Durante anos a International Football Association Board e a Fifa resistiram aos pedidos da implementação da tecnologia para auxiliar a arbitragem nos lances que não fossem captados pelo seu campo visual. Porém, após a Copa do Mundo na África do Sul, em 2010, quando o inglês Lampard desferiu um chute contra a meta do guapo Neuer, que atingiu a velocidade de 136 Km/h, na partida contra a Alemanha e a bola ultrapassou a linha de meta em 46 centímetros, e o assistente Maurício Espinoza e seu compatriota, Jorge Larrionda, ambos uruguaios, não viram a bola entrar, as coisas começaram a mudar na área do apito.
Na Eurocopa 2012 na Ucrânia, um lance similar ao da
África do Sul ocorreu no jogo Inglaterra x Ucrânia, só que a bola foi chutada
com menor velocidade. Mesmo assim, o árbitro Vitor Kassai, o assistente e o
árbitro adicional que fica postado atrás do gol, não viram a bola ultrapassar a
linha do gol em 21 centímetros. Os ucranianos perderam a partida e saíram
cuspindo fogo contra a arbitragem.
Diante dos acontecimentos narrados e da fortíssima
pressão em âmbito planetário, Joseph Blatter, o mandachuva da Fifa, encomendou
à algumas empresas que labutam nessa área em caráter emergencial, um estudo e,
por consequência, com demonstração de testes práticos que comprovassem que a tecnologia
tinha 100% de acerto, na linha do gol. Participaram
a Hawk-Eye, Goalminder, Cairos GLT System, GoalRef e GoalControl. Cada uma exibiu o seu sistema
ao Board e a Fifa.
Veio o Mundial de Clubes da Fifa, em 2012, no Japão. E a
GoalRef foi a vencedora do processo para aquela competição. Nos estádios onde
foram realizadas as partidas, a GoalRef instalou dez antenas em cada meta que
criam um campo magnético. Além disso, essa tecnologia instala um chip na bola,
dotada de três microchips, e, quando a bola ultrapassa a linha de meta na sua
totalidade, o árbitro recebe uma mensagem vibratória num relógio instalado no seu
pulso, confirmando que foi gol.
Mas a Fifa não se satisfez com o que viu e determinou
novos experimentos as empresas envolvidas nesta área, para que apontassem com
exatidão inquestionável, caso o olho humano não percebesse se a bola ultrapassou
ou não a linha de meta.
Realizadas novas experiências em diferentes campeonatos,
dimensões e tecnologias, foi anunciada vencedora a alemã GoalControl 4D GmhB. Este sistema funciona com quatorze câmeras
(sete em cada gol) - todas conectadas a um computador que analisa as imagens e
envia um sinal ao relógio instalado no pulso do árbitro em um segundo,
confirmando o gol. Terminado o evento no
Japão, a GoalControl rumou ao Brasil e
se instalou nas sedes da Copa das Confederações.
Dada a eficácia do seu equipamento, no último dia 11 de
outubro, a Fifa anunciou que a empresa em tela será a responsável no auxílio à arbitragem em lances que fujam do campo de observação dos
homens de preto, na Copa de 2014.
Mas, pelo andar da carruagem, a tecnologia não vai ficar
apenas no auxílio ao árbitro. A revista The Economist, editada na Inglaterra, a
bíblia econômica da Comunidade Europeia, publicou relevante matéria na última
edição noticiando, que uma empresa do
Japão está desenvolvendo estudos e experimentos com dezesseis câmeras (oito
atrás de cada árbitro assistente), visando detectar o impedimento em tempo real
com precisão milimétrica.
Mesmo a milhares de quilômetros de Zurique, sede da
entidade internacional, fui atrás da notícia e ouvi que, há sim, uma
experiência que vem sendo desenvolvida e está sendo testada pelos japoneses a
sete chaves e se aprovada pelo Board e a Fifa, poderá ser apresentada ao mundo,
na finalíssima do Mundial, que será realizada
no dia 13 de julho do ano que vem, no Brasil.
PS: Se o
experimento do “Off side” não conseguir comprovar a Fifa e o Board,100% de
acerto, o seu lançamento será na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
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