segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Regra 11 - impedimento



A escalada interminável dos erros de interpretação e aplicação da Regra 11 – o impedimento, no Campeonato Brasileiro do ano em curso, expõe de maneira irretocável a incapacidade de discernimento que tomou de assalto o quadro de assistentes, que trabalham nas competições da CBF. Afora uma ou outra exceção, a maioria esmagadora apresenta ingentes dificuldades no momento de assinalar se um atleta está ganhando vantagem por estar naquela posição, se está interferindo no jogo, se está interferindo num adversário ou se encontra-se mais próximo da linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo defensor.

A raiz do problema está na falta de um projeto e na ausência de gestão da CA/CBF, que a cada temporada equivocadamente realiza seminários de requalificação à um grupo restrito de árbitros e assistentes (Fifa, Asp/Fifa e quadro especial), enquanto os demais ficam na dependência de palestras ou explicações, daqueles que participaram desses seminários.

O correto seria a CA/CBF destacar instrutores de arbitragem, com notório conhecimento sobre as Regras de Futebol e realizar em cada federação estadual, treinamentos de forma massificada com árbitros e principalmente os assistentes, no que diz respeito a Regra XI.

Mas, é necessário que se estabeleça um padrão de comportamento de interpretação e aplicação no que concerne ao “OFF SIDE”, dentro do que preconiza a regra. Em assim agindo a CA/CBF, criaria  oportunidade para que os assistentes aproximem-se da uniformização de critérios no momento de identificar se um atleta está ganhando vantagem por estar naquela posição, se está interferindo no jogo, se está interferindo num adversário, ou se encontra-se mais próximo da linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo defensor.

Finalizo dizendo que não é mais suficiente aos árbitros assistentes do século XXI, estudarem a Regra XI, treinarem bom posicionamento, terem máxima concentração e visão periférica, não abandonarem a linha do penúltimo defensor ou, quando for o caso, da bola, ter tranquilidade, aguardar alguns segundos para sinalizar ou não o impedimento.

É imperativo que a Fifa em conjunto com o International Board, que têem demonstrado intransigência na implementação da tecnologia no auxílio à arbitragem nos denominado lances polêmicos, em nome da tradição, sigam o exemplo da tecnologia na linha do gol, lançada recentemente, e, encomendem um estudo minucioso sobre a regra do impedimento.

Foto: Apito do Bicudo

PS: O futebol paranaense vivenciou duas arbitragens de alto nível no final de semana que passou. No sábado, na Vila Capanema, na partida Paraná/PR 1 x 0 Sport/PE, Célio Amorim, da Federação Catarinense de Futebol e assistentes foram perfeitos. Vinte e quatro horas depois, no mesmo local, Wagner Reway, da Federação do Mato Grosso, um dos apitos promissores da arbitragem nacional, ultrapassou os limites da perfeição, no jogo Atlético/PR 2 x 0 Botafogo/RJ.

Nenhum comentário:

Postar um comentário