segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Notícias do apito

Um nome deve ser destacado na arbitragem nacional: Marcelo Henrique é o árbitro do Brasileirão
Um ano cruel para a arbitragem (1)
Quem se ater a fazer uma análise sobre o desempenho da arbitragem na temporada de 2012 no futebol brasileiro desde janeiro, incluindo os campeonatos estaduais, Copa do Brasil e o Brasileirão, fatalmente vai se defrontar com um gama de erros primários nas tomadas de decisões em todas as competições nominadas pelos homens de preto.
Um ano cruel para a arbitragem (2)
Sem pretender encarnar-se num crítico que vá além do direito de exercer esta forma de trabalhar junto à opinião pública, estamos reafirmando que o exercício-calendário 2012 do futebol brasileiro foi “cruel” no campo do apito.
Um ano cruel para a arbitragem (3)
Apesar de tudo, não se pode dizer que o nível das arbitragens no Brasil no seu todo foi horrível, pois em casos específicos existe uma forma de reconhecimento de quem atua nesta área.
Houve uma exceção
 Foto: Apito do Bicudo
Mas em que pese o ano horrível que vivenciou a arbitragem nacional, no nosso entendimento, um nome deve ser destacado. Trata-se de Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ). Nas partidas em que atuou, o indigitado apito mostrou concentração, controle emocional, pleno domínio das Regras do Jogo, bom condicionamento físico, ótimo posicionamento em campo, firmeza e entusiasmo nas tomadas de decisões, imparcialidade, e, sobretudo, cumpriu o principal mandamento da Fifa, que  é punir o infrator para possibilitar o desenvolvimento natural do jogo. Diante do exposto, Marcelo Henrique é o árbitro do Brasileirão/2012.
Será que a tecnologia na linha do gol irá melhorar o futebol? (1)
A resposta só poderá ser obtida na sua plenitude a partir do Mundial de Clubes no Japão, em dezembro, quando serão testados os dois sistemas vencedores, o Hawk-Eye e o GoalRef. Ambos desenvolveram a bola inteligente (com chip).
Será que a tecnologia na linha do gol irá melhorar o futebol? (2)
Mas enquanto a bola não rola no País Asiático, um painel de especialistas discute e analisa nesta semana os prós e os contra da medida autorizada pelo International Board, na Soccerex, que será realizada no Forte de Copacabana, Rio de Janeiro. 
Será que a tecnologia na linha do gol irá melhorar o futebol (3)
Nunca é demais lembrar que a decisão que permitiu a implementação da tecnologia (chip na bola) para auxiliar a arbitragem a dirimir lances que fujam do seu campo visual surgiu após um incidente no jogo entre Inglaterra e Alemanha, na Copa da África do Sul. Naquela partida, aos 42 minutos do primeiro tempo, o meia inglês Lampard, desferiu portentoso chute que atingiu a velocidade de 136 km/hora, contra a meta do arqueiro germânico Neuer. A bola, além da velocidade nominada, ultrapassou a linha de meta em 36 centímetros, o que não foi observado pela assistente Maurício Spinoza e seu compatriota Jorge Larrionda, ambos uruguaios.
Será que a tecnologia na linha do gol irá melhorar o futebol? (4)
Participam do painel sobre a utilização da tecnologia no futebol, e os impactos que ela vai proporcionar, o chefe de gabinete da secretaria geral da Fifa, Christoph Schmidt, o ex-goleiro do Barcelona, Vitor Baía, Alex Horne, secretário Geral da The FA (Federação Inglesa), Rinaldo Martorelli, membro do Conselho FIPPro, Thomas Pellkoffer, representante de gerenciamento operacional da GoalRef e Paul Hawkins, criador do sistema Hawk-Eye.
Regras simples
É bom lembrar que o futebol é regido por dezessete regras simples e, por isso, é praticado em todos os lugares do planeta, sem necessidade de grande infraestrutura mínima. Aliás, os defensores da sofisticação das regras, com a introdução da eletrônica, objetivando equacionar lances polêmicos, esquecem que é a sua simplicidade que permite a prática do futebol, com as mesmas regras, em qualquer local, mesmo que de escassos recursos materiais. Além disso, após o episódio da África do Sul, Joseph Blatter, o mandachuva da Fifa disse: “O futebol é jogado por humanos, deve ser apitado por humanos  e, em consequência , estará sujeito aos erros humanos”.
Excesso de paparico (1)
O recente congresso da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), realizado na cidade de São Paulo, deixou a desejar. O evento teve excesso de homenagens, muito paparico e pouca ou nenhuma praticidade em benefício dos homens de preto. No que tange ao Projeto de Lei 6405/2002 e apensos, que versam sobre a profissionalização da arbitragem no Brasil, não houve nenhum avanço. Pelo contrário, o imbróglio foi “empurrado” para o ano que vem e pelo andar da carruagem, dificilmente terá uma solução que contemple os verdadeiros objetivos da confraria do apito brasileiro.
Excesso de paparico (2)
Acredito que os homens da Anaf, desperdiçaram uma oportunidade inédita de enfatizar a importância da criação da Federação Brasileira de Árbitros de Futebol e a partir daí, com uma entidade de alta representatividade, dar prosseguimento ao projeto que regulamenta a profissão do árbitro de futebol. Resta saber, porque tão relevante questão para a arbitragem brasileira, quando arguida, foi contestada, fracionada e logo a seguir encerrada a discussão de forma abrupta.
PS: Se a Anaf deseja que as promessas e os discursos dos seus dirigentes não caiam na vala comum, é imperativo que ocorra uma mudança nas ações, no comportamento, nas ideias e na praticidade, sobretudo do seu “timoneiro” Marco Antonio Martins. É antiético ser assessor de arbitragem, onde se exerce a função de elencar os erros (dedo-duro) do quarteto de arbitragem à CA/CBF e, posteriormente, usar o site da Anaf para defendê-los. Não se pode servir a dois senhores.

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