domingo, 31 de março de 2013

Raio-X da arbitragem



                                                        Foto: Apito do Bicudo


Fifa convoca Heber (1)
Além de convocar o árbitro Sandro Meira Ricci (Fifa/PE) e os assistentes Alessandro Rocha Matos (Fifa/BA) e Emerson Carvalho (Fifa/SP), para o Curso de Alto Nível, que acontece no período de 9 a 12 deste mês em Assunção (Paraguai), a entidade internacional convocou também, o árbitro Heber Roberto Lopes (foto/Fifa/SC) e o assistente Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa/SP).
Fifa convoca Heber (2)
O quinteto acima mencionado, já está de posse das passagens, do hotel onde deverão se hospedar e do plano que será aplicado no curso pelos membros do Comitê de Arbitragem da entidade, que controla o futebol no planeta.
Fifa convoca Heber (3)
É sabido que o trio titular para a Copa no momento, é composto por Sandro Ricci, Alessandro Rocha Matos e Emerson Carvalho.  Mas, o Brasil é o País sede do Mundial de 2014, e até março do próximo ano quando a Fifa anunciará os laureados para debutar no mais importante torneio de futebol do planeta, muita água vai rolar por debaixo da ponte e, Heber e Van Gasse, foram convocados para qualquer eventualidade.
Fifa convoca Heber (4)
Em se tratando de Heber Roberto Lopes, que já havia sido convocado pela Fifa em janeiro deste ano, para o Curso de Alto Nível em Mendonza (Argentina), o fato tem significado especial. Preterido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) e a Comissão de Árbitros da entidade, que não tomaram nenhuma atitude concreta para mantê-lo no Paraná, a nova convocação da Fifa, representa o reconhecimento das qualidades profissionais exigidas de um árbitro top de linha das quais Heber é possuidor.  Em tempo: Heber Roberto Lopes, apita na próxima quinta-feira, Nacional (Uruguai) x Toluca (México) pela Libertadores.
Busacca vem aí
O curso será ministrado pelo chefe de arbitragem da Fifa, Massimo Bussaca, que terá ainda personagens de alto coturno como Carlos Alarcón, o mais longevo membro do Comitê de Árbitros da entidade e diretor da arbitragem da Conmebol, Oscar Ruiz, Instrutor Fifa, Cristhian Rosen, PhD em Educação Física e preparador físico dos homens de preto da Conmebol.
Cadê a profissionalização? (1)
Prometida por Marco  Antonio  Martins, presidente da Associação Nacional de Árbitros (Anaf) e sua diretoria, como a maior realização da sua administração, a profissionalização do árbitro de futebol no Brasil, inclusive já  para a  Copa das Confederações, em junho próximo, pelo jeito gorou.
Cadê a profissionalização? (2)
O Projeto de Lei 6405/2002 e seus apensos, que versam sobre a regulamentação da atividade da confraria do apito brasileiro, pelo que fui informado, está “mofando” numa das gavetas do Congresso Nacional, em Brasília.

Cadê a profissionalização? (3)
Segundo uma fonte de Brasília me informou, falta a categoria dos homens de preto, estofo político junto aos congressistas, objetivando “quebrar o lobby” da CBF, das federações de futebol, dos clubes e da TV, que são contrários a profissionalização do homem do apito, e trabalham em silêncio nos escaninhos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, contra o projeto em tela.
Quem será o novo diretor da CA/CBF? (1)
Assim que Aristeu Tavares anunciou sua saída da Comissão de Árbitros da CBF, a direção da casa do futebol brasileiro nomeou, o Dr. Edson Resende e foi dito na oportunidade, que, em trinta dias um novo diretor seria anunciado e, por consequência, os demais membros de tão importante setor seriam conhecidos incontinenti.

Quem será o novo diretor da CA/CBF? (02)
De lá para cá, muitos nomes foram lançados, mas nenhum até o momento conseguiu preencher os requisitos exigidos para ocupar função de tamanha magnitude. E, pelo andar das coisas, dificilmente aparecerá alguém com extrato ético, moral, junto a direção da CBF, clubes e, sobretudo, com status perante a Relação Nacional de Árbitros (Renaf), que seja detentor das qualidades do Dr. Edson Resende. Em tempo: Tem muito aventureiro se lançando candidato sem a mínima densidade entre os árbitros e sem condições éticas, que o cargo requer.
Fifa: Olho mágico (1)
Na Copa das Confederações, que será realizada a partir de junho próximo no Brasil e na Copa do Mundo de 2014, o árbitro, os assistentes, o quarto árbitro, os assistentes adicionais e os atletas no campo de jogo, serão surpreendidos por uma parafernália  eletrônica a vigia-los, como nunca em tempo algum foi empregada.
Fifa: Olho mágico (2)
De acordo com informações que obtive, a Fifa planeja instalar em cada estádio, trinta e duas câmeras fixas e móveis, que serão estrategicamente instaladas atrás das metas, dos assistentes, do quarto árbitro, na área técnica e em toda a extensão do campo de jogo. O que significa que nenhum detalhe de boa ou má ação escapará aos olhos eletrônicos.

Gente que brilha (1)
Os especialistas afirmam que três fatores devem ser observados num profissional de excelência: aptidão, talento e sorte. Fatores que na nossa opinião, devem estar umbilicalmente vinculados ao árbitro de futebol, que é um profissional de excelência. Além do exposto, o homem de preto para alcançar êxito na sua carreira, deve ter pleno conhecimento e discernimento das Regras de Futebol, pois de interpretações corretas dependerá o sucesso da sua arbitragem.
Gente que brilha (2)
Acoplada as características acima nominadas, um bom posicionamento em campo facilitará ao árbitro  ter uma boa performance. Quanto mais próximo e bem posicionado estiver das jogadas, melhor será o seu desempenho. E, por derradeiro, o bom desenvolvimento da coordenação psicomotora (agilidade, destreza e flexibilidade de raciocínio) em conjunto com uma boa acuidade visual, facilitará o domínio dos acontecimentos no retângulo verde.
Gente que briha (3)
Foi com as características e qualidades acima mencionadas, que o excelente árbitro Rafael Traci, dirigiu a belíssima partida do sábado que passou, entre Atlético/PR 1 x 1 Londrina, pelo Campeonato Paranaense. A CA/CBF, deveria enviar um de seus olheiros para observar se o indigitado árbitro preenche os requisitos básicos exigidos, para fazer parte do grupo de apitos promissores do futebol brasileiro. 

Veja como funcionam os testes e pesquisa da tecnologia na linha do gol



Para garantir a mais alta qualidade no ramo da tecnologia de linha de gol, todo sistema aprovado precisa passar por uma série de testes de sistema, bem como por um teste de instalação, antes de ser aprovado para o uso em jogos oficiais pela Fifa.

