terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Os assistentes serão robôs

Um erro do assistente Mauricio Espinoza e de seu compatriota, o árbitro Jorge Larrionda, ambos uruguaios, na partida Alemanha x Inglaterra, na última Copa do Mundo, na África do Sul, convenceu a International Football Association Board (IFAB), instituição responsável pelas Regras do Futebol, a implementar a tecnologia na linha do gol. Segundo estudiosos que monitoram  o tema, esse pode ser apenas o primeiro passo em direção ao uso mais amplo da tecnologia, para auxiliar a arbitragem em jogadas que fujam do seu campo de observação, num prélio de futebol.

                                              Divulgação
      Alemanha x Inglaterra, a arbitragem uruguaia não viu a bola ultrapassar a linha de meta em 43 cm.
 Nem todos aprovam. A Fifa, entidade que controla o futebol no planeta e tem metade dos votos nas reuniões do (IFAB), sustenta que as decisões na linha do gol são um caso especial e tem emitido sinais de que é contrária a qualquer outro de tipo de auxílio tecnológico. Mas Francisco Rocca, diretor executivo da La Liga, a maior Liga de Futebol da Espanha, revelou nos primeiros dias do ano em curso, que ele e sua equipe estão estudando novas tecnologias que propiciem ao assistente melhores condições no momento de assinalar o impedimento (Regra – XI).
Uma pesquisa realizada na Europa com os homens de preto, assim que o Board definiu pela tecnologia do gol, apontou que 98,7 dos apitos pesquisados é favorável a introdução da eletrônica, como auxílio à arbitragem no momento de dirimir lances que não possam ser captados pela visão humana.
Inclusive nesta pesquisa, os árbitros do Velho Continente, sugeriram que seria de bom alvitre que eles tivessem acesso a repetições instantâneas de vídeos, como já acontece há muito tempo no basquete, no futebol americano, no beisebol e rúgbi.
Mas a Fifa que é presidida pelo conservador Joseph Blatter e  uma  plêiade de empresários e dirigentes esgarçados pelo mundo afora, jogam na direção contrária a qualquer tipo de experimento que tenha como meta ampliar a entrada da tecnologia como auxílio aos homens de preto. A argumentação dessa gente é de que se isso acontecer, quebraria o fluxo dos jogos e poderia tirar o sal ou o brilho dos jogos de futebol.
Mas esse tipo de critica não pode ser nivelado a novos sistemas que estão em desenvolvimento em vários países, inclusive no Japão. Os japoneses estão realizando um experimento com oito câmeras postadas (sendo quatro atrás de cada assistente), objetivando detectar em tempo real o impedimento. Se aprovada a experiência na terra do Sol nascente, haveria uma mitigação dos erros dos “bandeirinhas”, no momento de assinalar o “Off side”.
A GoalControl, empresa alemã escolhida pela Fifa, para o fornecimento da tecnologia na linha do gol nas suas competições, além das quatorze câmeras (sete em cada gol), já exibidas no Mundial de Clubes do Japão em 2012, na Copa das Confederações no Brasil em 2013, e no Mundial de Clubes do Marrocos, no último mês de dezembro, também já está produzindo um novo projeto que auxilie o assistente na mais complexa regra de uma partida, o impedimento.  
O sistema utilizado atualmente pela GoalControl, usa sete câmeras de alta velocidade direcionadas para cada meta, e um software que transforma imagens em duas dimensões com representações tridimensionais da bola e sua trajetória.
O estudo que está sendo realizado na Alemanha tem mais câmeras e softwares que possuem capacidade de identificar jogadores individualmente, e segundo os cientistas que estão no projeto propicia uma versão ampliada e poderia fazer uma variedade de julgamentos da arbitragem.

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