sexta-feira, 14 de junho de 2013

Notícias do apito

 Apito do Bicudo
Altemir, Collina, Braatz e Simon.
Aconteceu na inglaterra (1)

Quando a Inglaterra optou pela profissionalização do árbitro de futebol, a (FA), a Premier League que é uma empresa à parte da Federação Inglesa e a Football League da segunda divisão, se uniram e criaram a Professional Game Match Officials Bord (PGMOB) - instituição que ficou responsável por toda a arbitragem no país, que inventou as Regras de Futebol. Observem que primeiro, foi estabelecida uma empresa para gerir o grande negócio que se tornou a profissionalização do árbitro no país londrino. Ato contínuo,  a (FA) e a (PGMBO) consultaram o International Board, o único orgão que permite experimentos ou mudanças nas Regras de Futebol.  Posteriormente, foram definidos os critérios para a contratação de 21 árbitros para a divisão principal e 49 apitos para as demais divisões. Os escolhidos após rigoroso processo seletivo em todas as esferas do cotidiano do ser humano, firmaram contrato anual com a empresa, e, sob os olhares imutáveis de Ian Blanchard, chefe da área de desenvolvimento  de arbitragem da (FA) e das suas respectivas atuações, além do salário (R$ 132.000.00) anual, de acordo com o número de jogos e a importãncia das partidas, passaram a receber um bônus. 



Aconteceu na Inglaterra (2)
Esta empresa constituída em 2001, era comandada por Keith Hackett, que mudou o conceito do árbitro de futebol perante a sociedade inglesa e tornou-se paradigma para o mundo. Hackett, como primeira medida, introduziu reuniões quinzenais com todos os contratados e durante dois dias consecutivos, discutiam os equívocos e acertos do árbitro e seus assistentes, e metas eram traçadas para o aprimoramento das tomadas de decisões nas rodadas subsequentes. Além disso, os árbitros passaram a ser avaliados tecnicamente e fisicamente, sob a regência de nutricionistas, fisiologistas, preparadores físicos e coordenados por um grupo de pessoas com notório conhecimento sobre as Regras de Futebol. Na verdade, a (PGMOB) adquiriu similaridade de um clube de futebol, que ao invés de lidar com atletas, passou a manusear árbitros e bandeirinhas.


Falsa promessa é a profissionalização dos árbitros (1)

No Brasil, há um projeto sobre a profissionalização do árbitro de futebol de nº 6405/2001, que recebeu vários apensos e desde então, transita em diferentes comissões do Congresso Nacional, em Brasília, mas de concreto até o presente instante nada aconteceu. Digo isso, porque há pouco mais de quinze dias, uma plêaide de sindicalistas, que representa a confraria do apito brasileiro, peregrinou pelos corredores da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e de lá sairam alardeando, que o projeto que regulamenta a atividade do árbitro de futebol no País pentacampeão de futebol, será votado a qualquer momento.


Falsa promessa é a profissionalização dos árbitros (2)

Diante do alarido dos líderes sindicais que estiveram na capital federal e porque não acredito em Papai Noel, procurei meus interlocutores em Brasília, visando obter informações fidedignas sobre o fato. As informações que recebi contrastam com o divulgado, inclusive no site da (Anaf) Associação Nacional de Árbitros de Futebol. Primeiro, não há previsão de votação do indigitado projeto. Segundo, é imperativo mudar o parecer do senador Pedro Taques, que pediu o arquivamento do processo. Terceiro, a Anaf até o presente momento não conseguiu convencer clubes, federações, a TV e, sobretudo a CBF, da importância da profissionalização. Quarto, a Anaf não definiu até o momento, quem irá gerir os destinos da arbitragem se acontecer a profissionalização. Portanto, quem esteve em Brasília, ou foi enganado tal qual criança quando ameaça chorar ou chora e se dá uma bala ou um pirulito e tudo fica resolvido, ou então, Marco Antonio Martins, Salmo Valentim e outros estão prometendo aos homens de preto, algo que dificlmente irá se concretizar.


Chamem os ingleses

Diante do que se leu acima, seria de bom alvitre convidar os ingleses que inventaram o futebol, as regras, que regem o esporte das multidões no campo de jogo e tem know how no assunto, para explicar aos dirigentes classistas da arbitragem brasileira, como funciona o sistema da profissionalização por lá. Alemanha, Espanha, Holanda e Itália, não profissionalizaram a arbitragem, mas desenvolveram projetos que se assemelham aos ingleses. Pergunto: Se a profissionalização deu certo na Inglaterra, quais são os motivos que impedem a CBF de implementá-la no Brasil? 


Convidados de honra

Na última quarta-feira, a Comissão de Árbitros da Fifa, presidida por Angel Maria Villar, ofereceu aos árbitros que vão atuar na Copa das Confederações, um belíssimo jantar na Barra da Tijuca. Além dos árbitros e Villar, participaram do ágape, Massimo Busacca, o chefe do apito da entidade que controla o futebol no planeta, Jorge Larrionda, instrutor Fifa e Cláudio Pilot, secretário do departamento de árbitros da entidade internacional. Acrescente-se ainda neste jantar, as presenças de Carlos Eugênio Simon e Aristeu Tavares, os únicos mundialistas que participaram de Copa do Mundo,  convidados por Busacca e Villar.

 

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