domingo, 16 de março de 2014

Notícias do apito

Estreia internacional de Boschilia


Num futebol estereotipado e com fraquíssima representatividade na CBF, falo do futebol do Estado do Paraná, o início deste ano traz uma notícia alvissareira no setor da arbitragem. O árbitro assistente Bruno Boschilia foto/(Fifa/PR), promovido ao quadro da entidade internacional no final do ano que passou, fará sua estreia em competições internacionais na próxima quarta-feira (19), na Copa Libertadores da América, no lendário estádio Nacional de Montevidéu, no Uruguai.
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Boschilia recebe o escudo da Fifa, das mãos do diretor da CA/FPF, Afonso Vitor de Oliveira

Estreia internacional de Boschilia (2)

Boschilia e seus compatriotas, Wilton Sampaio (árbitro) e Alessandro Rocha Matos (assistente), irão laborar no prélio Penharol (Uruguai) x Arsenal (Argentina). A partida além de ser transmitida para 88 países, terá a atenção de toda a direção de árbitros da Conmebol, em específico do mais longevo membro do Comitê de Árbitros da Fifa, Dr. Carlos Alarcón, o mestre da arbitragem Sul- Americana. 

Brilhou lá fora

A ascensão do assistente em tela ao quadro da Fifa, após as saídas de Evandro Rogério Romam e Heber Roberto Lopes, do quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF), ganhou contornos dramáticos, pelo fato de que os membros da Relação Nacional de Árbitros (Renaf) da FPF, ficaram órfãos e sem referência no apito em âmbito nacional. Sem um árbitro central do seu conhecimento,  Boschilia foi escalado nas competições de elite da CBF País afora em 2013, e com muita determinação galgou a posição que hoje ostenta.

CBF “esqueceu” dos árbitros do Paraná (1)

Quanto aos demais árbitros e assistentes da FPF, que fazem parte da Renaf, o que se observa desde então, é de que na Série A do Campeonato Brasileiro o congelamento no “freezer” é total.  Às vezes, vemos um árbitro ou um assistente escalado ali, outra lá, e mais uma acolá. Ou então, como árbitros adicionais ou como quarto árbitro. 

CBF “esqueceu” dos árbitros do Paraná (2)

Mas a não designação dos homens de preto da casa Gêneris Calvo, pela CA/CBF nos seus torneios encontra ressonância. Com um modelo de gestão que remete ao século passado, sem visão e sem requalificação ao quadro de arbitragem no seu todo, a comissão de árbitros da FPF estacionou no tempo. Explico: Em que pese os inúmeros cursos de arbitragem realizados pela Federação Paranaense de Futebol nos últimos anos, há oito anos não se revela um árbitro no futebol do Paraná. Faz seis anos que o setor de arbitragem da FPF não indica um candidato a árbitro (apito), para ser submetido ao teste seletivo de Asp/Fifa/CBF. Aliás, em abril ou maio deste ano, a CA/CBF deverá realizar novo teste seletivo a aspirante Fifa. Será que desta vez teremos um candidato que preencha os requisitos exigidos pela Comissão de Árbitros da entidade que comanda o futebol brasileiro?

Falta qualidade

E de nada adianta espalhar por aí o “papo furado” de que os campeonatos promovidos pela FPF são todos dirigidos pelos apitos paranaenses, enquanto outras federações importam apitos para seus torneios. A qualidade de todas as competições efetivadas pela Federação Paranaense de Futebol, vêm caindo vertiginosamente ano após ano. Quando inicia a fase decisiva da Copa do Brasil e durante os principais jogos do Brasileirão, nossos árbitros e assistentes desaparecem do cenário nacional. As exceções, são Bruno Boschilia e Ivan Carlos Bohn, os demais, raríssimas vezes são vistos nas escalas das Séries A e B.

Ausência de diálogo: Quem perde é a categoria

Aliás, em se tratando da arbitragem paranaense, com o Decreto Lei nº 12.867/2013, que reconhece o árbitro de futebol como o profissional,  Roberto Braatz, presidente da associação dos árbitros do Paraná e Airton Nardelli, presidente do sindicato dos árbitros de futebol/PR, este último possui o Certificado de Registro Sindical do ministério do Trabalho e Emprego, devem sentar à mesa  e dialogar. A ausência de uma conversa de alto nível, alijará o quadro de apitadores do Paraná das principais discussões, reivindicações e conquistas em âmbito local,Tribunal Regional do Trabalho e nacional, ministério do Trabalho e Emprego.

