Na semana que passou, falei do conservadorismo da Fifa e do International Board,
já que ambas
têm se mostrado refratárias a mudanças nas Regras de Futebol, e
sobretudo na implementação da tecnologia como forma de ajudar a
arbitragem a dirimir lances que fujam do seu campo visual.
Diante
disso, fui questionado a responder que outras tecnologias poderiam ser
introduzidas como forma de ajudar a arbitragem a equacionar lances
polêmicos,
e, evitar os inúmeros transtornos a que são submetidos os árbitros
quando lances dessa natureza acontecem.
A
primeira, poderia ser o tira-teima, que consiste numa foto instantânea
no momento da chegada de dois ou mais atletas, como aconteceu no Mundial
de Osaka,
no Japão, quando três atletas cruzaram a linha de chegada ao mesmo
tempo, e os árbitros da prova tiveram que mudar duas vezes o nome da
vencedora. Na ocasião, a jamaicana Verônica Campbell cruzou a linha de
chegada três milésimos de segundos antes da americana
Lauryn Willians e a decisão definitiva ocorreu após a análise de uma
foto de instante final.
A
segunda tecnologia vem do tênis, que desde 2006 utiliza um conjunto de
câmeras ligadas a computadores que mostra o local exato onde abola
quicou, tirando
qualquer dúvida.
Outro
exemplo, pode vir do automobilismo, onde sensores do diâmetro de um
maço de cigarros emitem sinais que são captados por antenas instaladas
no piso
ao longo da pista, e determinam quem será o pole-position de um Grande
Prêmio, como na Turquia, quando Felipe Massa fez uma volta mais rápida
que o inglês Lewis Hamilton em 44 segundos.
Entendo
que a tecnologia se usada de maneira ordenada, é de fundamental
importância à arbitragem, mas não é a solução para equacionar os
equívocos nas tomadas
de decisões dos homens de preto, no campo de jogo.
Além
da tecnologia, há mecanismos que poderiam ser de grande valia para
melhorar as decisões do árbitro assim que a bola rola, como a
profissionalização
que caminha a passos lentos no Congresso Nacional, e, dificilmente terá
um desdobramento que atenda os anseios da comunidade do apito.
Enquanto
o acima escrito não acontece, resta aguardar que a Escola Brasileira de
Árbitros de Futebol, agora sob a regência de Sérgio Corrêa da Silva, dê
ênfase no aprimoramento da confraria dos homens da latinha, com
instrutores de arbitragem de primeira linha e promova em caráter
emergencial uma atualização dos árbitros que irão laborar nas
competições da CBF nesta temporada.
PS:
Em que pese o estado lastimável do gramado e a ausência de um projeto
de requalificação do quadro de árbitros da Federação Parananense de
Futebol, o desempenho do árbitro Fabio Filipus, no prélio Paraná Clube 2
x 2 Atlético/PR, foi ótimo.
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