domingo, 17 de novembro de 2013

Tecnologia vai transformar o árbitro num robô


Durante anos a International  Football Association Board e a Fifa resistiram aos pedidos da implementação da tecnologia para auxiliar a arbitragem nos lances que não fossem captados pelo seu campo visual. Porém, após a Copa do Mundo na África do Sul, em 2010, quando o inglês Lampard desferiu um chute contra a meta do guapo Neuer, que atingiu a velocidade de 136 Km/h, na partida contra a Alemanha e a bola ultrapassou a linha de meta em 46 centímetros, e o assistente Maurício Espinoza e seu compatriota, Jorge Larrionda, ambos uruguaios,  não viram a bola entrar, as coisas começaram a mudar na área do apito.
Na Eurocopa 2012 na Ucrânia, um lance similar ao da África do Sul ocorreu no jogo Inglaterra x Ucrânia, só que a bola foi chutada com menor velocidade. Mesmo assim, o árbitro Vitor Kassai, o assistente e o árbitro adicional que fica postado atrás do gol, não viram a bola ultrapassar a linha do gol em 21 centímetros. Os ucranianos perderam a partida e saíram cuspindo fogo contra a arbitragem.
Diante dos acontecimentos narrados e da fortíssima pressão em âmbito planetário, Joseph Blatter, o mandachuva da Fifa, encomendou à algumas empresas que labutam nessa área em caráter emergencial, um estudo e, por consequência, com demonstração de testes práticos que comprovassem que a tecnologia tinha 100% de acerto, na linha do gol.  Participaram a Hawk-Eye, Goalminder, Cairos GLT System, GoalRef  e GoalControl. Cada uma exibiu o seu sistema ao Board e a Fifa.
Veio o Mundial de Clubes da Fifa, em 2012, no Japão. E a GoalRef foi a vencedora do processo para aquela competição. Nos estádios onde foram realizadas as partidas, a GoalRef instalou dez antenas em cada meta que criam um campo magnético. Além disso, essa tecnologia instala um chip na bola, dotada de três microchips, e, quando a bola ultrapassa a linha de meta na sua totalidade, o árbitro recebe uma mensagem vibratória num relógio instalado no seu pulso, confirmando que foi gol.
Mas a Fifa não se satisfez com o que viu e determinou novos experimentos as empresas envolvidas nesta área, para que apontassem com exatidão inquestionável, caso o olho humano não percebesse se a bola ultrapassou ou não a linha de meta.
Realizadas novas experiências em diferentes campeonatos, dimensões e tecnologias, foi anunciada vencedora a alemã GoalControl 4D GmhB.  Este sistema funciona com quatorze câmeras (sete em cada gol) - todas conectadas a um computador que analisa as imagens e envia um sinal ao relógio instalado no pulso do árbitro em um segundo, confirmando o gol.  Terminado o evento no Japão, a GoalControl  rumou ao Brasil e se instalou nas sedes da Copa das Confederações.
Dada a eficácia do seu equipamento, no último dia 11 de outubro, a Fifa anunciou que a empresa em tela será a responsável  no auxílio à arbitragem  em lances que fujam do campo de observação dos homens de preto, na Copa de 2014.
Mas, pelo andar da carruagem, a tecnologia não vai ficar apenas no auxílio ao árbitro. A revista The Economist, editada na Inglaterra, a bíblia econômica da Comunidade Europeia, publicou relevante matéria na última edição  noticiando, que uma empresa do Japão está desenvolvendo estudos e experimentos com dezesseis câmeras (oito atrás de cada árbitro assistente), visando detectar o impedimento em tempo real com precisão milimétrica.
Mesmo a milhares de quilômetros de Zurique, sede da entidade internacional, fui atrás da notícia e ouvi que, há sim, uma experiência que vem sendo desenvolvida e está sendo testada pelos japoneses a sete chaves e se aprovada pelo Board e a Fifa, poderá ser apresentada ao mundo, na finalíssima do Mundial,  que será realizada no dia 13 de julho do ano que vem, no Brasil.
PS: Se o experimento do “Off side” não conseguir comprovar a Fifa e o Board,100% de acerto, o seu lançamento será na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.  


 

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