Foto: Fifa.com
A
cada escândalo ou equívoco de arbitragem de proporções, surge a idéia de que a
solução é profissionalizar o árbitro de futebol. No Brasil, após os episódios
Ivens Mendes e Edilson Pereira de Carvalho, a CBF criou uma comissão para
discutir o assunto, mas até hoje não se tem notícia do seu resultado. Aliás,
aqui temos o Projeto de Lei 6405/2002 e vários apensos, que estão “dormindo” nas
gavetas do Congresso Nacional, em Brasília.
Em
2006, encerrado o Mundial na Alemanha, com sérios erros de interpretação e
aplicação das Regras de Futebol, o presidente da Fifa Joseph Blatter, afirmou
que na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, o homem de preto seria
profissionalizado, não houve nenhuma mudança sobre o tema.
No
Mundial em território Africano, aconteceram erros de maior monta, mas, o que rendeu discussões
e sinalizou com a profissionalização, foi o lance do meia inglês Lampard, que
desferiu portentoso chute em direção a meta alemã com a bola ultrapassando em
(46 centímetros a linha de meta) - na partida Alemanha x Inglaterra. Lance que fugiu do campo visual do assistente
Mauricio Spinoza e do ex-árbitro Jorge Larrionda, ambos uruguaios, que alegaram à época não terem visto a bola entrar.
Assim
que a poeira baixou na África do Sul, o
mandatário da Fifa afirmou que, para a Copa do Mundo em 2014, duas medidas
seriam analisadas e implementadas. A tecnologia na linha do gol e a viabilidade
da profissionalização da arbitragem. Faltam cinquenta e três dias para abertura
da Copa das Confederações e nenhuma medida concreta sobre o tema foi colocada
em prática pela Fifa ou por um dos seus filiados, no que versa sobre a
profissionalização do árbitro.
Só
há um País no mundo que adota a profissionalização no apito. É a Inglaterra. Os
ingleses criaram, há doze anos, uma entidade para cuidar do assunto e, a cada ano,
implementam novas regras para garantir que pelo menos uma parte dos árbitros
possa se dedicar exclusivamente ao futebol. Acoplada a profissionalização, a
arbitragem inglesa é monitorada por uma comissão semanalmente, desde 2001, o
que propiciou uma mudança radical na qualidade da arbitragem do futebol inglês.
Os
ingleses que inventaram o futebol, as regras, que regem o esporte das multidões
no campo de jogo, tem know how no assunto e deveriam ser consultados como
funciona o sistema da confraria do apito. Alemanha, Espanha, Holanda e Itália,
não profissionalizaram a arbitragem, mas desenvolveram projetos que se
assemelham aos ingleses. Por quê a CBF e, sobretudo a Fifa, ainda não definiram o imbróglio da
arbitragem profissional?
PS:
O árbitro de futebol do século 21 é responsável por um negócio que movimenta
bilhões de dólares, das suas interpretações adequadas, depende o sucesso de uma
competição. Daí a necessidade imperativa de profissionalizar, a carreira do
juiz de futebol, pelo menos daqueles que atuam nos grandes eventos.
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