Teste de sistema
Consiste em testes de campo, laboratório, treino e ao vivo, com o propósito de dar a ligas, clubes, associações e confederações de futebol que planejem instalar a tecnologia de linha de gol a máxima garantia com relação ao fato de que o sistema cumpre as Leis do Jogo. Esses testes são realizados sob a supervisão do instituto de teste independente EMPA, credenciado pela Fifa, com sede em St. Gallen, na Suíça.
Enquanto que o objetivo dos testes de laboratório é examinar os componentes de cada tecnologia, como o relógio do árbitro, os testes de campo se concentram principalmente na avaliação da robustez do sistema em diferentes condições meteorológicas e situações de jogo. Só será concedido o licenciamento da Fifa aos sistemas de tecnologia. de linha de gol que cumpram todos os critérios necessários.
Resumo do teste
  • 1. Testes de laboratório
  • 2. Testes de campo
  • 3. Situações reais de jogo
(1)  Testes de laboratório
Os testes de laboratório pelos quais um sistema de tecnologia de linha de gol deve passar como parte do teste de sistema incluem um programa envolvendo a utilização simulada de vários componentes para avaliar o desempenho do sistema durante um certo período. Os testes são realizados por institutos de teste credenciados pela FIFA especializados em tecnologia de linha do gol.
Os seguintes componentes de sistema são testados em laboratório:
  • Bola de futebol: conformidade com os padrões internacionais para bolas de futebol (Conceito de Qualidade da Fifa para Bolas de Futebol)
  • Relógio do árbitro: teste da transmissão de sinais, da qualidade do display e da durabilidade do relógio, de acordo com padrões internacionais.
  • Outros componentes: identificação e teste de outros elementos importantes do sistema.
(2) Testes de campo
Com base nos princípios da International Football Association Board (IFAB), o sistema de tecnologia de linha de gol é testado para determinar seu desempenho e sua confiabilidade. Assim, o instituto de teste credenciado pela Fifa realiza testes estáticos e dinâmicos, bem como situações reais de jogo no campo, durante o dia e à noite.
  • Chutes no gol e nas redes.
  • Chutes em uma parede de impacto com visões livres e obstruídas.
  • Teste de deslizamento na linha do gol
  • Vários cenários de clima
(3)  Situações reais de jogo
Por fim, o sistema é instalado em dois estádios distintos e testado durante treinos oficiais, durante os quais seu desempenho é monitorado pelo instituto de teste credenciado pela FIFA. Apenas se o sistema funcionar, ou seja, se for capaz de detectar com precisão se um gol foi marcado ou não, ele irá receber a licença da FIFA para o uso em partidas oficiais de acordo com as Leis do Jogo.


Teste de instalação
Essa etapa final do processo verifica se o sistema de tecnologia de linha de gol licenciado foi instalado adequadamente. O teste de instalação tem como objetivo testar a funcionalidade perfeita do sistema, verificando se a tecnologia exibe no estádio o mesmo desempenho alcançado no teste de sistema. Após a aprovação no teste de instalação e por parte do cliente (o organizador da competição, por exemplo), o sistema GLT entrará na lista oficial de instalações certificadas da Fifa.

                                                                            Fotos: Fifa.com


Acompanhamento
Depois de o sistema ter sido testado, o desafio é manter sua qualidade e funcionamento. O acompanhamento é um componente essencial do processo de garantia de qualidade contínua do sistema de GLT. Por isso, o prestador de serviço deve comprometer-se a realizar manutenções regulares após a instalação.  Como precaução final, os árbitros também devem examinar o sistema antes de cada partida oficial.
Fonte: Fifa.com

quarta-feira, 27 de março de 2013

Notícias do apito

 Divulgação
Fifa convoca Heber (1)

Além de convocar o árbitro Sandro Meira Ricci (Fifa/PE) e os assistentes Alessandro Rocha Matos (Fifa/BA) e Emerson Carvalho (Fifa/SP), para o Curso de Alto Nível que acontece no período de 9 a 12 de abril próximo em Assunção (Paraguai), a entidade internacional convocou também, o árbitro Heber Roberto Lopes (foto/Fifa/SC) e o assistente Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa/SP).

Fifa convoca Heber (2)

O quinteto acima mencionado, já este de posse das passagens, do hotel onde deverão se hospedar e do plano que será aplicado no curso pelos membros do Comitê de Arbitragem da entidade, que controla o futebol no planeta.

Fifa convoca Heber (3)

É sabido que o trio titular para a Copa no momento, é composto por Sandro Ricci, Alessandro Rocha Matos e Emerson Carvalho. Mas, como o Brasil é o País sede do Mundial de 2014, e até março do próximo ano quando a Fifa anunciará os laureados para debutar no mais importante torneio de futebol do planeta, muita água vai rolar por debaixo da ponte, Heber e Van Gasse, foram convocados para qualquer eventualidade.

Fifa convoca Heber (4)

Em se tratando de Heber Roberto Lopes, que já havia sido convocado pela Fifa em janeiro deste ano, para o Curso de Alto Nível em Mendonza (Argentina), o fato tem significado especial. Preterido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) e a Comissão de Árbitros da entidade, que não tomaram nenhuma atitude concreta para mantê-lo no Paraná, a nova convocação da Fifa, representa o reconhecimento das qualidades profissionais exigidas de um árbitro top de linha das quais Heber é possuidor.  Em tempo: Heber Roberto Lopes, apita na próxima quinta-feira, Nacional (Uruguai) x Toluca (México) pela Libertadores.

Busaca vem aí

O curso será ministrado pelo chefe de arbitragem da Fifa, Massimo Busaca, que terá ainda personagens de alto coturno como Carlos Alarcón, o mais longevo membro do Comitê de Árbitros da entidadee diretor da arbitragem da Conmebol, Oscar Ruiz, Instrutor Fifa, Cristhian Rosen, PhD em Educação Física e preparador físico dos homens de preto da Conmebol.

Seriam falhos os relatórios?
Nas escalas de árbitros divulgadas pela (FPF), se observa a designação de um observador de arbitragem, cuja missão precípua é a de elencar os erros e os acertos nas tomadas de decisões do quarteto de árbitros nos jogos. A partir de um relatório fidedigno, objetiva-se corrigir as deficiências e minimizar os equívocos nas partidas. Dada a sequência interminável de erros de interpretação e aplicação das Regras de Futebol, pelos apitos no atual Campeonato Paranaense, pergunto: Os ditos observadores são incompetentes ou estão sendo desmoralizados pela Comissão de Arbitragem da FPF?
 Seriam falhos os relatórios?  
Se não estão relatando o que acontece nas partidas de forma adequada, é óbvio que devem ser substituídos. Porém, se tem relatado como me afirmou um dos observadores os erros e as qualidades do quarteto de árbitros, é natural que estão sendo desmoralizados. Como consequência real para o que se acabou de expor, o departamento de árbitros  deve ter a certeza absoluta que o “olheiro” indicado é conhecedor profundo das Regras de Futebol, pois do contrário, torna-se um personagem nulo com referência às funções que lhe são atribuídas.

terça-feira, 26 de março de 2013

Seminário para possíveis árbitros e árbitros assistentes para o Mundial de 2014



A Fifa divulgou na tarde desta terça-feira (26), os nomes dos prováveis árbitros e assistentes, que deverão participar dos próximos seminários de arbitragem, para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Os seminários tiveram início em setembro de 2012, em Zurique, e na oportunidade os apitos pré-selecionados foram avisados de que outros eventos de natureza semelhante  seriam efetivados com vistas à  Copa das Confederações, e, do Mundial do ano que vem em território brasileiro.


