segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Armando Marques: somos pobres em arbitragem

Em entrevista ao Jornal Marca da Cal na edição de Nov/dez/2007, órgão de informação do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul, o ex-árbitro Armando Marques, que também presidiu a CA/CBF, ao ser questionado se era viável a implementação de uma universidade ou uma escola de formação de árbitros de excelência no Brasil, objetivando mudar o perfil qualitativo do árbitro de futebol, respondeu: não, porque não temos professores à altura. E os instrutores de arbitragem que temos na América do Sul, precisam ser requalificados.
De lá para cá as mudanças no setor da arbitragem sul-americana foram pequenas e  as evoluções foram tênues. As exceções na América do Sul, são Amelio Andino, Carlos Alarcón, Ernesto Filippi, Cristhian Rosen e Oscar Ruiz. No Brasil, ficamos circunscritos a Sérgio Corrêa da Silva e mais recentemente ao novo comandante da arbitragem nacional, Aristeu Leonardo Tavares.  
Feito o intróito acima, o leitor que me acompanha aqui neste espaço diariamente, é testemunha das incontáveis colunas que produzimos e nelas temos enfatizado, que o estado de pauperidade técnica, física, tática e psicológica,que vivenciamos no árbitro de futebol brasileiro,está intimamente ligado a precariedade das Comissões de Arbitragem das federações estaduais,na sua composição e na avalanche de cursos de formação de árbitros, que se tornou um “negócio da china”, no futebol brasileiro.  Ninguém está preocupado com a vocação, o talento e a qualidade dos futuros apitos. “O grande negócio é encher o bolso de alguns presidentes de federações e seus  apaniguados”.   
As Comissões de Árbitros de algumas federações, trazem na sua composição pessoas leigas, que nunca tiveram nenhuma identidade com o árbitro de futebol. Idem as Escolas de Formação de Árbitros. A cada ano, uma fornada de novos árbitros são formados, porém, como não recebem orientação, acompanhamento, treinamento e uma formação particularizada e adequada para o mister que irão desenvolver, o que se vê é uma legião de árbitros mal formados.  E o pior: não há a curto e médio prazo um projeto que estanque as deficiências aqui nominadas, o que terá reflexos negativos para a arbitragem nacional, já na Copa das Confederações em 2013, e quiçá no Mundial de 2014.  
Divulgação
                                                    Dr. Edson Resende de Oliveira
E, por último,  para o leitor não imaginar que se trata de implicância de nossa parte,no que tange ao mal desempenho dos homens de preto nas competições da CBF, sugiro que acesse o link abaixo e leia com atenção a entrevista destemida, equilibrada, ética e profissional do Corregedor de Arbitragem da CBF, Dr. Edson Resende de Oliveira. Lá, o Dr Edson Resende, desnuda e traça de forma inexorável o estágio lastimável do apito no Brasil, e, com muita humildade digo que nos dá razão as nossas reiteradas críticas.  

http://www.vozdoapito.com.br/noticias/img/notacorregedoria.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário