol não só do Velho Continente, como também, tornou-se mais uma opção de excelência para Massimo Busacca, o homem que vai escalar a arbitragem da Copa do Mundo a partir do próximo dia 12 de junho.  

No estádio da Luz, em Lisboa (2)

Além de demonstrar notório conhecimento e discernimento no momento da interpretar e aplicar as Regras de Futebol, Kuipers,  exibiu na sua expressão facial a cada tomada de decisão, equilíbrio, frieza, inteligência,  às vezes  foi educado e quando necessário enérgico e, sobretudo, utilizou uma linguagem correta no trato com os atletas.  Ou seja, praticou a arbitragem preventiva.

No Willie Davids (1)

O maior clássico do futebol do Paraná, Atlético/PR 2 x 0 Coritiba, teve pouco mais de 1.400 pagantes, o que significa que o trio de ferro da capital só tem torcida em Curitiba. Já no que tange ao desempenho da arbitragem, Edivaldo Elias da Silva, dentro das suas limitadíssimas condições do que o  jogo exigiu teve um bom desempenho.  

No Willie Davids (2)

A “personagem” negativa do clássico, foi o árbitro assistente Rafael Trombeta (CBF-2) da Federação Paranaense de Futebol.  Explico: Aos 42’ da primeira etapa, o rubro-negro Natanael é lançado em condições legais, já que o defensor do Coritiba Welinton, estava a mais ou menos dois metros a frente do atleta do Atlético. Não tinha mais ninguém a não ser o arqueiro Vanderlei do Coritiba.  Repentinamente, Trombeta, para espanto geral levanta sua bandeira acusando “Off side” do atleta do Furacão. Das duas, uma: Ou Rafael Trombeta não sabe interpretar e aplicar a Regra XI –  impedimento, e precisa ser submetido a uma requalificação, ou então deve ser submetido pela CA/CBF, em caráter urgentíssimo a uma exame oftalmológico.  

Árbitros europeus entusiasmados com oportunidade

"É uma grande honra ter sido escolhido para o Campeonato do Mundo", disse o alemão Felix Brych, quando se prepara para rumar ao Brasil integrado no contingente europeu de árbitros.

Árbitros preparam-se para o Brasil

"Para mim é uma grande honra ter sido escolhido para o Mundial", disse o alemão Felix Brych, à medida que se prepara para rumar ao Brasil, para a fase final deste ano,como parte do contingente europeu de árbitros. Após trabalhar arduamente durante toda a carreira, esta é uma grande confirmação dos esforços empreendidos e um enorme motivo de orgulho", acrescentou o juiz de 38 anos, natural de Munique.
Tal como os jogadores, os árbitros serão testados pelas condições sul-americanas, mas estarão na melhor forma física, como confirmou o árbitro  português Pedro Proença (foto). Os preparativos serão feitos com todo o cuidado, com a ajuda de técnicos, especialistas, pessoas que  vão nos apoiar para que possamos estar ao melhor nível.
Essencial para um torneio de sucesso, os árbitros europeus estão apenas concentrados em facilitar um espetáculo notável. Se no final, as pessoas falarem sobre um grande jogo, os excelentes jogadores, os gols fantásticos, então todos ficamos satisfeitos, disse o árbitro inglês Howard Webb. Se tudo correr bem, as pessoas vão falar sobre um torneio maravilhoso, um espetacular festival de futebol ao mais alto nível, e os árbitros, enquanto grupo, terão contribuído de forma positiva para isso.
Fonte/Uefa

sábado, 24 de maio de 2014

Kuipers arrepiado por arbitrar a final

"É um momento que nunca vou esquecer", afirmou ao Uefa.com o árbitro da final, Björn Kuipers, ao mesmo tempo que explicou os preparativos da sua equipa para o jogo. Por Alfredo Rodríguez e Paul Saffer/de Lisboa

 
Real Madrid CF x Club Atlético de Madrid têm-se estudado mutuamente de forma exaustiva, mas a equipe de arbitragem que vai dirigir a final, liderada por Björn Kuipers (foto), também fez uma preparação minuciosa para a Uefa Champions League.