Os seminários serão realizados pelas confederações abaixo nominadas, sempre com a supervisão dos homens do Comitê de Arbitragem da entidade que controla o futebol no planeta.

CONCACAF, em Fort Lauderdale (EUA): 4 a7 de abril de 2013    
CONMEBOL, em Asunção (Paraguay): 9 a 12 de abril de 2013
UEFA, em Zurique (na sede da Fifa): 16 a 19 de abril de 2013
AFC e OFC, em Dubai (Emirados Árabes Unidos): 22 a 25 de abril de 2013
CAF, em Casablanca (Marrocos): 27 a 30 de abril de 2013

Os seminários tratarão dos seguintes temas:
Proteger os atletas, a imagem do futebol e a desportividade.
Garantir a consistência das decisões da arbitragem no campo de jogo.
Os árbitros serão orientados a fazer uma leitura das partidas, enfatizando os aspectos técnicos e táticos
Compreender as diversificadas mentalidades futebolísticas, o que significa ter um conhecimento amplo de todas as seleções que participarão do Mundial no Brasil.
Acompanhe através do link abaixo, os árbitros e assistentes que estão pré-selecionados pela Fifa para os próximos seminários.
Fonte: Fifa.com

Árbitro: Fifa faz programa misterioso

Divulgação

A Fifa está desenvolvendo estudos objetivando proporcionar aos espectadores na Copa das Confederações e no Mundial, a primeira em junho próximo e a segunda competição no ano que vem, no Brasil, no sentido de que os espectadores assistam, em média, de 75 a 80 minutos de bola em jogo.

Nesse mesmo estudo da entidade que controla o futebol no planeta, está inserido o guardião das Regras de Futebol, que é o árbitro. O que significa que os homens de preto, pré-selecionados para as competições acima nominadas, já estão recebendo orientações nos Cursos de Alto Nível, ministrados pela Fifa, de como proceder para que as partidas se transformem num espetáculo de entretenimento.

Durante a semana que passou, mantive contato com influente interlocutor que é membro da direção da Fifa em Zurique, e a resposta aos meus questionamentos sobre a matéria em tela, foram letais:

A Fifa vai exigir, a partir da Copa das Confederações, em junho de 2013, e na Copa do Mundo de 2014, tomadas de decisões da arbitragem como nunca se viu nos anais da entidade. O árbitro que permitir constantes paralisações e agir com benevolência na aplicação das leis que regem o futebol no retângulo verde, será sumariamente desligado, receberá a passagem de volta e a carona para o aeroporto.

Um grupo de técnicos da Fifa está infiltrado em diferentes países e em várias competições, observando e relatando o comportamento dos homens do apito pré-selecionados para as disputas acima mencionadas. Os técnicos estão de olho para ver se os árbitros estão obedecendo uma tabela mais ou menos assim: substituição – 35 segundos cada; retirada de jogadores lesionados do campo acompanhado do médico –  28 segundos cada; tiro de meta – 20 segundos cada; tiro livre direto – 28 segundos cada; tiro livre indireto – 19 segundos cada; arremesso lateral – 14 segundos cada; tiro de canto – 18 segundos cada e comemorações de gols – 15 segundos cada.
Dilvulgação - Massimo Busacca, chefe de arbitragem da Fifa em recente seminário da entidade.

 Tenho notado no futebol brasileiro, que um contingente expressivo de árbitros, terminam algumas partidas sem nenhum minuto de acréscimo. O que denota que em assim procedendo, o árbitro que não adicionar (quando for o caso) o tempo perdido, torna-se conivente no furto que é feito ao público presente e, por consequência, à TV.

Atualmente, um dos maiores problemas enfrentados pela arbitragem é a presença do médico e do massagista  dentro do campo de jogo e a teimosia em algumas situações desses profissionais, de querer atender o atleta no campo, o que é proibido.

Se a lesão é grave, diz a Fifa, o árbitro interromperá o jogo e ato contínuo autorizará a entrada do médico, que constatará a gravidade da lesão e acompanhará o atleta lesionado na maca para fora do campo de jogo.

A Fifa diz que as exceções para que um atleta receba atendimento dentro do campo de jogo são: contusão do goleiro, quando o guapo e adversário se chocam e necessitam uma atenção imediata, ou quando acontece uma contusão gravíssima, por exemplo, um jogador engole a língua, concussão cerebral ou fratura. Na verdade, o árbitro, nas exceções, deve ter bom senso.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Raio-X da arbitragem


                                                                                       Foto: Allan Costa

Premido por todos os lados com críticas contundentes, e contemplando a autoestima e a credibilidade do rebanho que maneja há sete anos ininterruptos atingir o fundo do poço, Afonso Vitor de Oliveira, lançou  no sorteio para o clássico Coritiba x Paraná Clube, o desconhecido Rafael Traci (foto). Digo desconhecido, porque o árbitro em tela não é frequentador assíduo dos sorteios e a maioria da mídia esportiva da capital, quando foi anunciado o seu nome para dirigir o indigitado jogo, afirmou tratar-se de um novato. Nunca é demais lembrar, que a autoestima e a credibilidade qualitativa dos homens que apitam o campeonato paranaense, foram atiradas no limbo pelas péssimas arbitragens do grupo que ostenta o escudo da CBF, e Rafael foi incorporado a esse grupo há poucos dias. Portanto, seria injusto debitar nos seus ombros, a débâcle técnica que assola os membros do apito da Casa Gêneris Calvo.   
Pois bem, Traci, em que pese ter apitado o primeiro clássico da sua carreira e o descrédito total que vivencia toda a arbitragem paranaense neste momento, e a chuva torrencial que caiu em Curitiba antes e durante o Paratiba, teve uma atuação perfeita em todos os quesitos exigidos pela Fifa, que são: o técnico, que versa sobre a interpretação e aplicação das Regras de Futebol.
O tático, que determina ao árbitro posicionar-se à esquerda da bola e da jogada, objetivando ter o assistente mais próximo e as jogadas dentro do seu campo visual. Para isso, diz a Fifa, o árbitro utilizará o sistema diagonal. Em assim agindo, o apitador e os assistentes, têm os lances do jogo (impedimento, bola em jogo ou fora de jogo, oportunidades de gol, disputas de bola, agarra-agarra dentro da área penal etc..) de diferentes ângulos com uma visão múltipla e periférica.
Fisicamente, deslocou-se em curta, média e alta velocidade do primeiro ao último minuto, sem demonstrar qualquer deficiência, mas é bom acrescentar que o árbitro teve um aliado excelente nos deslocamentos, que foi a ótima drenagem do gramado do Couto Pereira.  E no quesito psicológico, demonstrou equilíbrio extraordinário nas tomadas de decisões, sobretudo, quando submetido a pressões de diferentes dimensões pelos atletas no campo de jogo.
A arbitragem de Rafael Traci, foi a segunda neste campeonato, a outra foi de Leonardo Zigari Zanon, no  clássico do primeiro turno, Atlético/PR 0 x 1 Paraná Clube, que teve equilíbrio, inteligência, frieza, às vezes educada e polida, dependendo das circunstâncias, porém, quando necessário, foi dura e enérgica na condução da partida. Nota da arbitragem,10.
PS: Momentaneamente, a autoestima e a credibilidade da confraria dos homens de preto da FPF foi recuperada. Resta saber, como agirá nas próximas rodadas a Comissão de Árbitros da entidade, em relação a Adriano Milczvski, Edivaldo Elias da Silva e outros, que colaboraram de forma significativa com erros de interpretação e aplicação das Regras de Futebol, para a perda da autoestima e da credibilidade do quadro da arbitragem paranaense. Excluo desta relação, Antonio Denival de Morais, um sujeito sério e um exemplo de Policial Militar.   

quinta-feira, 21 de março de 2013

Árbitros: Força física é essencial

A Fifa determina que uma partida de futebol não pode ser realizada sem a presença de um árbitro e de dois árbitros assistentes. Durante décadas a figura do árbitro foi relegada a um segundo plano, mas, com o passar dos anos, descobriu-se que o árbitro pode decidir um preĺio num trilar ou não do apito e o assistente no levantar ou não da bandeira. E, por extensão, alijar de uma competição de alto nível, através dessas ações, uma equipe que investiu milhões de dólares, na aquisição e preparação de uma esquadra.
A importância das tomadas de decisões do árbitro e seus assistentes no campo de jogo, atingiram tamanha proporção, que recentemente o professor Werner Helsen, PhD da Universidade de Louvre (Bélgica), preparador físico dos árbitros da Uefa e da Fifa e membro do Painel de Observadores da União Européia de Futebol, desenvolveu um estudo e a posteriori apresentou os resultados desse estudo, que versa sobre os movimentos do árbitro numa partida de futebol.
 Foto: Apito do Bicudo
O estudo teve como paradigma alguns jogos internacionais, onde em média o homem de preto realizou 1.412 mudanças de atividade durante a partida, o que significa uma mudança de ação a cada quatro segundos. Além do exposto, a distância percorrida pelos árbitros oscilou em 10km e 13km por jogo, sendo que durante os jogos os árbitros se locomoveram de costas aproximadamente 1km.
O avanço da preparação física dos atletas de futebol em todo o planeta acendeu a luz amarela para os árbitros, e foi esse avanço que fez com que a Fifa alterasse de forma científica os testes físicos da arbitragem em âmbito mundial desde fevereiro de 2007.
No estudo, o professor Helsen elencou vários exemplos, entre eles, a final da Copa das Confederações de 2006, dirigida pelo ex-árbitro Lubos Michel (Eslováquia), que naquela decisão realizou 125 piques de alta intensidade com ótima colocação nos 94 minutos de duração do jogo, em função da ótima preparação à que foi submetido pela Uefa e a federação de seu país.
PS (1): A análise que se faz do brilhante estudo do professor Helsen, talvez pela sua abrangência, represente um fato compulsório de que o árbitro de futebol terá que aceitar, ou resignar-se em relação a “tese”, sob pena de uma decadência imediata. Segundo se pode deduzir, o indigitado mestre considera a preparação física do árbitro, tão relevante quanto o conhecimento sobre as Regras de Futebol, já que ambas devem viver associadas. O que deixando de acontecer tira o árbitro da cena do jogo.
Sabe-se que dificilmente um árbitro, por si, vai se submeter ao preparo físico que lhe é exigido, o que leva a colocar em evidência, outra vez, a necessidade de criar-se um Instituto Universal para Árbitros, cuja identificação está acima das associações, sindicatos e outras entidades hierárquicas que existem. Releva acentuar-se diante do estudo em tela de se profissionalizar em caráter emergencial a atividade do árbitro de futebol, como determinou há dias atrás o presidente Joseph Blatter, sob pena de as arbitragens continuarem apresentando as deficiências que apresentaram sobretudo no último Mundial na África do Sul. Estamos alertando de há muito esse fato, como uma consequência pessoal. O futuro vai nos dar razão!
PS (2): Em se tratando do sofrível desempenho dos árbitros no atual campeonato paranaense, não há nada que possa ser feito, sobretudo, porque desde o início da competição, a cada rodada surge um erro de interpretação e aplicação das Regras de Futebol, maior ou igual ao anterior e tudo fica no mesmo. Há uma epidemia mortal de incompetência, a partir do comando da comissão de arbitragem e, por consequência,nos homens de preto que dirigem as partidas.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Só a tecnologia não basta



Na semana que passou, falei do conservadorismo da Fifa e do International Board, já que ambas têm se mostrado refratárias a mudanças nas Regras de Futebol, e sobretudo na implementação da tecnologia como forma de ajudar a arbitragem a dirimir lances que fujam do seu campo visual.

Diante disso, fui questionado a responder que outras tecnologias poderiam ser introduzidas como forma de ajudar a arbitragem a equacionar lances polêmicos, e, evitar os inúmeros transtornos a que são submetidos os árbitros quando lances dessa natureza acontecem.

A primeira, poderia ser o tira-teima, que consiste numa foto instantânea no momento da chegada de dois ou mais atletas, como aconteceu no Mundial de Osaka, no Japão, quando três atletas cruzaram a linha de chegada ao mesmo tempo, e os árbitros da prova tiveram que mudar duas vezes o nome da vencedora. Na ocasião, a jamaicana Verônica Campbell cruzou a linha de chegada três milésimos de segundos antes da americana Lauryn Willians e a decisão definitiva ocorreu após a análise de uma foto de instante final.

A segunda tecnologia vem do tênis, que desde 2006 utiliza um conjunto de câmeras ligadas a computadores que mostra o local exato onde abola quicou, tirando qualquer dúvida.