Sem representatividade nas eleições

A equação é simples: Com a profissionalização do árbitro, somente o sindicato tem representatividade jurídica perante os órgãos trabalhistas. E, na eleição da futura Federação Brasileira de Árbitros de Futebol, que deverá ocorrer no segundo semestre do ano em curso, só terá direito a voto e poderá representar a categoria, o sindicato. Qualquer dúvida, sugiro consultar a legislação trabalhista vigente. 

Fifa faz seminários (1)

A antepenúltima etapa da preparação dos árbitros e assistentes selecionados pela Fifa, para a Copa do Mundo no Brasil, acontecerá  no período de 24 a 28 de março em Zurique (Suíça), somente com os árbitros. Na penúltima, a Fifa promoverá outro congresso entre os dias 7 e 11 de abril, desta vez com a presença dos árbitros e de seus respectivos assistentes. A primeira destas reuniões será para árbitros que representam a Uefa, a Confederação Asiática de Futebol e a Confederação de Futebol da Oceania. Já a segunda, contará com os integrantes de Conmebol, Concacaf e da Confederação Africana de Futebol. 

Fifa faz seminários (2)

O seminário final, este com a presença de todos os trios de arbitragem da Copa, ocorrerá no Rio de Janeiro, terá dez dias de duração (entre 1º e 10 de junho) e assim acabará pouco antes do jogo de abertura da competição, marcada para começar em 12 de junho, com o duelo entre Brasil x Croácia, no Itaquerão, em São Paulo. Ao anunciar o calendário de seminários, a Fifa também destacou que os mesmos irão se concentrar principalmente em quatro aspectos: proteção dos jogadores e da imagem do esporte (fair play), garantia de consistência e uniformidade nas decisões, leitura do jogo (abordagem técnica e tática) e compreensão das diferentes mentalidades futebolísticas (conhecimento das equipes).

Estratégia para os árbitros

Além dos quesitos acima mencionados nos seminários, Massimo Busacca, o chefe do apito da Fifa, vai dar ênfase ao posicionamento do árbitro nas denominadas áreas negras do campo de jogo. Ou seja, regiões onde estatisticamente ocorrem as maiores infrações que geralmente não são observadas pelo campo visual da arbitragem.

Comunicação secreta

Outro tópico que está na agenda de Busacca, o trabalho em equipe, que discutirá, a atuação do assistente, a comunicação corporal e a visualização entre os membros da arbitragem no transcorrer da partida. Além disso, será dado vazão ao manejo adequado da bandeira pelo assistente e o posicionamento do árbitro central, abandonando a clássica diagonal e posicionando-se mais próximo dos lances de maior relevância. Como também, psicólogos farão palestras e exercícios práticos com árbitros e assistentes e será distribuído material voltado a concentração e motivação.

Trabalho em equipe é importantíssimo

Na parte final do seminário, a entidade que controla o futebol no planeta, vai dar praticidade ao posicionamento da jogada parada, de acordo com o que consta nos manuais da Fifa. Aos exercícios com interpretação de jogadas e lances faltosos nas imediações da área de pênalti e da importância do trabalho em equipe - aqui entra em cena o assistente para apontar se a infração foi dentro ou fora da área.

Sem chance

Questionado se algum árbitro ou assistente dos selecionados for reprovado nesta reta final, a Fifa deixou claro que o substituto será um dos seis trios já previamente selecionados quando do anúncio oficial dos nomes dos homens do apito. Portanto, quem foi selecionado está dentro e quem não foi, lamentavelmente está fora.

Dupla reprovação: Vergonha

Wilson Seneme, o árbitro brasileiro indicado pela CBF para o processo seletivo do Mundial de 2014, após o “fiasco” que protagonizou ao ser reprovado por duas vezes consecutivas, nos testes físicos da Fifa e, por consequência, ser desligado da continuidade dos testes, anunciou sua saída da arbitragem. Não cabia nenhuma atitude do indigitado árbitro que não fosse a sua retirada, até porque, a sua permanência no quadro de árbitros da Fifa, após as constantes reprovações, além de manchar sua trajetória, iria despersonalizar o escudo dos demais apitos brasileiros. 
Arbitragem regular 
Selmo Pedro dos Anjos, o árbitro de Atlético/PR 1 x 2 Paraná Clube, poderia ter deixado o Eco Estádio Janguito Malucelli, com a nota máxima. Porém, errou quando não expulsou o goleiro rubro-negro Rodolfo, que ao ser driblado pelo volante paranista Elton, impediu uma oportunidade manifesta de gol. Acertou na marcação do penal, mas errou escabrasomente quando aplicou o cartão amarelo ao atleta atleticano.

PS: O Paraná tem 10 árbitros e 16 assistentes na Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf/CBF).    


  

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