Na semana que passou, afirmei aqui neste espaço, que a função do
assessor de arbitragem no futebol brasileiro foi banalizada sob a
chancela da CA/CBF - Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira
de Futebol, que é presidida na atualidade pelo sr. Antonio Pereira da
Silva. Também afirmei que, Edson Rezende Oliveira, Sérgio Corrêa da
Silva e Aristeu Leonardo Tavares, quando estiveram a frente dessa
comissão, pouco ou nada realizaram para dar um basta nessa aberração.
Diante da notícia acima veiculada, recebi várias correspondências
eletrônicas que afirmam serem as pessoas acima mencionadas, vítimas de
um crítica injusta deste colunista e que os mesmos não tem autonomia
para equacionar essa disfunção, porque quem decide o imbróglio dos
assessores de arbitragem, não são eles e sim o presidente da CBF.
Discordo em gênero, número e grau daqueles que saíram em defesa do
indigitado quarteto, porque se for para assumir o cargo de dirigente
máximo da arbitragem brasileira sem independência, inclusive para
escolher sua equipe e nomear assessores de árbitros de excelência, o
mínimo que todos deveriam ter feito, era não assumir e ponto final.
Sobretudo, porque o manual do assessor diz que: A avaliação quando
bem realizada é de extrema utilidade a CA/CBF e aos árbitros. Para a
comissão, porque permite conhecer melhor seus apitos e, por
consequência, otimizar seu crescimento e aproveitamento. Aos árbitros,
porque os orienta e possibilita o autoconhecimento, que permite
aprimorar as qualidades e minimizar as deficiências.
A CBF afirma no manual, que escala os assessores de arbitragem,
objetivando que haja interação dessa tarefa com a atividade
desenvolvida pelos árbitros, possibilitando assim, a tão sonhada
padronização nas tomadas de decisões do árbitro e seus assistentes, na
condução de uma partida
Consta ainda no manual do assessor, que a CBF incentiva-o a relatar
no seu relatório, se um árbitro novo tem ou não potencial para crescer
na carreira, já que, uma avaliação inadequada trará prejuízos ou
benefício ao avaliado, alavancando a sua carreira ou lhe prejudicando na
ascensão junto a Classificação Nacional dos Árbitros (CNA) da CBF, pág.
132, livro Regras de Futebol.
Diante do que se leu, pergunto: Quem nunca vestiu um uniforme de
árbitro de futebol e não apitou sequer uma pelada de menino de conjunto
residencial, pode exercer
tão sibilina missão? E de resto, o assessor de arbitragem no futebol
brasileiro, da forma como está, é uma “implementação” absurda.
PS: Na sexta-feira (5) reinicia a Série
(B) e no sábado (6) a Série (A) do Campeonato Brasileiro, que foi
paralisado em função da Copa das Confederações. Ressalte-se que o
desempenho dos homens de preto designados pela CA/CBF, nas rodadas
iniciais na Copa do Brasil e no Brasileirão deste ano, com raríssimas
exceções, foram sofríveis.