Outro exemplo, pode vir do automobilismo, onde sensores do diâmetro de um maço de cigarros emitem sinais que são captados por antenas instaladas no piso ao longo da pista, e determinam quem será o pole-position de um Grande Prêmio, como na Turquia, quando Felipe Massa fez uma volta mais rápida que o inglês Lewis Hamilton em 44 segundos.

Entendo que a tecnologia se usada de maneira ordenada, é de fundamental importância à arbitragem, mas não é a solução para equacionar os equívocos nas tomadas de decisões dos homens de preto, no campo de jogo.

Além da tecnologia, há mecanismos que poderiam ser de grande valia para melhorar as decisões do árbitro assim que a bola rola, como a profissionalização que caminha a passos lentos no Congresso Nacional, e, dificilmente terá um desdobramento que atenda os anseios da comunidade do apito.

Enquanto o acima escrito não acontece, resta aguardar que a Escola Brasileira de Árbitros de Futebol, agora sob a regência de Sérgio Corrêa da Silva, dê ênfase no aprimoramento da confraria dos homens da latinha, com instrutores de arbitragem de primeira linha e promova em caráter emergencial uma atualização dos árbitros que irão laborar nas competições da CBF nesta temporada.

PS: Em que pese o estado lastimável do gramado e a ausência de um projeto de requalificação do quadro de árbitros da Federação Parananense de Futebol, o desempenho do árbitro Fabio Filipus, no prélio Paraná Clube 2 x 2 Atlético/PR, foi ótimo.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Escolhido por exclusão


Evandro Rogério Romam, optou pela política a frente da secretaria Especial de Esportes do governo do Paraná. Heber Roberto Lopes, incompreendido e sem apoio da Comissão de Arbitragem da Federação Paranaense de Futebol (FPF), puxou o carro e foi apitar em Santa Catarina. Lá obteve novamente o reconhecimento de extraordinário árbitro que sempre foi, e, também recuperou sua vaga no processo pré-seletivo para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Tanto é verdade que, desde que anunciou sua saída da Federação Paranaense de Futebol, o indigitado árbitro é constantemente escalado pela Comissão de Arbitragem da Conmebol. No próximo dia 4 de abril, Heber participa de mais um Curso de Alto Nível da Fifa, em Assunção.
Curso que terá a presença da elite da arbitragem mundial, como Massimo Bussaca, o preparador técnico dos homens de preto da Fifa, do PhD do apito, Carlos Alarcón, o mais longevo membro do Comitê de Arbitragem da entidade que controla o futebol no planeta e presidente da Comissão de Arbitragem da Conmebol. Já Roberto Braatz, o melhor assistente brasileiro ao lado de Altemir Hausmann, parou por ter atingindo a idade limite de 45 anos imposta pela Fifa.
Sem Romam, Heber e Braatz, e sem um projeto de renovação no quadro de árbitros da FPF nos últimos anos, a Comissão de Arbitragem da Casa Gêneris Calvo, no ano em curso vem fazendo das tripas o coração, para equacionar a epidemia mortal de incompetência, que atinge o setor de arbitragem do Paraná e acredito deve estar contando os dias que faltam para terminar o atual campeonato paranaense.
Como Afonso Vitor de Oliveira não conseguiu revelar um único árbitro desde que assumiu o comando da confraria do apito paranaense, e não conseguiu indicar um único árbitro para o processo pré-seletivo de Asp/Fifa da CBF, em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013, não me surpreendi com a indicação de Fabio Filippus, para dirigir o clássico do domingo na Vila Capanema, entre Paraná Clube x Atlético/PR.
Sobretudo, após os lamentáveis episódios ocorridos na partida Londrina 0 x 1 Coritiba, na decisão do primeiro turno do atual campeonato, quando a arbitragem foi o centro das atenções e os erros crassos de interpretação e aplicação das Regras de Futebol, foram o foco da mídia esportiva paranaense e, por conseguinte, da nacional.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Nenhum árbitro é infalível

 Foto: Divulgação
A sequencia de erros grotescos protagonizados pela arbitragem nas competições da CBF, no atual campeonato paranaense, nos campeonatos estaduais que se desenvolvem pelo Brasil, e, em amplitude planetária, tem afetado sobremaneira a credibilidade do árbitro de futebol, e, colocado sob suspeita, a sua capacidade de interpretação e aplicação das Regras de Futebol.

O tema tem provocado inúmeras discussões e que mecanismos podem ser adotados no sentido de minimizar a escalada absurda de equívocos e, por extensão, diminuir a avalanche de prejuízos perpetrados a cada competição pela confraria do apito.

Muita gente tem opinado sobre as deficiências de árbitros e assistentes, mas a maioria, com raríssimas exceções, sobretudo a imprensa esportiva, é desprovida de conhecimento das regras, e, há até quem proponha soluções mirabolantes, para equacionar os problemas e as precárias qualidades dos juízes de futebol. Só que as mesmas pessoas que emitem juízo de valor a respeito da questão, não imaginam que as soluções não são tão fáceis assim, como elas pensam.

Qualquer experimento ou alteração nas Regras de Futebol, é imperativo a aprovação do International Board. Fundada em 1882, é a única entidade no planeta com poderes de autorizar experiências ou mudanças nas leis do jogo. Entidade que reúne-se uma vez por ano e é conhecida pelo seu conservadorismo. Conservadorismo, que até 1966 não permitia a substituição de atletas, mesmo em casos de contusão. Conservadorismo que provocou um dos maiores vexames numa partida de futebol no mesmo ano, na Copa do Mundo da Inglaterra, quando o árbitro alemão Rudolf Kleitlein, expulsou o meia Rattin, no prélio Argentina x Inglaterra. Naquela ocasião, o atleta platino se recusou a sair de campo, alegando questões de idioma, já que o árbitro o havia expulsado por conduta violenta.

Conservadorismo que foi rompido pela mente prodigiosa de Kenneth George Aston, professor, soldado, árbitro inglês, que mais tarde veio a se tornar presidente do Comitê de Árbitros da Fifa. Aston, que havia presenciado a lambança nominada, no itinerário de volta para sua casa no seu automóvel, ouvindo os comentários a respeito do fato, começou a elucubrar no que viu e numa idéia que solucionasse futuros imbróglios.

E sua sugestão levada ao Board e a Fifa, foi a implementação de um sistema universal que superasse as diferenças de idioma, com a feliz idéia de criar o cartão amarelo para advertência e o vermelho para expulsão, baseados nas cores do semáforo. Li e vi recente um documentário, que se Kenneth Aston o autor da proposta, não tivesse a mente magnifica que tinha e não fosse inglês, dificilmente a proposição teria sido aceita pelas entidades acima nominadas.

Quatro anos mais tarde, na Copa de 1970 no México, na abertura do Mundial entre URSS x México, aparecia pela primeira vez o cartão amarelo, pelas mãos do árbitro Kurt Tscherncher, e, posteriormente,  em outros jogos o cartão vermelho. Estava vencido o impasse do idioma e de desentendimentos, porém ficava, ainda com está até hoje, o problema do critério de aplicação dos cartões.

O Board em conjunto com a Fifa de maneira tímida, vem autorizando experimentos, inclusive admitindo a utilização da tecnologia como forma de auxílio aos árbitros, caso específico da bola com chip para saber se a pelota ultrapassou ou não a linha do gol. Tecnologia já confirmada para a Copa das Confederações em 2013, e no Mundial de 2014, no Brasil.

Porém, o futebol evoluiu estratosfericamente dentro do campo em diferentes sentidos, com os atletas atingindo uma performance extraordinária, enquanto a arbitragem parou no tempo. Pesquisa divulgada nesta semana em Cambrigde (Inglaterra), afirma que o cérebro humano demora 40 milésimos de segundos para interpretar e registrar cada nova imagem captada pelo olho. Diante do exposto, os cientistas afirmam que a presença da tecnologia no futebol como ferramenta para auxiliar a arbitragem a dirimir lances que fujam do seu campo visual, é imperativa.  

Foto: Uefa.com 

terça-feira, 12 de março de 2013

Árbitros brasileiros sofrem em teste e correm para não ficar fora da Copa

Luis Augusto Símon
Do UOL, em São Paulo

  • Ricardo Nogueira/Folhapress
    Árbitro Sandro Meira Ricci tem a chance de representar o Brasil na Copa-2014 Árbitro Sandro Meira Ricci tem a chance de representar o Brasil na Copa-2014

O Brasil, por ser país-sede, está garantido na Copa-14 sem necessidade alguma de participar de eliminatórias. Quando o assunto é arbitragem, porém, não há nenhuma certeza de que haverá um trio brasileiro entre os 32 que apitarão o Mundial.
O primeiro derrotado pelos testes físicos da Fifa foi o paulista Wilson Luiz Seneme, de 42 anos. O segundo foi o gaúcho Leandro Pedro Vuaden. A esperança e a responsabilidade estão com o mineiro Sandro Meira Ricci, da federação pernambucana, que será avaliado em abril, em Assunção, no Paraguai.
Ricci pega pesado na preparação para estar em forma na hora do teste. A participação do Brasil no quadro da arbitragem no Mundial em casa depende dele. Os próprios assistentes, que já passaram nos testes, dependem dele. Só um trio o país pode ter na Copa.
E a parte física é o que mais dificulta aos árbitros brasileiros. Mesmo entre os mais celebrados. Seneme é muito respeitado entre seus colegas.  Guilherme Ceretta de Lima, também árbitro paulista, conta que há um neologismo criado para definir o seu estilo. "Ele está sempre em cima do lance e sabe se impor aos jogadores. Quando um árbitro faz tudo certo, a gente diz que ele senemeou naquele jogo, é como se o cara tivesse gabaritado em um vestibular".
O reconhecimento é o que sobrou para Seneme, que não passou nos testes para 2014 e não terá outra oportunidade de apitar um Mundial, pois a Fifa limita a 45 anos a idade de seus árbitros. "Não tenho nada que reclamar. Sempre soube como seriam os testes e sempre soube que, se não passasse, ficaria de fora. Não houve supresas", diz, antes de lamentar a falta de profissionalização da arbitragem brasileira.
"Sou funcionário público estadual aqui em São Carlos, cuido da organização de Jogos Abertos e Jogos Regionais. Não é possível me dedicar apenas à arbitragem, não fiz uma preparação física ideal. Teria de ter começado aos 30 anos para passar agora, com 42. Pelo menos, fui reprovado na pista e não no campo", diz.
O teste não é fácil. Os árbitros precisam dar 20 tiros de 150 metros em 30 segundos cada um. Após um tiro, eles caminham mais 50 metros para o local da nova largada. Também tem 30 segundos para caminhar esses 50 metros. Então, se fazem um tiro de 150 metros em 25 segundos, passam a ter cinco segundos a mais de descanso. Independentemente de conhecimentos técnicos, Usain Bolt seria aprovado com louvor.

Veja como era e como ficou o teste físico para árbitros para Copa

  • Arte UOL
Seneme, não. No primeiro teste, realizado em setembro de 2011 em Zurique, na Suíça, ele deu apenas um tiro. "Estava sofrendo de fascite plantar, dores na sola do pé e fui reprovado. Em janeiro de 2012, em Assunção, consegui dar 12 tiros e parei. O teste é muito duro. É mais difícil do que para se manter no quadro da Fifa, que tem um descanso de 35 segundos, que ajuda muito", diz o árbitro.
Vuaden, que era o "reserva" de Seneme, também foi reprovado. Já os bandeirinhas Emerson Augusto de Carvalho e Alessandro Rocha foram aprovados. "Para mim, foi fácil. Fiz mais do que era necessário", diz Emerson Augusto de Carvalho. Ele se refere a 40 tiros de 75 metros, em 15 segundos cada um, no máximo. O descanso entre um tiro e outro é de 20 segundos.
Nem sempre os testes foram tão duros. Até 2002, os árbitros selecionados precisavam dar dois tiros de 150 metros, com 35 segundos de descanso e, em seguida, submeter-se ao teste de Cooper, correndo no mínimo 2.700 metros em 12 minutos. Em 2004, Angel Maria Villar, presidente da federação espanhola de futebol, assumiu a arbitragem da Fifa e pediu ao belga Werner Helsen que mudasse os testes. E, para as Copas de 2006 e 2010, os árbitros selecionados tiveram de dar 24 tiros de 150 metros, com um descanso de 35 segundos para caminhar os 50 metros.
Agora, em 2014, a quantidade dos tiros e de descanso diminuíram. Ao contrário do que possa parecer, ficou mais difícil. "São menos tiros, mas o descanso é bem menor. Esses cinco segundos a menos são terríveis", afirma Seneme.
A escolha dos árbitros brasileiros para a Copa não passa pela CBF. "A Fifa decide tudo, ela nem nos consulta", diz Aristeu Tavares, ex-presidente da comissão de arbitragem, que deixou o cargo no final de fevereiro de 2013, e, que, como assistente, participou da Copa de 2006.

EX-ÁRBITRO CARLOS EUGÊNIO SIMON PASSARIA 'COM O PÉ NAS COSTAS'

  • O gaúcho Carlos Eugênio Simon foi o escolhido pela FIFA para representar a arbitragem brasileira nas últimas três Copas. E considera inadmissível uma reprovação. "Olha, eu tenho 47 anos e passo nesses testes da FIFA. Sempre passei. Se a idade permitisse eu continuava apitando e disputaria com os outros para disputar outra Copa".
    Para ele, a força de vontade é fundamental. "Eu falei com o Vuaden que teria de fazer os três últimos anos valerem 30 e conseguir a vaga. É uma coisa que vale para sempre. Não adianta dizer que foi bom, que apitou aqui e ali. O que vale é a Copa. Antes de mim, só 12 brasileiros tiveram essa chance. É algo que fica para sempre, mas tem se deixar de lado a cervejinha, o salgadinho, a fritura, não pode ser sedentário, tem de treinar todo dia, tem de amar a carreira. Eu fiz tudo isso e tem idiota que diz que sou político. Isso não adianta, a FIFA é que manda".

