Assim que a Fifa e o International Board autorizaram a utilização da tecnologia na linha do gol, para detectar lances polêmicos que fujam do campo visual do árbitro e dos assistentes, se a bola ultrapassa ou não a linha meta, a Premier League (Inglaterra) foi a primeira liga de futebol a anunciar em abril deste ano, a implementação da referida tecnologia.
Os
inventores da Regras de Futebol, informaram ao mundo, que o sistema Hawk-Eye, líder
mundial de instrumentos de processamento de visão no esporte, foi contratado
para fornecer sistemas de tecnologia na linha do gol, para seus 20 clubes
membros e em todas as 380 partidas da Barclays Premier League.
A
empresa britânica Hawk-Eye, conhecida por sua tecnologia de rastreamento de bola
usada no tênis e críquete, afirma ser precisa em milímetros a eletrônica
instalada, garantindo que nenhum replay da transmissão pode refutar a
decisão. O sistema utilizado na Premier League, notifica o
árbitro se a bola cruzou ou não a linha de meta na sua plenitude, dentro de um
segundo.
A
instalação do sistema em tela, envolve sete câmeras atrás de cada gol, e deve demorar mais uma ou duas semanas, para
ser concluído nos 20 clubes que competem na Premier League nesta temporada.
O
sucesso do Hawk-Eye ou “Olho de Falcão”, como é chamado pelos esportistas
europeus, dado a sua eficiência, ganhou recentemente mais um cliente. A
Federação de Futebol da Holanda. Fascinado pela precisão do aludido sistema, e,
visando dar credibilidade às tomadas de decisões da arbitragem nas usas
competições, o presidente daquela entidade, Michael Van Praag, justificou a
contratação do “Olho de Falcão”, com uma frase: “a tecnologia é
indispensável ao futebol e, sobretudo,
no auxílio à arbitragem”.
Enquanto
a Uefa se recusa terminantemente a adotar a tecnologia, preferindo usar
árbitros extras atrás do gol, o momento agora parece estar favorecendo o uso de
sistemas eletrônicos.
O
presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi convencido da utilização da eletrônica,
após a falha na marcação de um gol na partida Inglaterra x Alemanha, na Copa do
Mundo em 2010. Naquele jogo, um chute desferido pelo meia londrino, Frank
Lampard, ultrapassou a linha do gol em 46 centímetros e, o assistente uruguaio,
Mauricio Espinoza e seu compatriota, Jorge Larrionda (árbitro) não conseguiram
captar o lance.
O
debate pela introdução da tecnologia como meio de auxiliar o árbitro a dirimir
lances polêmicos, além do lance ocorrido na África do Sul, ganhou intensidade
durante a Eurocopa 2012, no confronto,
Ucrânia 0 x 1 Inglaterra. Naquele evento, os ucranianos reclamaram de um
lance que teria ultrapassado a linha de meta em 22 centímetros e seria o gol de
empate. Lance que não foi captado pelo campo visual do árbitro, pelo assistente
e pelo árbitro adicional da Uefa, atrás da meta.
Diante
do que noticiou acima, deixo aqui uma sugestão: já que a Fifa e o Board autorizaram
a tecnologia no futebol, a CBF que tem grandes patrocinadores desenvolva um
projeto em conjunto com a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) e
implemente a eletrônica como meio de auxiliar o árbitro e assistentes na Série
A do Brasileirão de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.
Foto: Alex Grimm / Fifa
PS: Após a brilhante
performance na partida Japão 1 x 0 Rússia, no Mundial Sub-17, nos Emirados
Árabes, Heber Roberto Lopes (Fifa/SC) e os assistentes Alessandro Rocha Matos
(Fifa/BA) e Marcelo Van Gasse (Fifa/SP), foram novamente escalados para
laborarem no choque, Canadá x Iran, na
próxima terça-feira, às 13h, horário de Brasília. Oportuno é lembrar que Heber
está muito próximo da Copa de 2014, sendo que no futebol paranaense, foi
desprezado como árbitro de futebol. Coisas que só acontecem na terra dos
pinherais. Pobre futebol paranaense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário