quinta-feira, 18 de julho de 2013

Notícias do apito

Perto do impossível
                             
                             Foto: Divulgação
São tantos jogos por semana no futebol brasileiro, que é praticamente impossível a CA/CBF analisar o desempenho da arbitragem nas diferentes competições da entidade. Se fosse observada a seqüencia de erros nas tomadas de decisões da arbitragem, sobretudo dos árbitros e assistentes, certamente muitos deles ficariam um bom período sem atuar. Mas não é isso que ocorre, pois mesmo cometendo equívocos repetitivos, às vezes primários, na semana seguinte, aqueles que afrontaram as Regras de Futebol são colocados no sorteio, o que é um "prestigiamento" equivocado da Comissão de Arbitragem e principalmente um prêmio à impunidade. Essa é mais uma das inúmeras causas do fraquíssimo nível demonstrado pelos nossos apitos, no Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e demais torneios patrocinados pela CBF. Some-se ao aqui exposto, a baixíssima qualidade das pessoas que compõe as comissões de arbitragem das federações estaduais, e, a presença de alguns assessores de arbitragem que nunca apitaram uma partida de futebol de pelada, mas, com a maior cara de pau ostentam com "galhardia" carteirinha da CBF, e inclusive, ocupam locais privilegiados nos estádios de futebol, o que "apequena" uma função tão importante, daquele que tem a missão de avaliar a arbitragem de acordo as Regras de Futebol.

Ensinando e ganhando cachê
A oitava rodada do Campeonato Brasileiro, traz as presenças de Afonso Vitor de Oliveira, ex-árbitro e atual presidente da comissão de arbitragem da Federação Paranaense de Futebol, de Antonio Pereira da Silva, ex-árbitro da Fifa e neste momento presidente da CA/CBF, de Sérgio Corrêa da Silva, ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol e agora investido como diretor da escola de árbitros da CBF e de Jose Mocelin, ex-árbitro da Federação Gaúcha de Futebol, instrutor da CBF e da Conmebol, como assessores de arbitragem. O quarteto em tela, além de possuir notório conhecimento sobre as Regras de Futebol, dada a trajetória brilhante de cada qual como árbitro, enobrecem a importantíssima função de assessor de arbitragem, e nos dá a certeza de que as avaliações que realizarão, serão justas, equilibradas e tecnicamente corretas, o que constitui elevado ponto de estímulo aos membros da arbitragem que foram escalados nessa rodada.

Presidente é destaque negativo
A presença do presidente da Anaf - Associação Nacional de Árbitros de Futebol, Marco Antonio Martins, que ainda não decidiu o que é mais importante, se a entidade que preside ou alguns trocados que recebe como assessor, é o fato negativo que mais provoca questionamentos neste do momento. Explico: Martins, foi eleito presidente da Anaf, com a promessa de fazer o que os seus antecessores deixaram de fazer à categoria do apito nacional. No entanto, após deixar a arbitragem por ter atingido a idade limite de 45 anos, ao invés de cumprir o prometido quando em campanha a presidência da entidade dos homens de preto, optou em exercer de forma incompatível a direção da Anaf e a função de assessor de arbitragem, o que é no mínimo antiético.

Presidente é destaque negativo (2)
Quando escalado nas competições da CBF como assessor de arbitragem pela CA/CBF, Marco Antonio, é obrigado a relatar no seu relatório que posteriormente é repassado a Comissão de Árbitros da entidade, com objetividade e fidelidade os acontecimentos positivos e negativos envolvendo o árbitro, os assistentes, o quarto árbitro e também os árbitros adicionais que ficam postados atrás das metas. Pergunto: Como assessor, Martins, se houver equívocos da arbitragem é impelido a bancar o dedo - duro e relatar os erros. Posteriormente, se acontecer como já aconteceu de um dos membros da arbitragem ser execrado na mídia ou algo similar, a entidade que tem seu comando, sai em defesa daquele que o presidente da Anaf "espinafrou" no seu relatório. É uma situação que fere a ética na sua essência.

Juventude no jogão
Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG), o árbitro de Atlético/PR x Corinthians/SP, no próximo domingo na Vila Capanema, é o mais jovem apito brasileiro a ostentar o escudo da Fifa, ressalto porém, que apesar da sua jovialidade suas atuações tem sido satisfatórias, e, cito como exemplo, a primeira partida decisiva da Recopa Sul-americana, entre São Paulo/SP x Corinthians/SP. Oxalá, Marques reprise em solo paranaense, as brilhantes atuações que vem norteando sua carreira como árbitro nacional e internacional.

Projeto fantasma
O projeto da profissionalização da arbitragem anunciado pela Anaf, pelo jeito esfriou e não se tem nenhuma notícia há vários dias de qualquer movimento na direção de que algo irá acontecer. Com o Congresso Nacional em ebulição diante da crise econômica, os parlamentares em recesso e a crescente onda de manifestações que vem acontecendo em todo o País, e com uma pauta já definida previamente até o final do ano em curso pelos parlamentares que compõe Senado Federal, os laivos apontam de que se algo vier a acontecer, acontecerá só em 2014. Aliás, o que este colunista duvida.

Simon com a bola toda
O Voz do Apito, um dos vários sites especializados em arbitragem, realizou pesquisa junto a confraria do apito brasileiro, com o objetivo de saber quem a categoria dos homens de preto gostaria de ver a frente da CA/CBF. A resposta foi: Em primeiro lugar, o ex-árbitro Carlos Eugênio Simon (foto), com 28% dos votos. Em segundo lugar, o ex-arbitro e instrutor da Conmebol, Salvio Spínola Fagundes Filho. Diante da pesquisa, liguei para Simon e perguntei a ele qual era a sua posição sobre o fato. Com uma verve extraordinária e extrema humildade, o mais laureado árbitro do futebol pentacampeão do mundo me disse: Sinto-me lisonjeado com tamanha deferência, mas, no momento estou focado no projeto da Fox Sports, que me honrou com o convite para ser comentarista de arbitragem. Ao final do colóquio verbal, voltei ao assunto e perguntei a Simon se a sua posição era definitiva e ele me disse, definitivo só a morte.

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