    Para Simon, os árbitros sul-americanos são menos determinados. "Outro dia, o Pierluigi Colina (árbitro italiano que apitou a final da Copa de 2002 e a final da Olimpíada de 1996) me disse que a taxa de reprovação na Europa é zero por cento. Só na América é que tem esse choro. O teste é duro? É, mas se você quer entrar na história, tem de trabalhar bastante".
"Não posso dizer que me sinto triste porque dois árbitros nossos já foram eliminados, porque assumi em agosto de 2012 e não posso ser responsabilizado. O que eu sei é que a partir de 2013 todo árbitro brasileiro convidado para um curso, um congresso ou um torneio fora do país só comparece se for aprovado em um simulado realizado por aqui".
Aristeu explica que, mesmo que Sandro Meira Ricci ou Heber Roberto Lopes, seu reserva, forem aprovados, não é certeza de participação brasileira. "São aprovados 54 trios, que passam por análises detalhadas em quatro competições (Mundial sub-17, Mundial sub-20, Mundial Interclubes e Copa das Confederações). Só então, são definidos. Há uma tendência de o país-sede ser contemplado, mas não há uma certeza".
Paulo Camello é designado pela CBF para acompanhar o trabalho dos árbitros. "Os árbitros selecionados pela Fifa para fazer os testes recebem um caderno de encargos para se prepararem. Há uma série de exercícios que devem fazer antes dos testes e também de competições. Não deu certo para o Seneme e para o Vuaden e eu sofri muito com eles. Fizemos de tudo, mas como não há profissionalização no Brasil, os árbitros precisam se virar, precisam buscar um tempo extra para treinar. Fica na mão deles. O Sandro Meira Ricci está seguindo tudo o que a Fifa pede e ainda contratou um profissional particular muito bom. Ele vai passar", afirmou.
Enquanto se prepara para o teste, Sandro Meira Ricci é proibido de dar entrevistas. Aristeu permitiu - antes de sair do cargo - apenas que Roberto Patu, seu preparador físico, falasse com a reportagem. "O Sandro vai passar fácil. Ele não começou seu trabalho agora, temos uma parceria que começou há três anos, quando tinha algumas lesões. Hoje, além de árbitro, ele é um atleta", afirmou Patu.

A preparação física de Sandro Meira Ricci


  • Folhapress Sandro tem 38 anos e se submete a uma dura rotina de testes. "Ele trabalha seis vezes por semana, sendo que nós consideramos um dia de jogo como dia de trabalho. O trabalho diário é feito pela manhã ou no final da tarde e visa conseguir resistência aeróbia, anaeróbia lática, anaeróbica analática, potência e agilidade", explicou  o preparador físico Roberto Patu.
    Na prática, são corridas. Cíclicas e acíclicas. "Nós alternamos tiros de 10, 30 e 50 metros com tiros rápidos de um minuto ou dois minutos. Em outros dias, ele faz uma corrida longa de 30 ou 40 minutos. Também há exercícios de salto e para aumentar a força".

    Só isso? Não, tem mais. Ricci vai à academia três vezes por semana para exercícios de musculação. Tem acompanhamento de uma nutricionista e se submete à dieta de 2500 calorias diárias. "Está tudo sobre controle. Nos últimos três anos,ele nunca teve taxa de gordura acima de 10% e a Fifa permite 12%. Ele vai arrebentar nos testes de abril", afirma Patu. Se conseguir, será o 14º Arbitro brasileiro a participar de um mundial.
  • Fonte: UOL ESPORTES

segunda-feira, 11 de março de 2013

Notícias do apito

Missão cumprida (1)
Augusto Mafuz e Carneiro Neto, os expoentes do jornalismo esportivo paranaense, o Paraná Online, a Tribuna do Paraná, a Gazeta do Povo, a turma da 98FM, Cristhian Toledo, Marcelo Ortiz, Leonardo Mendes Júnior e a maior revelação do rádio esportivo do Paraná na atualidade, o brilhante comentarista, Guilherme de Paula e este colunista, cumprimos com a nossa missão, delatando o estado de pobreza qualitativa, que grassa no quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF).

Missão cumprida (2)

Pauperidade, que decidiu no apito o campeão do primeiro turno do campeonato paranaense. A partir de hoje, nenhum dirigente de clube que disputa o campeonato estadual, poderá alegar desconhecimento dos lamentáveis equívocos dos homens de preto da FPF no turno que passou e, por extensão, reivindicar melhores arbitragens, porque todos se calaram, sobretudo, os que foram vítima dos erros de arbitragem.

A Fifa está com a razão (1)

Há inúmeros questionamentos no mundo esportivo, principalmente na confraria do apito, sobre a redução do limite da idade imposto pela Fifa ao árbitro de  futebol. Percebendo a perda de capacidade visual do homem do apito e substanciada por estudos científicos, a entidade internacional iniciou um processo de redução na década de 90, para 48 anos. Posteriormente para 47, e mais recentemente, 45 anos. Embora a Fifa não fale abertamente, cogita-se para 2018 na Rússia, a idade de 42, e em 2022 no Qatar, 40 anos.  

A Fifa está com a razão (2)

Por ter dado ênfase em colunas pretéritas sobre o tema, tenho recebido em média de doze a vinte e-mails semanais, e muitos me questionam os motivos de a Fifa ter reduzido drasticamente a idade do árbitro de futebol de 50 anos para 45. Alegam os internautas,  que o homem do apito atinge a maturidade aos 45 anos e é um desperdício interromper sua trajetória.   

A Fifa está com razão (3)  

Diante da celeuma criada, fui buscar informações com quem conhece do assunto. E a resposta que recebi foi: A partir dos 40 anos, o cristalino (a lente interna do olho) perde a flexibilidade necessária para ajuste do foco. Com o aumento da idade, a incidência cresce e afeta praticamente 98.8% da população do planeta. A oftalmologia tipifica esse processo de presbiopia ou vista cansada, que significa a perda natural e progressiva da capacidade do olho humano em focalizar objetos de perto ou de longe. Além do exposto, vem aí nos próximos meses um estudo que está sendo desenvolvido pela União Européia, que versa sobre a capacidade do cérebro do ser humano em processar tomadas de decisões, o que deve substanciar ainda mais a decisão da Fifa, no quesito redução de idade ao árbitro.

Precursores do tema

É bom lembrar, que os primeiros estudos científicos sobre a capacidade e os movimentos do olho humano, no que diz respeito ao árbitro numa  partida de futebol, tem como pioneiros o médico espanhol Francisco Belda e os cientistas, Liqiang Huang da Universidade de Hong Kong, Anne Treisman, da Universidade Princeton, e Harold Pashler, da Universidade da Califórnia. Há mais de uma década, o quarteto em tela estuda o assunto e nas pesquisas realizadas, ficou constatado que todos os seres humanos são possuidores de uma fraqueza e tem dificuldades para captar movimentos de dois ou mais objetos ao mesmo tempo. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Futebol paranaense, um desfortúnio

 Foto: Jornal de Londrina

Quem foi a sede da Federação Paranaense de Futebol (FPF) ou assistiu pela Ó TV, as explicações  sem nexo  do diretor da comissão de árbitros da entidade, Afonso Vitor de Oliveira, sobre "os equívocos primários" de interpretação e aplicação da Regra XIV - Tiro Penal, perpetrados pelo árbitro Felipe Gomes da Silva, na partida decisiva do primeiro turno, entre Londrina x Coritiba, no domingo que passou, compreendeu porque o futebol do Estado do Paraná está mergulhado no lodo da mediocridade há sete anos ininterruptos.

Com declarações irônicas, agressivas em alguns momentos aos profissionais da imprensa que lá estavam e o público que o via pela TV, configurado  como e fosse "professor de Deus", Afonso Vitor, personificou com rara precisão durante quarenta minutos, a falta de educação e  o porquê da epidemia mortal de incapacidade que tomou da conta da comissão de arbitragem que dirige e, por extensão, do quadro de árbitros da FPF.

Ao afirmar que o árbitro agiu corretamente ao não assinalar pênalti do meia Robinho do Coritiba, que cortou a trajetória da bola dentro da área penal, aos dez minutos da primeira fase na partida acima nominada, Afonso Vitor, tenta desesperadamente "escamotear" a verdade do fracasso retumbante da sua administração a frente do setor do apito.  Ao afrontar a regra, é digno de censura por parte da Fifa e do International Board, responsáveis pela confecção e  manutenção das mesmas. Foi um acinte raríssimas vezes presenciado na sede da FPF.  
Punir o árbitro em tela por deslizes disciplinares, e por não ter assinalado penal em Arthur do coxa aos quarenta e sete da etapa final (pênalti que aconteceu) - foi uma forma não só de desviar a atenção para o retumbante insucesso do seu modelo de gestão, mas, também para que Afonso Vitor de Oliveira, possa circular livremente pela cidade de Londrina, onde reside, e adjacências sem ser “molestado” por ninguém. 

PS: Ad argumentandum tantum: Quem conviveu com Braulio Zanotto, Cel. Bruno Ribas, Jaime Nuldemann, Tito Rodrigues e Rubens Maranho (in memoriam), no comando do departamento de árbitros, só resta uma expressão: Dá pena, dá dó, do setor mais importante da Federação Paranaense de Futebol. Para se concluir que Afonso Vitor de Oliveira na atualidade do nosso futebol, é um dos equívocos no seu todo administrativo. Que saudades dos tempos áureos em que José Milani, Mota Ribeiro e Haroldo Alberge, comandavam a Casa Gêneris Calvo.  

quinta-feira, 7 de março de 2013

Perguntar não ofende

 Foto: Apito do Bicudo
Afonso Vitor e Nelson Lehmkhul
No final da tarde de ontem, a Federação Paranaense de Futebol (FPF), anunciou que o  diretor da Comissão de Árbitros da entidade, Afonso Vitor de Oliveira, vai conceder entrevista a imprensa esportiva nesta tarde (7), às 14h, sobre os últimos acontecimentos (erros crassos de árbitros e assistentes), que envolveram a confraria do apito da Casa Gêneris Calvo, sobretudo os do último domingo, no prélio Londrina 0 x 1 Coritiba.

Pois bem, quero elencar aqui neste espaço aos brilhantes profissionais da mídia esportiva que comparecerão a nominada entrevista, se assim desejarem, algumas perguntas para serem feitas a Afonso Vitor. No horário estipulado pela FPF, estarei laborando na minha atividade policial, o que me impede de comparecer a indigitada entrevista.

1)    Por que há oito anos ininterruptos a frente da Comissão de Arbitragem da FPF, Afonso Vitor não conseguiu implementar um projeto de renovação no quadro de árbitros da entidade?

2)    Por que não foi elaborado um projeto gradativo de formação de árbitros promissores, através da Escola de Formação de Arbitragem, já que a  FPF formou nos últimos tempos (174 novos apitos), visando as substituições de Evandro Romam, Heber Roberto Lopes e Roberto Braaatz na Fifa?  Explico:  Em 2012, o Paraná perdeu as três vagas numa única tacada, e, não há ninguém a curto e médio prazo que preencha os requisitos exigidos pela CBF.

3)    Quais os motivos que impedem há cinco anos consecutivos, o futebol paranaense de indicar árbitros para o processo pré-seletivo de Asp/Fifa na CBF?  Informo: Em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013, a CA/CBF realizou testes e a Federação Paranaense de Futebol não apresentou candidatos porque não preenchia os requisitos básicos, exigidos pela Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol.  

4)    Por que foi escalado para um jogo de tamanha relevância  (Londrina x Coritiba), o árbitro Felipe Gomes da Silva, que desconhece a nossa realidade e não tem a mínima identificação com o futebol do Paraná? Explico: Afonso é morador há mais de três décadas na cidade de Londrina, e como poucos tinha conhecimento das nuances que poderiam acontecer na citada partida.

5)    Sabedor da ausência de qualidade que tem o quadro de árbitros da FPF, o que fez Afonso Vitor de Oliveira se calar e não se posicionar abertamente, para impedir que o melhor árbitro do futebol do Paraná, Heber Roberto Lopes, que está inserido no processo seletivo da Fifa para a Copa do Mundo de 2014,  fosse apitar em Santa Catarina?  Como explicar esta perda?

6)     Por que foi abolida a educação física do meio dos árbitros da FPF, já que é sabido que nem um professor de educação física eles têem?

7)    É comum a mídia nacional noticiar a cada temporada, que as federações, sindicatos e associações de árbitros de Alagoas, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte etc.... realizaram painéis, seminários ou congressos de arbitragem, visando o aprimoramento dos seus apitos. Por que a FPF e a associação dos árbitros, entidade que Afonso presidiu no período de 2005 a 2010 e a CA/FPF, que ele dirige desde o final de 2004, nunca realizaram nenhum dos eventos aqui mencionados?

8)    Qual é o futuro da arbitragem paranaense sob a regência de Afonso?