O modelo mais
eficiente de arbitragem de futebol do planeta, a (PGMOB) - Professional Game Match Officials
Board, fundada em 2001, na Inglaterra, é a única no mundo onde os árbitros se
dedicam exclusivamente ao labor do apito. A (PGMOB), mantém sob sua tutela
profissionais que interpretam e aplicam as leis do jogo nas partidas de futebol,
que atuam nas divisões A e B do futebol inglês, e tem um Ranking onde o
principal método de ascensão é o merecimento.
Dada a qualidade de excelência que é
desenvolvida pela (PGMOB) na Premier
League, e sua consequente propagação em todo o globo terreste, a Confederação Asiática
de Futebol, convidou os membros dessa entidade que é presidida pelo ex-árbitro, Mike Riley, para
um seminário de alto nível, aos árbitros asiáticos, realizado em Hong Kong, na
semana que passou.
O evento contou com a
presença de mais de duzentos árbitros e dos quarenta e sete dirigentes das
entidades que compõe aquela Confederação, que com olhares imutáveis, presenciaram
uma sequencia de aulas cátedra, sobre as Regras de Futebol, expostas por Mike
Riley e os árbitros Anthony Taylor e Neil Swarbrick, ambos da Premier League.
Riley, que foi um dos
melhores árbitros de futebol da história do futebol inglês, na sua palestra
inicial disse que embora as diferentes culturas e os idiomas dos duzentos e
dois filiados da Fifa, os problemas e os desafios da arbitragem são iguais em
todo o mundo.
Mas que o excesso de
teoria e a pouquíssima prática que é desenvolvida na didática ministrada nos cursos
aos árbitros, vem prejudicando sobremaneira a qualidade do árbitro de futebol,
e com isso, os equívocos nas tomadas de decisões pela arbitragem vem se
acentuando.
Para o ex-árbitro
inglês, o bom árbitro deve se antecipar aos problemas assim que os vislumbra no
transcorrer de um prélio, com abordagens firmes objetivando demonstrar aos
atletas, que ele está atento a todas as ações dos jogadores.
Perguntado como se antecipar
aos problemas que podem acontecer numa partida, Riley afirmou que a linguagem
corporal, o olhar, o uso do apito, a interação com os assistentes e o quatro
árbitro, o diálogo de forma educada ou às vezes mais ríspido, são fatores
determinantes que podem evitar cartões desnecessários e, sobretudo, a expulsão
de um atleta de forma açodada, o que pode tornar o clima da porfia desfavorável
à arbitragem. Além disso, o árbitro deve
estudar diariamente o manual das Regras de Futebol e se tiver dúvidas do que
leu, deve imediatamente procurar auxílio para dissipar a dúvida que encontrou.
Diante da escassez
qualitativa que vivencia o homem de preto do futebol brasileiro, seria de bom
alvitre que a Anaf e a CBF convidassem o mestre inglês, para proferir um
seminário aos nossos apitos.
PS: Um estudo científico,
divulgado pelo conceituadíssimo diário New York Times, detectou que as imagens que
chegam da retina não passam de um borrão desfocado com um grande buraco no
meio. E que as áreas corticais destinadas à visão humana, valendo-se
principalmente de nossa experiência passada, é que vão pacientemente
reconstruindo tudo de modo a criar uma interpretação coerente de tudo o que
vemos. Diante do exposto, concordo com o oftalmologista espanhol, Francisco
Marruenda, que recentemente pediu a Fifa que altere a Regra a Regra XI – o impedimento,
objetivando facilitar o trabalho de identificação da arbitragem, se um atleta
está ou não impedido.
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