quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Inovações tecnológicas do futebol ganham destaque na Soccerex

Soccerex abre espaço para empresas focadas em tecnologia no futebol. Foto: Giuliander Carpes/Terra                                                                                                                                                                 Soccerex abre espaço para empresas focadas em tecnologia no futebol
Foto: Giuliander Carpes/Terra
Giuliander Carpes
Direto do Rio de Janeiro
A Fifa aos poucos passa a deixar de lado suas reticências em permitir um papel maior da tecnologia no futebol. O reflexo já pode ser percebido na Soccerex, maior feira de negócios de futebol do mundo, que termina nesta quarta-feira no Rio de Janeiro. Diversas empresas apresentam novidades que vão desde as inovações para ajudar a arbitragem até sistemas de gestão das novas arenas que estão surgindo no Brasil, devido aos investimentos para a Copa do Mundo de 2014.


A inovação mais esperada é, sem dúvidas, a que identifica se a bola cruzou a linha do gol por inteiro. Trata-se de um dos temas mais controversos do futebol. Embora não ocorra com tanta frequência, já causou polêmica até em final de Copa do Mundo - em 1966, no gol decisivo de Hurst para a anfitriã Inglaterra diante da Alemanha, a bola não teria cruzado a linha.
Na Soccerex estão as duas empresas que testarão suas tecnologias pela primeira vez numa competição oficial durante o Mundial de Clubes, a partir da próxima semana, no Japão. O sistema inglês funciona com sete câmeras posicionadas estrategicamente no fundo e na linha do gol. Elas projetam uma imagem eletrônica assim como o que já ocorre no tênis há 10 anos e o árbitro recebe um aviso sonoro e vibratório no seu relógio de pulso caso a bola ultrapasse a linha do gol.
"Ainda não tivemos nenhuma falha do sistema em meses de testes. Com certeza é uma grande inovação que vai ajudar a Fifa a deixar as decisões do futebol mais confiáveis e, por que não, abrir espaços para novas oportunidades", disse o representante de uma das empresas, Paul Hawkins. O sistema alemão utiliza um chip dentro da bola e sensores acoplados às traves.
O desafio é criar tecnologias que possam ser utilizadas em todos os campeonatos profissionais do mundo, o que o tênis ainda não conseguiu, embora os custos de instalação dos aparelhos já tenha diminuído - inicialmente, cada quadra custava R$ 2 milhões. Hoje, com o aumento da utilização das tecnologias este valor caiu para cerca de R$ 500 mil. O sistema no futebol será mais barato e o preço final vai depender da demanda: quanto mais federações aderirem à tecnologia depois de sua homologação, menor será o valor.
Mas as inovações não param por aí. A Microsoft fechou uma parceria para desenvolver sistemas de gestão de arenas com a OAS, empresa que constrói os novos estádios de Salvador e Natal, que serão utilizados na Copa do Mundo, além da Arena do Grêmio, em Porto Alegre, a primeira a ficar pronta durante a onda de construções que toma conta do país.
A Microsoft vai instalar aceleradores de negócios dentro das arenas para gerir uma novidade nos estádios brasileiros: o multipropósito - para dar lucro e se se tornarem negócios sustentáveis, eles servirão não apenas para o futebol, mas também para shows e eventos, além das lojas, escritórios e restaurantes que estarão ligados a eles.
"As arenas têm capacidade de abrigar verdadeiros business centers. Queremos atender qualquer empresa, mas principalmente as start-ups, que serão fomentadas pelas aceleradoras de negócios, que vão promover a inovação e o empreendedorismo", afirma Carlos Eduardo Paes Barreto, diretor-superintendente da OAS.
Além disso, há novas tecnologias para geração de energia para as arenas, cuidados com a grama dos novos estádios - que seguem especificações exigentes da Fifa -, além de material mais leve e durável para bolas e uniformes.

Fonte: TERRA ESPORTES

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