O holandês, que repete a proeza dos compatriotas Leo Horn, Charles Corver e Dick Jol ao dirigir uma final da Taça dos Campeões Europeus, vai ter a honra de apitar o encontro entre os rivais de Madrid no sábado, em Lisboa. Kuipers diz que conhece bem ambas as equipes e vai contar com a colaboração dos árbitros-assistentes Sander van Roekel e Erwin Zeinstra, dos árbitros-assistentes adicionais Pol van Boekel e Richard Liesveld, do árbitro-assistente reserva Angelo Boonman e do quarto árbitro turco Cüneyt Cakir.
          Björn Kuipers e a esquadra de árbitros que irão laborar na final da Champions League/Foto/Uefa.com
"Preparamo-nos bastante", explicou Kuipers ao Uefa.com. "Vi os jogos que disputaram na Uefa Champions League e, especialmente, os embates entre Atlético de Madri x  Real Madri - observei os jogos a partir Taça da Espanha e da  Liga Espanhola. Preparámo-nos muito bem. Temos um especialista em vídeo que nos auxilia de forma a termos acesso aos jogos e às imagens certas, dos jogadores mais importantes e a forma como jogam. Preparámo-nos de A e Z."
Tal como acontece com os atletas, subir ao gramado do Estádio do Sport Lisboa e Benfica é o ponto alto na carreira de qualquer árbitro e da sua equipe. "É uma honra estar aqui, ser nomeado para esta final da Uefa Champions League", explicou Kuipers. "Estou muito orgulhoso, muito feliz com esta final da Champions League. Estou muito orgulhoso da minha equipe, estamos ansiosos."
Escutar o hino da Uefa Champions League é "aquilo que na Holanda chamamos um momento 'Kippenvelp', que literalmente significa 'pele de galinha’", acrescentou Kuipers. "É um momento que jamais vou esquecer, por isso tenho de desfrutar."
Esta não é primeira grande final de Kuipers. Na temporada passada apitou o triunfo do Chelsea FC sobre o SL Benfica na final da Uefa Europa League, n Arena de Amsterdam, e no ano de estreia como árbitro internacional dirigiu a final do Campeonato da Europa de Sub-17 entre a Rússia x República Checa, em Luxemburgo. "Cada passo que damos é uma novidade. Subi a internacional em 2006 e começei logo com um Europeu, numa fase final e dirigi o jogo do título foi um grande salto, que só termina agora, com a final da Uefa Champions League. É uma grande experiência."
A aventura na arbitragem começou muito antes e Kuipers está grato a muitas pessoas que o ajudaram. "É muita gente, não é uma pessoa, mas são muitas", destacou. "Comecei na arbitragem quando tinha 16 anos e agora tenho 41, por isso já foi há muito tempo."
"Por isso não vou dedicar esta final a uma pessoa, mas a todas as que me apoiaram. A minha família, aos meus amigos, mas também as pessoas que trabalharam comigo na arbitragem. É um grande momento para todos os que nos ajudaram."
Fonte: Uefa.com

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Amanhã você vai conhecer o estilo da Copa do Mundo


Neste sábado (24), às 15h45, quando o árbitro Björn Kuipers (Fifa/Holanda), 41 anos, e seus compatriotas, os assistentes, Sander van Roekel e Erwin Zeinstra, selecionados para o Mundial no Brasil, adentrarem  no Estádio da Luz em Lisboa (Portugal), para dirigirem a finalíssima entre Real Madri x Atlético de Madri, pela Liga dos Campeões e a bola rolar, o mundo do futebol tomará conhecimento do modelo de arbitragem que será implementado na Copa do Mundo, a partir do dia 12 de junho próximo.
Prevenir e punir rigorosamente qualquer indício de jogada violenta, o rodizio de faltas, a simulação, o antijogo e toda e qualquer conduta antidesportiva, foi a principal orientação do diretor de arbitragem da Uefa, Pierluigi Collina ao triunvirato da finalíssima da Champions League, na visita que realizaram na manhã desta sexta-feira, ao local do jogo de amanhã.  Em assim agindo, os senhores estarão protegendo os artistas do espetáculo e a imagem do futebol, disse o ex-árbitro italiano.  Mas para isto acontecer, é imperativo que  interpretem e apliquem as Regras de Futebol de acordo com o seu espírito maior, que é punir aqueles que agirem em descompasso com as normas que regem o futebol dentro do campo de jogo.
O estilo de arbitragem desenvolvido na partida Real Madri x Atlético de Madri, deve ter a similaridade do modelo que será aplicado na Copa do Mundo daqui há vinte dias. Joseph Blatter, presidente da Fifa e Michel Platini, presidente da Uefa, conversaram antes do jogo da grande final.
Muitos atletas que disputarão o jogo do ano na Europa, estão convocados pelos seus países para o Mundial no Brasil. Além do exposto, uma plêiade de atletas, dirigentes, técnicos, preparadores físicos e o universo do futebol,  estarão com os olhos atentos a tudo o que acontecer via TV.
Collina finalizou sua preleção, lembrando aos homens de preto que irão laborar no maior evento esportivo da Europa amanhã, que além das inúmeras orientações que foram repassadas à arbitragem nos seminários da Uefa, a trempe acima nominada  deve focar no que viu, ouviu e treinou nos seminários da Fifa, com vistas ao Mundial de 2014, sob a orientação de Massimo Busacca, o chefe de arbitragem da entidade internacional.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Raio-X da arbitragem


