quinta-feira, 21 de março de 2013

Árbitros: Força física é essencial

A Fifa determina que uma partida de futebol não pode ser realizada sem a presença de um árbitro e de dois árbitros assistentes. Durante décadas a figura do árbitro foi relegada a um segundo plano, mas, com o passar dos anos, descobriu-se que o árbitro pode decidir um preĺio num trilar ou não do apito e o assistente no levantar ou não da bandeira. E, por extensão, alijar de uma competição de alto nível, através dessas ações, uma equipe que investiu milhões de dólares, na aquisição e preparação de uma esquadra.
A importância das tomadas de decisões do árbitro e seus assistentes no campo de jogo, atingiram tamanha proporção, que recentemente o professor Werner Helsen, PhD da Universidade de Louvre (Bélgica), preparador físico dos árbitros da Uefa e da Fifa e membro do Painel de Observadores da União Européia de Futebol, desenvolveu um estudo e a posteriori apresentou os resultados desse estudo, que versa sobre os movimentos do árbitro numa partida de futebol.
 Foto: Apito do Bicudo
O estudo teve como paradigma alguns jogos internacionais, onde em média o homem de preto realizou 1.412 mudanças de atividade durante a partida, o que significa uma mudança de ação a cada quatro segundos. Além do exposto, a distância percorrida pelos árbitros oscilou em 10km e 13km por jogo, sendo que durante os jogos os árbitros se locomoveram de costas aproximadamente 1km.
O avanço da preparação física dos atletas de futebol em todo o planeta acendeu a luz amarela para os árbitros, e foi esse avanço que fez com que a Fifa alterasse de forma científica os testes físicos da arbitragem em âmbito mundial desde fevereiro de 2007.
No estudo, o professor Helsen elencou vários exemplos, entre eles, a final da Copa das Confederações de 2006, dirigida pelo ex-árbitro Lubos Michel (Eslováquia), que naquela decisão realizou 125 piques de alta intensidade com ótima colocação nos 94 minutos de duração do jogo, em função da ótima preparação à que foi submetido pela Uefa e a federação de seu país.
PS (1): A análise que se faz do brilhante estudo do professor Helsen, talvez pela sua abrangência, represente um fato compulsório de que o árbitro de futebol terá que aceitar, ou resignar-se em relação a “tese”, sob pena de uma decadência imediata. Segundo se pode deduzir, o indigitado mestre considera a preparação física do árbitro, tão relevante quanto o conhecimento sobre as Regras de Futebol, já que ambas devem viver associadas. O que deixando de acontecer tira o árbitro da cena do jogo.
Sabe-se que dificilmente um árbitro, por si, vai se submeter ao preparo físico que lhe é exigido, o que leva a colocar em evidência, outra vez, a necessidade de criar-se um Instituto Universal para Árbitros, cuja identificação está acima das associações, sindicatos e outras entidades hierárquicas que existem. Releva acentuar-se diante do estudo em tela de se profissionalizar em caráter emergencial a atividade do árbitro de futebol, como determinou há dias atrás o presidente Joseph Blatter, sob pena de as arbitragens continuarem apresentando as deficiências que apresentaram sobretudo no último Mundial na África do Sul. Estamos alertando de há muito esse fato, como uma consequência pessoal. O futuro vai nos dar razão!
PS (2): Em se tratando do sofrível desempenho dos árbitros no atual campeonato paranaense, não há nada que possa ser feito, sobretudo, porque desde o início da competição, a cada rodada surge um erro de interpretação e aplicação das Regras de Futebol, maior ou igual ao anterior e tudo fica no mesmo. Há uma epidemia mortal de incompetência, a partir do comando da comissão de arbitragem e, por consequência,nos homens de preto que dirigem as partidas.

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