No Olímpico
O planejamento e trabalho em equipe da arbitragem no jogo, Grêmio 1 x 0 Fluminense, no Olímpico em Porto Alegre, deve servir de exemplo para os demais apitos que estão laborando no Campeonato Brasileiro/2014.  Aos 16’ da etapa final, antes da cobrança de um tiro de canto, o atacante Fred do Tricolor das Laranjeiras, empurrou o atleta Pará do Grêmio, dentro da área penal. Infração captada pelo campo visual do árbitro Sandro Meira Ricci (Fifa/PE), que incontinenti se dirigiu ao indigitado atacante e o advertiu com cartão amarelo.
Enquanto o árbitro central se posicionava para autorizar a cobrança do lance, Fred lança seu braço direito, no pescoço do atleta Alan Ruiz do Grêmio, ou seja, comete outra infração. Meira Ricci não observou, mas, o árbitro assistente adicional (AAA), da Federação Paranaense de Futebol, Leandro Júnior Hermes, viu a agressão e relatou imediatamente o ocorrido via ponto eletrônico.  
Ricci então, chamou Júnior Hermes, (que exerceu a prerrogativa que lhe confere a regra de futebol, ou seja, o (AAA) é objeto de informação). Informação que relatou a atitude descabida do atacante da Seleção Brasileira. Como já havia sido advertido com cartão amarelo, Fred recebeu o cartão vermelho.
Em assim agindo, o árbitro Leandro Júnior Hermes, desmontou a versão daqueles que afirmam que a participação dos (AAA) atrás das metas é inócua. E, por extensão, provou que desde que não ocorra omissão, conivência e se tenha uma boa acuidade visual, os árbitros adicionais são de fundamental importância, para equacionar lances que fujam do campo visual do árbitro principal.
No Mineirão
Já no prélio, Cruzeiro 3 x 2 Coritiba, o árbitro André Luiz de Freitas Castro (Especial/GO), deixou de assinalar duas penalidades máximas indiscutíveis. A primeira favorável a equipe mineira, quando o defensor Bruno Rodrigo foi sargeado por trás dentro da área de penal.  A segunda aconteceu aos 42’ da segunda fase, em Geraldo do Coritiba, que foi deslocado “sutilmente” com o braço por um defensor do Cruzeiro, na área de pênalti.
Na Arena Corinthians   
Jailson Macedo de Freitas (Especial/BA) e os assistentes Alessandro Rocha de Matos e Adson Marcio Leal, no Corinthians 0 x 1 Figueirense, em que pese a festa magnífica dos presentes, inclusive da apresentadora Xuxa Meneguel, foram perfeitos.
No Heriberto Hulse
Já no choque, Criciúma 0 x 0 Internacional, aos 40’ da primeira fase, o lateral-direito Eduardo do Criciúma, que já tinha cartão amarelo, em um lance de contra-ataque da esquadra gaúcha, acertou o rosto do meia Alex do Inter, com seu braço direito. O campo visual do árbitro Raphael Claus (Asp/Fifa/SP),  não captou a infração. Mas, o árbitro assistente Anderson José Coelho, enxergou a falta e via ponto eletrônico alertou Claus, que expulsou o atleta do Tricolor Catarinense. Aqui, mais um exemplo de trabalho em equipe e da função precípua que exerce o ponto eletrônico, quando bem utilizado na comunicação entre a arbitragem.
No Maracanã
Já no Rio de Janeiro, Ricardo Marques Ribeiro (foto/Fifa/MG),  num jogo de lances difíceis e em função dos problemas internos que vivencia o rubro-negro da Gávea, desenvolveu um estilo de arbitragem inteligente na partida Flamengo 0 x 2 São Paulo.  Aliás, neste jogo, Marques Ribeiro, retratou com brilhantismo um quesito que os árbitros não estão praticando ou não sabem praticar no Brasileirão deste ano. A arbitragem preventiva. Vários lances agudos que aconteceram neste embate, foram dirimidos através do olhar, dos sinais, da fala, das sinalizações corretas, do apito e quando necessário do cartão.  
PS: As demais pelejas não tiveram nenhum lance de maior propulsão e é impossível ver todos os jogos.